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Publicado em 27/11/2017

O conteúdo das notícias replicadas por este blog é de responsabilidade dos
autores.


Publicado em Notícias da Rede



JORNADA FARFÁN – DIÁLOGOS SOBRE TRADUÇÃO

Publicado em 29/10/2024

Página oficial da atividade:https://www.instagram.com/geopolimulti


Publicado em Outros | Com a tag América Latina, Diversidade Linguística e
Cultural, Línguas Indígenas, Patrimônio Imaterial, Política Linguística



VII SEMINÁRIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO – “O MULTILINGUISMO NA GEOPOLÍTICA DA
INTERNACIONALIZAÇÃO UNIVERSITÁRIA”

Publicado em 27/10/2024

 



 

SEMINÁRIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO | O VII Seminário de Internacionalização inicia
na próxima terça-feira, 29/10, às 16h30, com a conferência “O multilinguismo na
geopolítica da internacionalização universitária”, do prof. Gilvan de Oliveira,
Cátedra Unesco em políticas linguísticas para o multilinguismo, Universidade
Federal de Santa Catarina. A Conferência ocorrerá no Teatro Moacyr Scliar,
localizado no 3º andar do prédio 2 da UFCSPA.

Inscreva-se no Seminário de Internacionalização e confira a programação completa
em mostra.ufcspa.edu.br.


Publicado em Eventos, Outros



PALESTRA E EXPOSIÇÃO – ENTRE A SUBORDINAÇÃO E A EMANCIPAÇÃO: PASSADO, PRESENTE E
FUTURO DA TRADUÇÃO PARA AS LÍNGUAS INDÍGENAS DO MÉXICO

Publicado em 27/10/2024

O professor José Antonio Flores Fárfan, do Centro de Investigaciones y Estudios
Superiores en Antropología Social (CIESAS) apresentará uma breve revisão da
história da tradução no México, com referência às línguas nativas, enfatizando
as diferentes políticas de tradução que estiveram e continuam a estar em jogo,
nomeadamente o modelo de subordinação e o modelo de emancipação. Concebidos em
estado de fluxo, ou seja, como um continuum, a desconstrução destes modelos
permite compreender as diferentes dinâmicas e contextos em que a tradução se
desenrola como exercício de poder, desde ilustrações como a multivocalidade de
La Malinche, passando pelas adoções e adaptações da tradução cultural em
contexto (pós)colonial, até à revisitação das contradições do Estado moderno
face aos esforços e agência contemporâneos dos tradutores e intérpretes nativos
na luta pela sua sobrevivência e pela das suas línguas e culturas minoritárias.
Tudo isto incluirá a consideração da tradução como um desdobramento de práticas
a diferentes níveis que constitui um complexo de desafios para a tradução em
línguas nativas Além disso, o professor fará uma exposição de materiais e livros
indígenas da região do México.

Data: 30/10/2024

Horário: 17h15 – Exposição 18h00 – 20h00: Palestra

Modalidade: Presencial

Local: Sala 408 – CCE – Bloco D

Todos os participantes terão direito a um certificado de 2 horas.



Página oficial da atividade: https://www.instagram.com/geopolimulti

 


Publicado em Outros | Com a tag América Latina, Diversidade Linguística e
Cultural, Línguas Indígenas, Patrimônio Imaterial, Política Linguística



ÍKALA, REVISTA DE LENGUAJE Y CULTURA, VOL. 29 NO. 3 (2024): POLÍTICAS E PRÁTICAS
PARA O MULTILINGUISMO GLOBAL

Publicado em 21/10/2024


VOL. 29 NO. 3 (2024): POLÍTICAS E PRÁTICAS PARA O MULTILINGUISMO GLOBAL

Esta edição temática é organizada em conjunto pela Íkala, Revista de Lenguaje y
Cultura e a Cátedra UNESCO de Políticas Linguísticas para o Multilinguismo
(UCLPM). Tivemos a honra de contar com Gilvan Müller de Oliveira (Universidade
Federal de Santa Catarina, Brasil), Umarani Pappuswamy (Instituto Central de
Línguas Indianas, Manasagangotri, Mysuru, Karnataka, Índia) e Martha Lucía
Pulido Correa (Universidad de Antioquia, Colômbia) como editores convidados.
Acompanhando nossa edição Babeliana, há uma amostra do jovem pintor colombiano
Harrison Tobón, cujas pinturas ilustram lindamente nossas seções. Para saber
mais sobre seu trabalho, clique aqui .
Publicado: 2024-10-17

 



 

Editorial

No mundo globalizado de hoje, o multilinguismo não é mais simplesmente um
reflexo da diversidade linguística, mas um mecanismo crítico que molda as
paisagens sociais, econômicas e políticas. Com níveis sem precedentes de
mobilidade global, migração e interação transnacional, o multilinguismo
tornou-se uma norma e uma necessidade para indivíduos e instituições. A
linguagem é o meio pelo qual as identidades são formadas, o poder é negociado e
as heranças culturais são preservadas, tornando o multilinguismo um componente
essencial da vida moderna. Como tal, as práticas linguísticas vão além da mera
comunicação e servem como ferramentas de empoderamento, inclusão e, em alguns
casos, exclusão. A gestão do multilinguismo tem emergido como um tema central
nas políticas linguísticas contemporâneas, seja para suprimi-la, a partir de uma
perspectiva de linguagem-como-problema, seja para incentivá-la, a partir da
perspectiva da língua-como-direito-ou-língua-como-recurso (Ruiz, 1984).
Compreendemos cada vez mais a relação ativa entre os dois conceitos –
multilinguismo e políticas linguísticas – para a promoção de línguas e
repertórios linguísticos, e que o multilinguismo é, nesse sentido, um trunfo
para a construção de nações plurais, pós-nacionais e, em última análise, para a
formação de um mundo multipolar. Historicamente, os estudos linguísticos têm
sido dominados por perspectivas do Norte Global, particularmente as da Europa e
da América do Norte. Esses pontos de vista muitas vezes priorizaram ideologias
monolinguais, padronização e pureza linguística. Sob essa estrutura, as
realidades multilíngues das pessoas em ambientes urbanos multiculturais são
vistas através das lentes da separação linguística, onde as línguas são tratadas
como entidades distintas com fronteiras claras (Makoni & Pennycook, 2007).  A
suposição é que a linguagem opera dentro de sistemas estruturados que podem ser
perfeitamente definidos e controlados. (trecho extraído do editorial da revista)

Acesse o link para a revista:

Vol. 29 No. 3 (2024): Policies and Practices for Global Multilingualism | Íkala,
Revista de Lenguaje y Cultura (udea.edu.co)


Publicado em Outros | Com a tag Direitos Humanos, Diversidade Linguística e
Cultural, multilinguismo



UE APOSTA NO MULTILINGUISMO PARA PROMOVER COMPETITIVIDADE

Publicado em 21/10/2024

.

A diversidade linguística constitui um dos traços distintivos da UE. Num bloco
de países com 24 línguas oficiais, uma das prioridades da União é conseguir que
os cidadãos europeus falem vários idiomas.



A diversidade linguística faz parte do ADN do projeto de integração europeia. A
defesa deste património está consagrada na sua divisa (“Unida na diversidade”) e
inscrita logo no artigo 3 do Tratado: “a União respeita a riqueza da sua
diversidade cultural e linguística”. O Tratado também diz que a União Europeia
(UE) tem por objetivo “desenvolver a aprendizagem e a divulgação das línguas dos
Estados-membros”.

A União tem atualmente 24 línguas oficiais e três alfabetos. Outras 60 línguas
regionais ou locais são faladas por cerca de 40 milhões de pessoas. Além disso,
existe na UE um número importante de outras línguas faladas por imigrantes de
países terceiros, calculando-se que convivam 175 nacionalidades no conjunto do
espaço comunitário.

A UE defende a ideia de que todos os cidadãos devem dominar duas línguas, além
da materna. Ser poliglota é uma mais-valia e fator de competitividade. Há
estudos que mostram que os estudantes Erasmus+ – o programa de mobilidade
estudantil da UE – têm mais possibilidades de conseguir trabalho e menos
probabilidades de serem desempregados de longa duração.

As novas gerações têm vindo a reforçar paulatinamente as competências
linguísticas. Dados do Eurostat mostram que o número de alunos com vocação para
falar vários idiomas tem aumentado. Entre 2013 e 2022, a percentagem de alunos
do ensino primário na UE que aprenderam pelo menos 2 línguas estrangeiras
aumentou de 4,6% para 6,5%. Nos primeiros anos do secundário, essa proporção
subiu de 58,4% para 60,7%, estando Portugal (93%) no grupo de países com maior
percentagem de alunos nesta situação.

Como a UE promove a diversidade

A UE criou vários instrumentos para dinamizar a aprendizagem das línguas. Existe
o programa Europa Criativa com um orçamento de 2,4 mil milhões de euros para o
período 2021-2027 que promove a diversidade e o património cultural e
linguístico europeu e fomenta a competitividade dos setores culturais e
criativos.

Para além do emblemático programa Erasmus, a UE dispõe ainda do Dia Europeu das
Línguas (26 de setembro), do Selo Europeu das Línguas – um prémio da Comissão
para estimular novas iniciativas de ensino e aprendizagem – e do prémio “Juvenes
Translatores” para as melhores traduções feitas por estudantes da UE. Também
cofinancia projetos do Centro Europeu de Línguas Modernas.

Novos e velhos desafios

Ao longo das décadas, o programa Erasmus foi melhorado, tornando-se mais
inclusivo, fomentando a participação de mais estudantes, sobretudo de meios
desfavorecidos. Outro desafio consiste no desenvolvimento da iniciativa
Universidades Europeias que visa estabelecer alianças entre instituições de
ensino superior. Graças a estas alianças, os estudantes podem obter um diploma
combinando estudos em vários países europeus.

As instituições europeias promovem o multilinguismo com serviços de tradução e
interpretação de excelência. A realidade é que os idiomas europeus enfrentam o
domínio do inglês como língua franca na comunicação no dia a dia entre cidadãos
de diferentes nacionalidades e entre protagonistas das instituições europeias.
Outra questão está relacionada com o pedido relativo a determinadas línguas
regionais – como o catalão, basco e galego – de serem reconhecidas como línguas
oficiais da UE.

Leia a matéria na
fonte: https://www.cmjornal.pt/mais-cm/especiais/europa-viva/detalhe/ue-aposta-no-multilinguismo-para-promover-competitividade?ref=Tecnologia_CmaoMinuto


Publicado em Outros | Com a tag Bilinguismo, Diversidade linguística,
Diversidade Linguística e Cultural, Línguas europeias



MOÇAMBIQUE: A PARTIR DO PRÓXIMO ANO: ESCOLAS DE CONDUÇÃO PASSAM A ENSINAR EM
LÍNGUAS LOCAIS

Publicado em 21/10/2024

.

Por Escrito por Abibo Selemane

 



As escolas de condução poderão passar a ensinar em línguas nacionais,
nomeadamente xichangana, na Zona Sul, ndau e sena, no Centro, e macua, no Norte,
com vista a permitir que maior número de cidadãos nacionais adquiram habilitação
para conduzir e tenham pleno domínio do Código de Estrada, minimizando o
problema de insegurança rodoviária. Numa primeira fase, o ensino vai decorrer na
Escola Pontifícia Académica, na Matola, província de Maputo, no próximo ano, em
xichangana

A medida vem na sequência de um estudo levado a cabo recentemente nos distritos
da Matola, Chókwè, Massinga e na cidade de Maputo, onde foi constatado que
nestes pontos havia fluxo de viaturas, mas a maioria dos condutores não tinha
sido formado numa escola de condução para ter o documento que os habilitasse a
conduzir.

Na ocasião, muitos contaram que teriam recebido instruções sobre a condução de
amigos, familiares ou conhecidos. Instados a falar sobre as causas que levaram a
não se dirigirem a uma escola vocacionada, responderam que não conseguiam se
expressar na língua portuguesa, tendo outros alegado que dificuldade na
compreensão das matérias frustrou o desejo.

Leia  na fonte:

https://www.jornaldomingo.co.mz/nacional/a-partir-do-proximo-ano-escolas-de-conducao-passam-a-ensinar-em-linguas-locais/#google_vignette

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Saiba mais puxando a rede IPOL:



. Moçambique: Conduzir sem saber ler ou escrever

Publicado em Janeiro 2018 por DW

Na província do sul de Moçambique, há cada vez mais cidadãos a tirar a carta de
condução sem saber ler nem escrever na língua oficial, o português. Denúncia é
da procuradoria provincial. Por Carlos Matsinhe (Xai-Xai)

Há cada vez mais condutores sem saber ler nem escrever em português. É o que
refere Josefina Brito, procuradora na província de Xai-Xai, que não percebe como
é que há pessoas com carta de condução a aparecer em tribunal, por causa de
acidentes rodoviários, sem saber falar português.

“Quando estão a ser ministradas aulas, estão-lhes a ministrar em português
corrente, fácil e perceptível. Então, não se justifica que não saibam falar
português. E alguns não sabem; não sabem pura e simplesmente falar português, o
mínimo. Como é que entenderam as aulas que são ministradas?”, questiona.

As escolas de condução dizem que a questão é mais complexa. Silvano Nuvunga, da
escola de condução Xai-Xai, garante que o seu estabelecimento respeita a lei:
todos os que se inscrevem na escola apresentam o Bilhete de Identificação
assinado e preenchem um boletim à entrada.  Além disso, preenchem um boletim no
INATTER, que atribui as cartas de condução.

“No ato da matrícula entregamos o boletim, se preenchem os dados do contrato
entre a escola e o candidato. A seguir, mandamos o candidato ao INATTER para
fazer a captação [da imagem], e lá também é submetido ao preenchimento de um
boletim. Torna-se difícil com este processo aparecer um condutor dizer que não
sabe ler nem escrever português”, sublinha.

Escolas não cumprem normas

Segundo as escolas de condução, nas aulas, os instrutores não notam que há
alunos que não sabem ler nem escrever. Os exames de código são feitos nas
escolas e fiscalizados pelo INATTER. Antes, eram exames escritos, mas, há pouco
tempo, começaram a ser feitos no computador. A questão que se coloca é: Como é
que os instruendos fazem o exame se não sabem ler nem escrever?

Segundo Silvano Nuvunga, “há alunos que não sabem ler nem escrever, mas quando
colocados no computador conseguem ter 12, 17, 18 questões corretas, porque é
múltipla escolha”.

A Direção provincial dos Transportes e Comunicações em Gaza acredita que há
escolas que não estão a cumprir todas as normas. Por isso, promete intensificar
a fiscalização e ver se as escolas estão a usar o sistema informático nas aulas
de condução, para travar práticas frauduentas. Alberto Matusse, diretor
provincial dos Transportes e Comunicações, diz que há “necessidade de fazer
ações de inspeção”. No mínimo, acrescenta, exige-se que as escolas de condução
tenham dois monitores “para o atendimento dos candidatos”.

O responsável alerta que, este ano, todas as escolas sem as condições mínimas
exigidas por lei serão encerradas.

Criar alternativas

Jaime Leonor, gestor da escola de condução Limpopo, na cidade de Xai-Xai,
lembra, no entanto, que não se deve marginalizar as pessoas que não sabem
ler nem escrever e precisam de ter carta de condução. Jaime Leonor sugere que
uma alternativa seria introduzir um exame oral.

“O que é que a gente faz desta gente?”, questiona. Refere-se a pessoas que “saem
da África do Sul” e vão conduzir para Moçambique sem carta de condução. “Não
sabem ler nem escrever. Vamos continuar a deixá-los conduzir ilegalmente? É
justo?”

Para Jaime Leonor, é preciso “procurar uma lei para os enquadrar”. “Na altura em
que fiz a carta de condução, havia provas orais”.

https://www.dw.com/pt-002/mo%C3%A7ambique-h%C3%A1-cada-vez-mais-condutores-sem-saber-ler-nem-escrever-em-gaza/a-42341660

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. Academia propõe línguas nacionais no ensino de condução.
(Publicado pelo portal do governo por em julho de 2018)

A Introdução de línguas nacionais no ensino de condução pode reduzir o índice
das reprovações e desistências que actualmente ocorrem nas escolas de
especialidade

O projecto foi desenvolvido e apresentado ontem, em Maputo, pela Universidade
Pedagógica, em parceria com a Escola de Condução Pontifício Académica, e visa
testar a eficácia e eficiência de uma educação bilingue (Português/línguas
Bantu) no ensino e certificação de condutores de veículos automóveis. O projecto
contempla ainda a produção de material em línguas Bantu, para uso no processo de
ensino.

Hermínio Chissico, coordenador do projecto, disse esperar melhores resultados em
termos de assimilação dos conteúdos e facilidade de comunicação entre o condutor
e o fiscalizador, concorrendo para a redução de conflitos decorrentes da
barreira linguística e para a consequente diminuição de acidentes de viação
causados pelo fraco domínio das normas.

Com esta facilidade, espera-se, igualmente, que mais cidadãos possam ter acesso
à carta de condução, que é um dos requisitos para a obtenção de emprego em
muitas instituições, entre públicas e privadas.

“Pensamos que este projecto vai promover as línguas moçambicanas, porque passam
a ser usadas em pé de igualdade com o Português. Também há alinhamento de
Moçambique com outros países da região, que já usam as suas línguas nacionais no
ensino e certificação de condutores”, disse.

Armindo Ngunga, vice-ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, elucidou que
o projecto de introdução de línguas moçambicanas no ensino e certificação da
condução automóvel pretende valorizar e promover o património linguístico do
país, usando as línguas Bantu nos mesmos contextos em que se usa o Português.

Ngunga disse ainda que o uso das línguas Bantu vai eliminar ou reduzir a
barreira linguística, imposta pelo exclusivo uso do Português, concorrendo para
a massificação de condutores credenciados.

Segundo a fonte, maior parte da população moçambicana não fala ou não domina a
língua portuguesa, acabando, uns, por conduzir veículos sem a devida
certificação.

“É por isso que o uso exclusivo do Português nas escolas concorre para elevadas
taxas de reprovações nos exames teóricos, em virtude do fraco domínio da língua,
e exclui a maioria das pessoas no acesso à carta de condução”, disse.

Deve ser por isso, segundo a fonte, que nas zonas rurais proliferam condutores
não certificados de automóveis, concorrendo para o aumento de acidentes de
viação.


https://www.portaldogoverno.gov.mz/por/Imprensa/PR-recebe-primeira-ministra-da-Italia-Giorgia-Meloni/Academia-propoe-linguas-nacionais-no-ensino-de-conducao


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CEA PREPARA CÓDIGO DE ESTRADAS TRADUZIDO NAS LÍNGUAS MOÇAMBICANAS

O Centro de Estudos Africanos da UEM (CEA) quer traduzir o Código de Estradas
para as línguas moçamnbicanas, por forma a melhorar a segurança rodoviária no
país. Os índices de sinistralidade rodoviária em Moçambique são classificados
como dramáticos por várias organizações. Só para ilustrar, os acidentes de
trânsito representam 10% do Produto Interno Bruto (PIB) moçambicano.
A introdução do Código de Estradas para as línguas nacionais tem por objectivo
garantir o acesso de material relativo a condução nas línguas moçambicanas para
facilitar a interpretação dos sinais e melhorar os comportamentos dos
automobilistas na via pública.
Nesta fase, o projecto está a ser implementado em parceria com a Escola de
Condução Pontifícia Académica. Por enquanto, o Código de Estradas já foi
traduzido para a língua Xichangana e espera-se que, de forma gradual, a mesma
iniciativa seja replicada para todas as línguas moçambicanas.
Além de facilitar a disponibilização de conteúdos sobre a condução de veículos
nas línguas moçambicanas, o código traduzido vai contribuir para a redução de
acidentes rodoviários, através do ensino e aprendizagem da condução de veículos
automóveis nas nossas línguas.
Esta Terça-feira (15/10) teve lugar, em Maputo, o seminário sobre o “Ensino de
Condução de Veículos Automóveis em Línguas Moçambicanas”, durante o qual, foram
apresentados os fundamentos de ensino de condução de veículos automóveis através
do ensino em línguas moçambicanas.
Na abertura, o Reitor da UEM, Prof. Doutor Manuel Guilherme Júnior, explicou que
a tradução do Código de Estradas visa permitir que todos os moçambicanos possam
ter acesso à carta de condução, de forma lícita, e possam conduzir os veículos
automóveis de forma legal, minimizando, desta forma, o problema da segurança
rodoviária.
Segundo o Reitor, o objectivo é desmistificar os condicionalismos de frequentar
uma escola de condução usando somente o português “como se as competências e as
habilidades requeridas para o efeito fossem inerentes ao conhecimento desta
língua ”, frisou.
Na ocasião, o Director do Centro de Estudos Africanos da UEM, Prof. Doutor
Carlos Arnaldo, garantiu que a unidade que dirige tudo fará para a
materialização do projecto com vista a melhorar a segurança rodoviária no país.
Para o Professor Armindo Ngunga, a língua influencia, sobremaneira, no processo
de formação, pois “o técnico que é formado numa língua que não entende é mal
formado e tal está a acontecer com a maior parte das pessoas que conduzem carros
em Moçambique, porque foram à escola de condução, não perceberam aquele
português, mas receberam a carta através do exame prático e estão na rua.”
Lembrou o papel crucial das línguas moçambicanas na luta pela libertação do país
e que têm produzido resultados no ensino primário, através do ensino bilingue,
bem como continua a ser um meio de acesso ao emprego.
Durante o seminário, que juntou representantes da Administração Nacional de
Estradas, Associação das Escolas de Condução, Associação Moçambicana das Vítimas
de Acidentes Rodoviária, Comissão Técnica Científica para a Prevenção da
Sinistralidade Rodoviária, Corpo Diplomático acreditado em Moçambique, foi
socializado o documento de Código de Estradas traduzido para Xichangana, bem
como foram colhidos subsídios sobre o Código de Estrada nas suas várias
dimensões.





https://uem.mz/index.php/2024/10/15/cea-prepara-codigo-de-estradas-traduzido-nas-mocambicanas/


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. Artigo: Integração das línguas nacionais na formação de professores
moçambicanos: práticas, experiências, desafios

January 2019

Resumo: Moçambique é considerado um mosaico linguístico no qual convivem perto
de duas dezenas de línguas autóctones do grupo Bantu. Essas línguas são
amplamente faladas pela população nativa, com enfoque para a que vive nas zonas
rurais. Porém, a língua oficial e de ensino no país é o português, de herança
colonial. Só na década de 1990 é que algumas línguas foram introduzidas a título
experimental no ensino primário, em regime bilingue. Quarenta anos depois da
independência nacional, a Universidade Pedagógica-instituição vocacionada a
formação de professores no país-decide introduzir a formação de docentes de
línguas nacionais, em 2015. O minor em Ensino de Línguas Bantu contempla
Xirhonga, Xichangana, Citshwa, Cindau, Cisena, Ciwutee e Cinyanja, na cidade de
Maputo e províncias de Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e Tete, esperando-se a
sua expansão, de forma gradual. Nesse quadro ainda embrionário, o modelo de
formação de professores de línguas moçambicanas carece de, entre outros, pessoal
interno qualificado em linguística Bantu e acervo bibliográfico, dificuldades
que desafiam académicos, Governo e parceiros a todos os níveis. É nesse âmbito
que parece interessante partilhar as práticas, as experiências e os desafios que
se abrem na formação de professores em Moçambique. Palavras-Chave: formação de
professores, línguas moçambicanas, práticas pedagógicas, experiências e
desafios.

https://www.researchgate.net/publication/347538124_Integracao_das_linguas_nacionais_na_formacao_de_professores_mocambicanos_praticas_experiencias_desafios

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