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Início » Um ano depois do relatório


UM ANO DEPOIS DO RELATÓRIO

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Filipe d'Avillez 3 dias ago 3 dias ago Abusos na Igreja

UM ANO DEPOIS DO RELATÓRIO



Faz hoje um ano que foi publicado o relatório da Comissão Independente sobre os
abusos sexuais na Igreja em Portugal. Não estamos no final de um percurso, mas a
caminho. Contudo, há já algumas conclusões que se podem tirar.

Em primeiro lugar, os números. Não me vou alongar, porque tenho os dados todos
resumidos neste artigo, que é actualizado cada vez que há uma alteração.

As duas listas de alegados abusadores que foram entregues aos bispos e às ordens
religiosas contabilizaram um total de 114 pessoas. Na maioria padres, mas não
só. Destes, 45 já tinham morrido e outros nove nunca foram identificados.
Juntos, estes dois números correspondem a 47% do total. Se somarmos os que já
tinham sido condenados ou estavam reformados por idade ou por doença, ultrapassa
facilmente os 50%.

Este é um dado importantíssimo, porque por uma variedade de razões a ideia que
passou para fora foi de que existiam cerca de 100 padres pedófilos em actividade
na Igreja. A realidade era bem diferente.

Faz sentido estar a esquartejar assim os números? Claro que não é o essencial.
Daí, precisamente, a minha crítica ser pelo facto de se ter deixado que a
narrativa se centrasse tanto nos números. Era expectável que a imprensa quisesse
focar números redondos, e foi um erro ir ao encontro dessa vontade.

Suspensões e condenações

No total, 15 padres foram provisoriamente afastados do ministério enquanto os
seus processos decorriam. Nove deles já foram reintegrados, seis continuam à
espera da resolução dos seus casos.

Pode-se olhar para estes números e concluir que dos 15 padres que foram
provisoriamente afastados, nenhum foi condenado, mas isso é demasiado simplista.
Em primeiro lugar, não é por acaso que seis estão ainda à espera, são
precisamente os casos mais complexos e, pelo menos na maioria dos casos, estão a
demorar mais tempo porque estão a decorrer também processos na justiça civil.
Isto significa que se tratam de acusações não prescritas e, presume-se, que
existe mais matéria de facto, pois se assim não fosse o mais provável era já
terem sido arquivados no civil. Nestes casos é normal que o processo canónico
fique em suspenso até que haja uma decisão do processo civil, o que faz todo o
sentido. Entre estes seis casos inclui-se o de Viseu, em que um padre é acusado
de ter enviado mensagens a um rapaz de 14 anos a solicitar actos sexuais, e
outro de Braga, de um padre suspeito de ilícitos de natureza sexual, a quem
ainda foi apreendida uma arma ilegal em casa.

Importa ainda referir que havia vários casos que já tinham sido tratados
canónica e até civilmente quando saíram as listas, e que entre esses casos
também existem condenações: Um em Braga que foi condenado a medidas
disciplinares, entretanto já cumpridas; 1 de Bragança, condenado a medidas
disciplinares que entretanto já foram cumpridas; 1 de Setúbal que foi condenado
a uma sanção, mas que está já fora de actividade por ser muito idoso, e 2 de
Vila Real, um dos quais foi condenado a medidas disciplinares entretanto
cumpridas e outro que foi mesmo afastado do ministério.

No total, o número de suspeitos condenados canonicamente corresponde a 4% dos
114, e mesmo que todos os seis que ainda estão pendentes sejam condenados, o
valor nunca ultrapassará os 10%. Já o número de ilibados/arquivados corresponde
a 24% e também ainda poderá aumentar.

Mais uma vez, é um erro focarmo-nos só nos números. Uma taxa de condenação de 6%
pode parecer pouco, mas não é o essencial e aqui também as expectativas deviam
ter sido controladas. Eu avisei para isso ainda antes de saírem as listas, nas
diferentes intervenções que tive na televisão. Era perfeitamente previsível que
entre as muitas acusações existissem casos difíceis ou impossíveis de provar,
mas a situação tornou-se ainda mais complexa com a descoordenação que existiu
entre a CEP e a Comissão Independente que, com a insistência – compreensível –
de não pôr em causa a identidade dos denunciantes, acabou por deixar as dioceses
com pouca ou nenhuma matéria de facto, e sobretudo sem acesso às alegadas
vítimas, para poder substanciar processos. Os arquivamentos eram, nestes casos,
quase inevitáveis. E convém aqui recordar que a decisão de arquivar ou não
arquivar um processo destes não pertence à diocese, mas sim a Roma, para quem o
processo é enviado mal esteja concluída a investigação local.

Valeu a pena?

Mas então, se não há praticamente condenações, menos ainda padres afastados
definitivamente do ministério, para que serviu tudo isto? Serviu para muito.
Serviu, em primeiro lugar, para pôr fim à narrativa de que este era um problema
que não tocava Portugal; serviu para abrir os olhos de muita gente para os
horrores e diversos níveis de danos provocados nas vítimas que este tipo de
abuso naturalmente acarreta; e serviu para iniciar o tal caminho que a Igreja
ainda está a percorrer.

Passado um ano temos já Comissões Diocesanas a funcionar em todas as dioceses –
algumas eram, até há pouco tempo, meros enfeites – e temos o Grupo Vita que tem
revelado ser muito importante, pois veio preencher um vazio de confiança que
existia entre as vítimas e as estruturas eclesiásticas, que as Comissões
Diocesanas não preenchiam por serem vistas como demasiado próximas dos bispos.
Até podia ser uma percepção errada e injusta, mas existia, e isso é o que
interessa.

Isto é curioso, sobretudo porque o Grupo Vita foi formado com o objectivo de ser
um organismo temporário, vocacionado para capacitar as Comissões Diocesanas e
eventualmente extinguir-se. Mesmo eu, aquando da apresentação do grupo, comentei
que ainda bem que isso era assim, porque não precisávamos, neste caso, da
atitude tão tipicamente portuguesa de criar mil e uma comissões e grupos para
estudar e tentar resolver o mesmo problema. Mas penso que hoje em dia vale a
pena pensar se essa será a melhor opção, e se não faria antes sentido deixar o
Grupo Vita em funcionamento, formalizando a sua ligação às Comissões Diocesanas,
que serviriam assim de braço local do mesmo. Isto pode ser particularmente
importante no que diz respeito à questão das indemnizações.

Indemnizações

Dentro de uma semana o Grupo Vita vai apresentar publicamente a sua proposta de
um esquema de indemnizações. Não é uma tarefa fácil. Creio que o objectivo será
criar um mecanismo que permita à Igreja atribuir indemnizações fixas – podendo
ser mais altas em casos de particular gravidade – a vítimas, sem a necessidade
de uma obrigação judicial. Isto permitirá encurtar o tempo de espera das
vítimas, sobretudo tendo em conta o tempo médio da justiça em Portugal, e
servirá para comprovar a boa vontade da Igreja em tratar do problema e colocar
mesmo as vítimas no centro.

Mas isto só fará sentido se for uma abordagem uniforme para todas as dioceses e
ordens religiosas, com um fundo comum. Se cada diocese quiser agir por si, não
vale a pena e a Igreja ficará a perder com isso. Felizmente há gente séria e
conhecedora que está a propor soluções à Igreja e ao Grupo Vita, apontando
modelos que já existem noutros países, pelo que não será por falta de
conhecimento e de propostas bem fundamentadas que os bispos não agem. Veremos
qual será a decisão final.

O que está por cumprir

Comecei este texto a dizer que a Igreja não está no destino, mas sim a caminho.
É um longo e doloroso caminho, mas como todos, só se faz andando. Não é
certamente nem mais longo, nem mais doloroso, do que o caminho trilhado pelas
vítimas de abusos sexuais.

Contudo, não queria terminar sem chamar a atenção para uma das propostas da
Comissão Independente no seu relatório final. Na página 458, a primeira proposta
para a Sociedade em geral fala da necessidade de um estudo alargado sobre o tema
dos abusos sexuais de crianças em Portugal, com uma amostra estatisticamente
representativa de toda a população e sua respetiva caracterização, para melhor
conhecimento da realidade, abrir uma ótica comparativa (por exemplo, entre
abusos dentro e fora da Igreja) e estruturação de medidas preventivas e de
resposta multidisciplinar.

Este estudo, semelhante ao que foi feito pela Comissão Independente, mas
alargado a toda a sociedade, permitiria perceber até que ponto este problema dos
abusos sexuais de menores e pessoas vulneráveis existe noutras instituições,
incluindo as instituições públicas. Ficaríamos com melhor ideia dos abusos que
existem na escola pública, nas universidades, no Sistema Nacional de Saúde,
entre elementos das forças de segurança, nas instituições tuteladas pela
Segurança Social, nas organizações desportivas e culturais, etc.

Um ano depois da publicação do relatório sobre a única instituição em Portugal
que parece estar a fazer alguma coisa para se reformar e saber a verdade sobre a
sua condição, alguém tem conhecimento de movimentações para se fazer este estudo
mais alargado, ou sequer sectorial? Pois, eu também não.

Abuso sexual Abusos Abusos sexuais Comissão Independente Igreja Católica
Pedofilia Relatório


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