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 * Para que serve
 * Como o medicamento funciona?
 * Contraindicação
 * Como usar
 * O que fazer quando esquecer?
 * Precauções
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 * Apresentações do medicamento
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DEX, PARA O QUE É INDICADO E PARA O QUE SERVE?

Dex (cloridrato de dexmedetomidina) é um sedativo (indutor de um estado calmo)
indicado para uso em pacientes (com e sem ventilação mecânica) durante o
tratamento intensivo (na Unidade de Terapia Intensiva, salas de cirurgia ou para
procedimentos diagnósticos).

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COMO O DEX FUNCIONA?

O cloridrato de dexmedetomidina promove sedação (indução de um estado calmo) sem
diminuição da frequência respiratória. Durante esse estado os pacientes podem
ser despertados e são cooperativos. O início de ação deste medicamento ocorre em
até 6 minutos e a meia-vida (tempo necessário para que a quantidade da
substância administrada na corrente sanguínea se reduza à metade) de eliminação
é de cerca de 2 horas.


QUAIS AS CONTRAINDICAÇÕES DO DEX?

O medicamento é contraindicado em pacientes com alergia conhecida à
dexmedetomidina (substância ativa do medicamento) ou qualquer excipiente da
fórmula.


COMO USAR O DEX?

O cloridrato de dexmedetomidina deve ser utilizado apenas por profissional
habilitado tecnicamente no cuidado de pacientes sob tratamento intensivo. Devido
aos efeitos conhecidos, os pacientes devem ser monitorados continuamente. A
utilização de injeções em bolus (infusão rápida) de cloridrato de
dexmedetomidina não deve ser utilizada para minimizar os efeitos colaterais
indesejáveis. Eventos clínicos como bradicardia e parada sinusal têm sido
associados com a utilização de cloridrato de dexmedetomidina em alguns
voluntários jovens saudáveis com tônus vagal alto ou nos quais a utilização foi
diferente da recomendada, como infusão intravenosa rápida ou administração em
bolus.


ADMINISTRAÇÃO

Deve ser utilizado um equipamento de infusão controlada para administrar o
cloridrato de dexmedetomidina. Técnicas estritamente assépticas (livre de
microrganismos) devem ser sempre mantidas durante o manuseio da infusão de
cloridrato de dexmedetomidina. A preparação das soluções para infusão é a mesma,
tanto para dose inicial como para dose de manutenção. Para preparar a infusão,
retire 2 mL de cloridrato de dexmedetomidina solução injetável concentrada para
infusão e adicione 48 mL de cloreto de sódio a 0,9% para totalizar 50 mL. Para
misturar de modo correto, agite suavemente. O cloridrato de dexmedetomidina deve
ser utilizado através de um sistema de infusão controlada. Após a diluição do
concentrado, o produto deve ser utilizado imediatamente, e descartado decorridas
24 horas da diluição. Caso o produto não seja utilizado imediatamente após a
diluição, recomenda-se o armazenamento refrigerado da solução entre 2 a 8ºC por
não mais de 24 horas para reduzir o risco microbiológico. Produtos de uso
intravenoso devem ser inspecionados visualmente, em relação a partículas e
alterações de cor, antes de serem administrados ao paciente.

Cada ampola deve ser usada somente em um paciente.


COMPATIBILIDADE

FOI DEMONSTRADO QUE O CLORIDRATO DE DEXMEDETOMIDINA É COMPATÍVEL COM A
COADMINISTRAÇÃO DAS SEGUINTES PREPARAÇÕES E MEDICAMENTOS INTRAVENOSOS:

 * Solução de ringer lactato, dextrose a 5%, cloreto de sódio a 0,9%, manitol a
   20%, cloridrato de alfentanila, sulfato de amicacina, aminofilina, cloridrato
   de amiodarona, ampicilina sódica, ampicilina sódica + sulbactam sódica,
   azitromicina, aztreonam, tosilato de bretílio, bumetanida, tartarato de
   butorfanol, gluconato de cálcio, cefazolina sódica, cloridrato de cefipima,
   cefoperazona sódica, cefotaxima sódica, cefotetana sódica, cefoxitina sódica,
   ceftazidima, ceftizoxima sódica, ceftriaxona sódica, cefuroxima sódica,
   cloridrato de clorpromazina, cloridrato de cimetidina, ciprofloxacino,
   besilato de cisatracúrio, fosfato de clindamicina, fosfato sódico de
   dexametasona, digoxina, cloridrato de diltiazem, cloridrato de difenidramina,
   cloridrato de dobutamina, mesilato de dolasetrona, cloridrato de dopamina,
   hiclato de doxiciclina, droperidol, enalapril, cloridrato de efedrina,
   cloridrato de epinefrina, lactobionato de eritromicina, esmolol, famotidina,
   mesilato de fenoldopam, fluconazol, furosemida, gatifloxacino, sulfato de
   gentamicina, cloridrato de granisetrona, lactato de haloperidol, heparina
   sódica, succinato sódico de hidrocortisona, cloridrato de hidromorfona,
   cloridrato de hidroxizina, lactato de inamrinona, cloridrato de
   isoproterenol, cetorolaco de trometamina, labetalol, levofloxacino,
   cloridrato de lidocaína, linezolida, lorazepam, sulfato de magnésio,
   cloridrato de meperidina, succinato sódico de metilprednisolona, cloridrato
   de metoclopramida, metronidazol, lactato de milrinona, cloridrato de
   nalbufina, nitroglicerina, bitartarato de norepinefrina, ofloxacino,
   cloridrato de ondansetrona, piperacilina sódica, piperacilina sódica +
   tazobactam sódico, cloreto de potássio, cloridrato de procainamida, edisilato
   de proclorperazina, cloridrato de prometazina, propofol, cloridrato de
   ranitidina, brometo de rapacurônio, cloridrato de remifentanila, brometo de
   rocurônio, bicarbonato de sódio, nitroprusseto de sódio, citrato de
   sufentanila, sulfametoxazol, trimetoprima, teofilina, ticarcilina dissódica,
   ticarcilina dissódica + clavulanato de potássio, sulfato de tobramicina,
   cloridrato de vancomicina, cloridrato de verapamil, tiopental sódico,
   etomidato, brometo de vecurônio, brometo de pancurônio, succinilcolina,
   besilato de atracúrio, cloreto de mivacúrio, brometo de glicopirrônio,
   cloridrato de fenilefrina, sulfato de atropina, midazolam, sulfato de
   morfina, citrato de fentanila, além de substitutos do plasma.


COMPATIBILIDADE COM BORRACHA NATURAL

Estudos de compatibilidade demonstraram o potencial de absorção de cloridrato de
dexmedetomidina em alguns tipos de borracha natural. Embora cloridrato de
dexmedetomidina seja administrado, é aconselhável usar componentes de
administração feitos com juntas de borracha sintética ou borracha natural
revestida.


INCOMPATIBILIDADE

O cloridrato de dexmedetomidina não deve ser misturado com outros produtos ou
diluentes, exceto aqueles mencionados acima. Foi demonstrada incompatibilidade
com anfotericina B e diazepam.

O cloridrato de dexmedetomidina não deve ser coadministrado através do mesmo
cateter intravenoso com sangue ou plasma porque a compatibilidade física não foi
estabelecida.


POSOLOGIA DO DEX

--------------------------------------------------------------------------------


ADULTOS

O cloridrato de dexmedetomidina deve ser individualizado e titulado segundo o
efeito clínico desejado. Para pacientes adultos é recomendável iniciar
cloridrato de dexmedetomidina com uma dose de 1,0 mcg/kg por dez minutos,
seguida por uma infusão de manutenção que pode variar de 0,2 a 0,7 mcg/kg/h.

A taxa de infusão de manutenção pode ser ajustada para se obter o efeito clínico
desejado. Em estudos clínicos com infusões por mais de 24 horas de duração,
foram utilizadas doses baixas como 0,05 mcg/kg/h. O cloridrato de
dexmedetomidina tem sido utilizado tanto para pacientes que requerem ventilação
mecânica quanto para aqueles com respiração espontânea após extubação (retirada
da sonda usada para intubação). Foi observado que pacientes recebendo cloridrato
de dexmedetomidina ficam despertáveis e alertas quando estimulados. Este é um
componente esperado da sedação por cloridrato de dexmedetomidina e não deve ser
considerado como evidência de falta de eficácia na ausência de outros sinais e
sintomas clínicos. O cloridrato de dexmedetomidina foi continuamente infundido
em pacientes ventilados mecanicamente antes da extubação, durante extubação e
pós-extubação. Não é necessário descontinuar o cloridrato de dexmedetomidina
antes da extubação.

O CLORIDRATO DE DEXMEDETOMIDINA NÃO DEVE SER MISTURADO COM OUTROS PRODUTOS OU
DILUENTES, EXCETO:

 * Solução de ringer lactato, dextrose a 5%, cloreto de sódio a 0,9%, manitol a
   20%, tiopental sódico, etomidato, brometo de vecurônio, brometo de
   pancurônio, succinilcolina, besilato de atracúrio, cloreto de mivacúrio,
   brometo de glicopirrônio, cloridrato de fenilefrina, sulfato de atropina,
   midazolam, sulfato de morfina, citrato de fentanila, além de substitutos do
   plasma, e demais substâncias mencionadas no item - Compatibilidade.

Para pacientes com insuficiência hepática e/ou renal, pode ser requerido ajuste
de dose.


USO PEDIÁTRICO

A segurança e a eficácia do cloridrato de dexmedetomidina em pacientes menores
de 18 anos não foram estudadas.


DISFUNÇÃO HEPÁTICA

Ajustes de dose podem ser necessários para pacientes com insuficiência hepática.


DISFUNÇÃO RENAL

Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes nefropatas (com doenças nos
rins).


IDOSOS

Ajustes de dose podem ser necessários para idosos. Pacientes idosos (mais de 65
anos de idade) frequentemente requerem doses menores de dexmedetomidina.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a
duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu
médico.


O QUE DEVO FAZER QUANDO ME ESQUECER DE USAR O DEX?

Como cloridrato de dexmedetomidina é um medicamento de uso exclusivamente
hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso.
Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve redefinir a
programação do tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do
tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou
cirurgião-dentista.


QUAIS CUIDADOS DEVO TER AO USAR O DEX?


ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO

O cloridrato de dexmedetomidina deve apenas ser utilizado por profissionais
treinados no cuidado de pacientes que necessitam de tratamento intensivo ou em
sala de operação. Devido aos conhecidos efeitos farmacológicos de cloridrato de
dexmedetomidina os pacientes devem ser monitorados continuamente enquanto
estiverem recebendo cloridrato de dexmedetomidina.

Observou-se que alguns pacientes recebendo cloridrato de dexmedetomidina podem
ser despertados e ficarem alertas quando estimulados. Este fato isolado não deve
ser considerado como evidência de falta de eficácia na ausência de outros sinais
e sintomas clínicos.


HIPOTENSÃO, BRADICARDIA E PARADA SINUSAL

Episódios clinicamente significativos de bradicardia (lentidão excessiva do
coração) e parada sinusal (interrupção temporária na geração de impulso nas
fibras musculares do coração) foram reportados com a utilização de cloridrato de
dexmedetomidina em voluntários jovens, saudáveis e com tônus vagal elevado
(aumento no número de impulsos transmitidos pelo nervo vago) ou, pela utilização
por vias diferentes incluindo a utilização intravenosa rápida ou em bolus.

Relatos de hipotensão (pressão arterial anormalmente baixa) e bradicardia foram
associados com a infusão de cloridrato de dexmedetomidina. Uma vez que
cloridrato de dexmedetomidina tem o potencial para aumentar bradicardia induzida
por estímulo vagal, os médicos devem estar preparados para intervir.

Deve haver cautela quando utilizar cloridrato de dexmedetomidina em pacientes
com bloqueio cardíaco avançado e/ou disfunção ventricular grave. Uma vez que
cloridrato de dexmedetomidina diminui as atividades do sistema nervoso simpático
(resposta do corpo em situações estressantes), hipotensão e/ou bradicardia podem
ser esperadas por serem mais pronunciados em pacientes com hipovolemia (quando
há pouco líquido dentro dos vasos sanguíneos), diabetes mellitus ou hipertensão
(pressão arterial alta) crônica e em pacientes idosos.

Em estudos clínicos onde outros vasodilatadores (produzem relaxamento e
dilatação dos vasos sanguíneos) ou agentes cronotrópicos (que atuam no ritmo
cardíaco) negativos foram coadministrados com cloridrato de dexmedetomidina, não
foi observado um efeito farmacodinâmico (modo como as substâncias afetam o
corpo) aditivo. Ainda assim, deve-se ter cuidado quando tais agentes forem
administrados com cloridrato de dexmedetomidina.

Se intervenção médica for necessária, o tratamento pode incluir a diminuição ou
interrupção da infusão de cloridrato de dexmedetomidina, aumentando o índice de
utilização intravenosa de fluidos, elevação das extremidades inferiores e uso de
agentes vasopressores (que aumenta a pressão sanguínea). A utilização de agentes
anticolinérgicos (por exemplo, glicopirrolato, atropina) deve ser considerada
para modificar o tônus vagal. Em estudos clínicos, o glicopirrolato ou a
atropina foram eficazes no tratamento da maioria dos episódios de bradicardia
induzida por cloridrato de dexmedetomidina. Entretanto, em alguns pacientes com
disfunção cardiovascular significativa foram requeridas medidas de ressuscitação
mais avançadas.

Eventos clínicos de bradicardia ou hipotensão podem ser potencializados quando
cloridrato de dexmedetomidina é usado simultaneamente ao propofol ou midazolam.
Portanto, considerar redução de dose de propofol ou midazolam. Pacientes idosos
acima de 65 anos de idade, ou pacientes diabéticos têm maior tendência à
hipotensão com a utilização do cloridrato de dexmedetomidina. Todos os episódios
reverteram espontaneamente ou foram tratados com a terapia padrão.


HIPERTENSÃO TEMPORÁRIA

Hipertensão temporária foi observada principalmente durante a infusão inicial,
associada a efeitos vasoconstritores periféricos iniciais do cloridrato de
dexmedetomidina. O tratamento da hipertensão temporária geralmente não foi
necessário, embora a redução da taxa de infusão de ataque seja desejável.

Após a infusão inicial, os efeitos centrais do cloridrato de dexmedetomidina
dominam e a pressão sanguínea geralmente diminui.


INSUFICIÊNCIA ADRENAL

Estudos em animais sugerem diminuição da função da glândula adrenal a depender
da dose.


CRIANÇAS

A eficácia, segurança do cloridrato de dexmedetomidina em pacientes pediátricos
com idade inferior a 18 anos não foram estudadas. Portanto, cloridrato de
dexmedetomidina não deve ser utilizado nesta população.


PACIENTES IDOSOS

Uma redução de dose pode ser considerada em pacientes acima de 65 anos de idade.


DISFUNÇÃO HEPÁTICA (NO FÍGADO)

Em indivíduos com graus variáveis de insuficiência hepática os valores da
depuração (eliminação) foram menores do que em indivíduos saudáveis. Os valores
médios da depuração para indivíduos com insuficiência hepática leve, moderada e
grave foram respectivamente 74%, 64% e 53%, dos valores observados em indivíduos
normais e saudáveis. Embora o cloridrato de dexmedetomidina seja dosado segundo
o efeito desejado, talvez seja necessário considerar redução da dose, dependendo
do grau de disfunção hepática do paciente.


ABSTINÊNCIA

SEDAÇÃO EM UNIDADE INTENSIVA DE TRATAMENTO

Os eventos mais comuns foram náusea, vômito e agitação.

Se taquicardia e/ou hipertensão ocorreram após a descontinuação de cloridrato de
dexmedetomidina, terapia de suporte é indicada.


HIPERTERMIA

Cloridrato de dexmedetomidina, pode induzir hipertermia que pode ser resistente
aos métodos tradicionais de resfriamento. Cloridrato de dexmedetomidina, deve
ser descontinuado e a hipertermia deve ser tratada com medidas clínicas
convencionais.


RISCO DE MORTALIDADE

O uso de cloridrato de dexmedetomidina por mais de 24 horas foi associado a um
aumento da mortalidade em pacientes adultos de UTI com 63,7 anos de idade ou
menos em comparação com os cuidados habituais.


USO DURANTE A GRAVIDEZ

Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. A
dexmedetomidina demonstrou atravessar a barreira placentária em estudos
publicados em animais e humanos. O cloridrato de dexmedetomidina deverá ser
utilizado durante a gravidez somente se os benefícios potenciais justificarem os
riscos potenciais para o feto. A segurança do cloridrato dexmedetomidina no
trabalho de parto e nascimento não foi estudada e, portanto, não é recomendada
para uso obstétrico, incluindo partos por cirurgia cesariana.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.


USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO

O cloridrato de dexmedetomidina é excretado no leite humano, mas não foram
realizados estudos que avaliam os efeitos da dexmedetomidina em crianças
amamentadas e na produção de leite.

Os benefícios do desenvolvimento e da saúde da amamentação devem ser
considerados juntamente com a necessidade clínica da mãe de dexmedetomidina e
quaisquer potenciais efeitos adversos da dexmedetomidina na criança amamentada.

Uma mulher que amamenta pode considerar interromper a amamentação, ordenhar e
descartar o leite materno por 24 horas após receber a dexmedetomidina, a fim de
minimizar a exposição potencial ao medicamento a um recém-nascido amamentado.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas,
pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.


QUAIS AS REAÇÕES ADVERSAS E OS EFEITOS COLATERAIS DO DEX?

Os eventos indesejáveis incluem dados de estudos clínicos de sedação na Unidade
de Terapia Intensiva, nos quais 576 pacientes receberam cloridrato de
dexmedetomidina, e de estudos de infusão contínua da dexmedetomidina para
sedação em pacientes internados em unidades de terapia intensiva, controlados
com placebo, nos quais 387 pacientes receberam cloridrato de dexmedetomidina. Em
geral, os eventos indesejáveis mais frequentemente observados, emergentes do
tratamento foram hipotensão, hipertensão, bradicardia, febre, vômitos, hipoxemia
(níveis baixos de oxigênio no sangue), taquicardia (rapidez excessiva no
funcionamento do coração), anemia, boca seca e náusea.

Os eventos indesejáveis mais frequentemente observados, emergentes do tratamento
e relacionados ao medicamento estão incluídos na tabela abaixo.

Eventos adversos surgidos e relacionados# com o tratamento, com incidência maior
que 1%, em todos os pacientes tratados com dexmedetomidina nos estudos fase
II/III de infusão contínua Evento adverso Pacientes tratados com dexmedetomidina
(N = 576) Pacientes randomizados com dexmedetomidina
(N = 387) Placebo
(N = 379) Hipotensão 121 (21%) 84 (22%)* 16 (4%) Hipertensão 64 (11%) 47 (12%)*
24 (6%) Bradicardia 35 (6%) 20 (5%)* 6 (2%) Boca seca 26 (5%) 13 (3%) 4 (1%)
Náusea 24 (4%) 16 (4%) 20 (5%) Sonolência 9 (2%) 3 (menor que 1%) 3 (menor que
1%)

*Diferença estatisticamente significativa entre grupo dexmedetomidina e placebo,
(randomizado) p ≤ 0,05.
#Eventos adversos relacionados com o tratamento: inclui todos os eventos
considerados possíveis ou prováveis de estarem relacionados ao tratamento, como
avaliado pelos investigadores, e aqueles eventos cuja causalidade ficou
desconhecida ou inespecificada.

Os efeitos adversos são relatados em ordem decrescente de frequência.

 * Reação adversa com incidência > 2% - população sedação na UTI: anemia
   (quantidade baixa de células vermelhas no sangue), hipovolemia (quantidade
   baixa de fluidos dentro dos vasos), hiperglicemia (nível alto de açúcar no
   sangue), hipocalcemia (nível baixo de cálcio no sangue), acidose, agitação,
   bradicardia (frequência cardíaca baixa), fibrilação arterial (arritmia),
   taquicardia, taquicardia sinusal (frequência cardíaca alta), taquicardia
   ventricular (arritmia), hipotensão (pressão arterial baixa), hipertensão
   (pressão arterial alta), atelectasia (áreas do pulmão colapsadas), efusão
   pleural (acumulo de liquido entre as camadas que revestem os pulmões),
   hipóxia (menor quantidade de oxigênio), edema e chiado pulmonar, náusea, boca
   seca, vômito, pirexia, hipertermia (febre), arrepios, edemas periféricos,
   diminuição da produção urinária, hemorragia pós-procedimento.
 * Reação adversa com incidência > 2% - população de sedação de procedimento:
   bradicardia, taquicardia, hipotensão, hipertensão, depressão respiratória,
   hipóxia, bradipneia (menor frequência respiratória), náusea, boca seca.
 * Reações adversas com frequência desconhecida reportadas após comercialização
   do cloridrato de dexmedetomidina: anemia, acidose, acidose respiratória,
   hipercalemia (aumento de potássio no sangue), elevação da fosfatase alcalina
   (enzima produzida no fígado), sede, hipoglicemia (nível baixo de açúcar no
   sangue), hipernatremia (nível alto de sódio no sangue), agitação, confusão,
   delirium, alucinação, ilusão, tontura, dor de cabeça, neuralgia (dor no
   nervo), neurite (inflamação do nervo), distúrbio da fala, convulsão,
   fotopsia, visão anormal, arritmia, arritmia ventricular, bradicardia,
   bloqueio atrioventricular, parada cardíaca, extra-sístole, fibrilação atrial,
   bloqueio cardíaco, inversão de ondas t, taquicardia, taquicardia ventricular,
   distúrbio do coração, infarto do miocárdio, hemorragia, oscilação da pressão
   arterial, hipertensão, hipotensão, apneia, broncoespasmo (estreitamento da
   via respiratória), hipercapnia (aumento de gás carbônico no sangue),
   hipoventilação, hipóxia, congestão pulmonar (acumulo de liquido no pulmão),
   dor abdominal, diarreia, vomito, náusea, elevação da gama glutamil
   transpeptidase (enzima hepática), função hepática anormal,
   hiperbilirrubinemia (aumento de pigmento amarelo encontrado no sangue),
   elevação da alanina transferase (enzima hepática), elevação da aspartato
   amino-transferase (enzima hepática), elevação do suor, elevação da ureia
   nitrogenada no sangue, oligúria (diminuição da frequência urinaria), poliúria
   (aumento da frequência urinaria), pirexia (febre), hiperpirexia, hipovolemia,
   anestesia leve (diminuição sensibilidade), dor e rigores (rigidez).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de
reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através
do seu serviço de atendimento.


APRESENTAÇÕES DO DEX

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.


SOLUÇÃO INJETÁVEL 100 MCG/ML

 * Embalagem contendo 25 ampolas de 2 mL de solução injetável.
 * Embalagens contendo 5 frasco-ampola de 2 mL de solução injetável.

Via intravenosa.

Uso adulto.


QUAL A COMPOSIÇÃO DO DEX?


CADA 1 ML DA SOLUÇÃO CONTÉM:

118 mcg de cloridrato de dexmedetomidina (equivalente a 100 mcg de
dexmedetomidina).

Excipiente: cloreto de sódio, água para injetáveis.
Volume líquido por unidade: 2 mL.


SUPERDOSE: O QUE ACONTECE SE TOMAR UMA DOSE DO DEX MAIOR DO QUE A RECOMENDADA?

A tolerabilidade do cloridrato de dexmedetomidina foi estudada em um estudo no
qual os indivíduos saudáveis receberam doses iguais e acima da dose recomendada
de 0,2 a 0,7 mcg/kg/hora. A concentração plasmática máxima atingida no estudo
foi de aproximadamente 13 vezes o limite superior do intervalo terapêutico. Os
efeitos mais notáveis observados em dois pacientes que atingiram as doses mais
elevadas foram bloqueio atrioventricular de primeiro grau e bloqueio cardíaco de
segundo grau. Nenhum comprometimento hemodinâmico foi observado com o bloqueio
atrioventricular e o bloqueio cardíaco resolveu-se espontaneamente no período de
um minuto.

Cinco pacientes receberam uma superdose de cloridrato de dexmedetomidina nos
estudos de sedação na unidade intensiva de tratamento. Dois destes pacientes não
tiveram sintomas reportados; um paciente recebeu 2 mcg/kg de dose de ataque
durante 10 minutos (duas vezes a dose de ataque recomendada) e um paciente
recebeu a infusão de manutenção de 0,8 mcg/kg/hora. Dois outros pacientes que
receberam 2 mcg/kg de dose de ataque durante 10 minutos tiveram bradicardia e/ou
hipotensão. Um paciente que recebeu bolus de cloridrato de dexmedetomidina não
diluído (19,4 mcg/kg) teve uma parada cardíaca da qual foi ressuscitado com
sucesso.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente
socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue
para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.


INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: QUAIS OS EFEITOS DE TOMAR DEX COM OUTROS REMÉDIOS?


ANESTÉSICOS, SEDATIVOS, HIPNÓTICOS E OPIÓIDES

A utilização simultânea de cloridrato de dexmedetomidina com medicamentos
anestésicos, sedativos, hipnóticos e opioides tende a aumentar o seu efeito.
Estudos específicos confirmam estes efeitos com sevoflurano, isoflurano,
propofol, alfentanila e midazolam. Nenhuma interação foi evidenciada entre
cloridrato de dexmedetomidina e isoflurano, propofol, alfentanila e midazolam.
Entretanto, devido aos efeitos, quando se utiliza cloridrato de dexmedetomidina
com estes agentes, a redução da dose de cloridrato de dexmedetomidina ou do
sedativo, hipnótico, opioide ou anestésico concomitante pode ser necessária.


BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES (MEDICAMENTOS QUE INTERROMPEM A TRANSMISSÃO DE
IMPULSOS NERVOSOS)

Em um estudo de 10 voluntários sadios, a utilização de cloridrato de
dexmedetomidina por 45 minutos na concentração plasmática de 1 ng/mL, não
resultou em aumento clinicamente significativo da grandeza do bloqueio
neuromuscular, associado com a utilização de rocurônio.


CITOCROMO P450

Cautela deve ser usada durante a administração concomitante de cloridrato de
dexmedetomidina com outros medicamentos metabolizados pelas enzimas CYP2D6,
CYP3A4 e CYP2B6.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum
outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para a
sua saúde.


QUAL A AÇÃO DA SUBSTÂNCIA DO DEX (CLORIDRATO DE DEXMEDETOMIDINA)?


RESULTADOS DE EFICÁCIA

--------------------------------------------------------------------------------

Nos estudos clínicos que avaliaram pacientes que necessitavam de cuidados de
terapia intensiva, os pacientes que receberam Cloridrato de Dexmedetomidina
alcançaram os níveis desejáveis de sedação, permanecendo menos ansiosos, com uma
significativa redução da necessidade de analgesia. Por outro lado, os pacientes
puderam ser facilmente despertados, demonstrando-se cooperativos e orientados, o
que facilitou o manejo destes pacientes. Em um estudo com voluntários saudáveis,
a frequência respiratória e a saturação de oxigênio mantiveram-se dentro dos
limites normais e não houve evidência de depressão respiratória quando o
cloridrato de Cloridrato de Dexmedetomidina foi administrado por infusão
intravenosa da dose recomendada. Estes mesmos efeitos foram confirmados nos
estudos de fase III, em pacientes sob terapia intensiva.1,2

Foram realizados dois estudos clínicos multicêntricos, randomizados,
duplo-cegos, grupo-paralelo, placebocontrolado, em 754 pacientes internados em
unidade de terapia intensiva cirúrgica. Todos os pacientes foram inicialmente
intubados e receberam ventilação mecânica. Esses ensaios avaliaram as
propriedades sedativas de Cloridrato de Dexmedetomidina comparando a quantidade
de medicação de resgate (midazolam em um ensaio e propofol no segundo)
necessária para atingir um nível especificado de sedação (usando a Escala de
Sedação Padronizada de Ramsay) entre Cloridrato de Dexmedetomidina e placebo
desde o início do tratamento à extubação ou a uma duração total do tratamento de
24 horas. O Nível de Sedação de Ramsay é apresentado na Tabela 1.1

Tabela 1: Nível de Sedação de Ramsay.

Nível clínico

Nível de sedação alcançado 6

Adormecido, sem resposta

5

Resposta adormecida, lenta à pulsação glabelar leve ou estímulo auditivo alto

4

Adormecido, mas com resposta rápida à luz glabelar tap ou alto estímulo auditivo

3

O paciente responde aos comandos

2

Paciente cooperativo, orientado e tranquilo

1

Paciente ansioso, agitado ou inquieto

No primeiro estudo, 175 pacientes foram randomizados para receberem placebo e
178 para receberem Cloridrato de Dexmedetomidina por infusão intravenosa numa
dose de 0,4 mcg/kg/h (com ajuste permitido entre 0,2 e 0,7 mcg/kg/h) após uma
infusão de carga inicial de 1 mcg/kg por via intravenosa durante 10 minutos. A
taxa de infusão do fármaco do estudo foi ajustada para manter um nível de
sedação de Ramsay ≥ 3. Os pacientes foram autorizados a receber "resgate"
midazolam como necessário para aumentar a infusão do fármaco do estudo.
Adicionalmente, foi administrado sulfato de morfina para dor quando necessário.
Neste estudo o parâmetro principal de avaliação foi a quantidade total de
midazolam necessário para manter a sedação, assim como especificado quando
intubado. Os pacientes randomizados para placebo receberam significativamente
mais midazolam do que os pacientes randomizados para o Cloridrato de
Dexmedetomidina (ver Tabela 2).

Uma segunda análise prospectiva primária avaliou os efeitos sedativos de
Cloridrato de Dexmedetomidina comparando a porcentagem de pacientes que
obtiveram nível de sedação de Ramsay ≥ 3 durante a intubação sem o uso de
medicação de resgate adicional. Uma percentagem significativamente maior de
pacientes no grupo de Cloridrato de Dexmedetomidina manteve um nível de sedação
de Ramsay ≥ 3 sem receber qualquer resgate de midazolam em comparação com o
grupo placebo (ver Tabela 2).

Tabela 2: Uso de midazolam como medicamento de resgate durante a intubação
(ITT) Estudo Um.

- Placebo
(N = 175) Cloridrato de Dexmedetomidina
(N = 178)

Valor-p

Dose média total (mg) de midazolam

19 mg 5 mg

0,0011*

Desvio padrão

53 mg 19 mg -

Uso categorizado de midazolam

0 mg

43 (25%) 108 (61%)

< 0,001**

0–4 mg

34 (19%) 36 (20%) -

>4 mg

98 (56%) 34 (19%) -

A população ITT (intenção de tratar) inclui todos os pacientes randomizados.
* Modelo ANOVA com centro de tratamento.
** Qui-quadrado.

Uma análise prospectiva secundária avaliou a dose de sulfato de morfina
administrada a pacientes nos grupos Cloridrato de Dexmedetomidina e placebo. Em
média, os pacientes tratados com Cloridrato de Dexmedetomidina receberam menos
sulfato de morfina para a dor do que os pacientes tratados com placebo (0,47
versus 0,83 mg/h). Além disso, 44% (79 de 178 pacientes) de pacientes com
Cloridrato de Dexmedetomidina não receberam sulfato de morfina para dor versus
19% (33 de 175 pacientes) no grupo placebo.

No segundo estudo 198 pacientes foram randomizados para receberem placebo e 203
para receberem Cloridrato de Dexmedetomidina por infusão intravenosa a dose de
0,4 mcg/kg/h (com ajuste permitido entre 0,2 e 0,7 mcg/kg/h) Após uma infusão de
carga inicial de 1 mcg/kg intravenosa durante 10 minutos. A infusão do
medicamento do estudo foi ajustada para manter nível de sedação de Ramsay ≥ 3.
Os pacientes foram autorizados a receber "resgate" propofol conforme necessário
para aumentar a infusão do fármaco no estudo. Adicionalmente, foi administrado
sulfato de morfina conforme necessário para a dor. A medida de resultado
primário para este estudo foi a quantidade total de medicação de resgate
(propofol) necessária para manter a sedação conforme especificado enquanto
intubado.

O propofol foi empregado como medicamento de suporte para manter a sedação, e o
sulfato de morfina foi utilizado para proporcionar analgesia. Em ambos os
estudos o Cloridrato de Dexmedetomidina foi administrada na dose inicial de 1
mcg/kg por via IV durante 10 minutos, seguida da dose de 0,4 mcg/kg/h (com
ajuste permitido entre 0,2 e 0,7 mcg/kg/h) ou midazolam como medicação sedativa
de suporte. Os resultados destes estudos dão suporte ao perfil de eficácia do
Cloridrato de Dexmedetomidina.


SEDAÇÃO

Os pacientes tratados com cloridrato de Cloridrato de Dexmedetomidina alcançaram
os níveis clinicamente indicados de sedação, medidos pelo escore de sedação de
Ramsay, e foram facilmente despertados e cooperativos. Os pacientes tratados com
Cloridrato de Dexmedetomidina também necessitaram de menos medicação sedativa,
de modo estatisticamente significativo, do que os pacientes tratados com
placebo.

Os pacientes randomizados para placebo receberam significativamente mais
propofol do que os pacientes randomizados para o Cloridrato de Dexmedetomidina
(ver Tabela 3).

Uma porcentagem significativamente maior de pacientes no grupo Cloridrato de
Dexmedetomidina em comparação com o grupo placebo manteve nível de sedação de
Ramsay ≥ 3 sem receber qualquer resgate de propofol (ver Tabela 3).

Tabela 3: O uso do propofol como medicamento de resgate durante a intubação
(ITT) Estudo Dois.

- Placebo
(N = 198) Cloridrato de Dexmedetomidina
(N = 203)

Valor-p

Dose média total (mg) de propofol

513 mg

72 mg

< 0,0001*

Desvio padrão

782 mg

249 mg

-

Uso categorizado de propofol

0 mg

47 (24%)

122 (60%)

< 0,001**

0–5 mg

30 (15%)

43 (21%)

-

>50 mg

121 (61%)

38 (19%)

-

* Modelo ANOVA com centro de tratamento.
** Qui-quadrado.

Uma análise prospectiva secundária avaliou a dose de sulfato de morfina
administrada a pacientes nos grupos Cloridrato de Dexmedetomidina e placebo. Em
média, os pacientes tratados com Cloridrato de Dexmedetomidina receberam menos
sulfato de morfina para a dor do que os pacientes tratados com placebo (0,43
versus 0,89 mg/h). Além disso, 41% (83 de 203 pacientes) de pacientes com
Cloridrato de Dexmedetomidina não receberam sulfato de morfina para dor versus
15% (30 de 198 pacientes) no grupo placebo.

Num estudo clínico controlado, Cloridrato de Dexmedetomidina foi comparado com
midazolam para sedação em UTI superior a 24 horas de duração. Cloridrato de
Dexmedetomidina não mostrou ser superior ao midazolam para o desfecho de
eficácia primário, a porcentagem de tempo em que os pacientes foram
adequadamente sedados (81% versus 81%). Além disso, a administração de
Cloridrato de Dexmedetomidina por mais de 24 horas foi associada com tolerância,
taquifilaxia e um aumento relacionado com a dose em eventos adversos.


ANALGESIA

Nas unidades de terapia intensiva, o grupo de pacientes tratados com cloridrato
de Cloridrato de Dexmedetomidina necessitou de menos tratamento analgésico
(morfina), de modo estatisticamente significativo, do que os pacientes tratados
com placebo. Além disso, nos dois estudos, 44% (79 de 178) e 41% (83 de 203) dos
pacientes que estavam recebendo Cloridrato de Dexmedetomidina não necessitaram
de sulfato de morfina para a dor, contra 19% (33 de 175) e 15% (30 de 198) dos
pacientes no grupo que recebeu placebo.


DIMINUIÇÃO DA ANSIEDADE

Os pacientes tratados com cloridrato de Cloridrato de Dexmedetomidina
demonstraram, de modo estatisticamente significativo, ter menos ansiedade do que
os pacientes tratados com placebo. A porcentagem média das avaliações de Ramsay
que representam 1 (paciente ansioso, agitado ou inquieto) para o grupo
Cloridrato de Dexmedetomidina (4%) foi menor, de modo estatisticamente
significativo (p menor que 0,0001), do que para o grupo placebo (7%).


EFEITOS HEMODINÂMICOS

Os pacientes tratados com cloridrato de Cloridrato de Dexmedetomidina
apresentaram em média pressão arterial e frequência cardíaca mais baixas.

Referências Bibliográficas

1 - Grounds RM, Martin E, and Dexmedetomidine Study Group. A novel approach to
managing postsurgical patients in intensive care: use of a highly specific
alpha2-adrenoceptor agonist. (W97-245/246 manuscrito apresentado para
publicação).
2 - Pandharipande, PP et al. Effects of sedation with dexmedetomidine vs
lorazepam on acute brain dysfunction in mechanically ventilated patients. The
MENDS randomized controlled Trial. JAMA 2007; 298(22):2644-53.
3 - Riker RR, Shehabi Y, Bokesch PM, Ceraso D, Wisemandle W, Koura F, et al.
Dexmedetomidine vs midazolam for sedation of critically ill patients: a
randomized trial. JAMA 2009;301(5):489-99. [PUBMED: 19188334].


CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

--------------------------------------------------------------------------------


MECANISMO DE AÇÃO

Cloridrato de Dexmedetomidina é um agonista alfa2-adrenérgico relativamente
seletivo com propriedades sedativas. A seletividade alfa-2 é demonstrada em
animais após administração intravenosa lenta de doses baixas ou médias (10 - 300
mcg/kg). As atividades alfa-1 e alfa-2 são observadas após administração
intravenosa lenta de doses altas (≥1000 mcg/kg) ou infusão intravenosa rápida.


FARMACODINÂMICA

Em um estudo em voluntários saudáveis (N = 10), a taxa respiratória e a
saturação de oxigênio permaneceram dentro dos limites normais e não houve
evidência de depressão respiratória quando o Cloridrato de Dexmedetomidina foi
administrado por infusão intravenosa em doses dentro da faixa de dose
recomendada (0,2 - 0,7 mcg/kg/hr).

O Cloridrato de Dexmedetomidina promove sedação sem depressão respiratória.
Durante esse estado os pacientes podem ser despertados e são cooperativos. As
propriedades simpatolíticas adicionais incluem diminuição da ansiedade,
estabilidade hemodinâmica, diminuição brusca da resposta hormonal ao estresse e
redução da pressão intraocular. Acredita-se que as ações sedativas do Cloridrato
de Dexmedetomidina sejam principalmente mediadas pelos adrenorreceptores alfa-2
pós-sinápticos, os quais, por sua vez, agem sobre a proteína G sensível a
inibição da toxina Pertussis, aumentando a condutibilidade através dos canais de
potássio. Tem sido atribuído ao Locus coeruleus o local dos efeitos sedativos do
Cloridrato de Dexmedetomidina. Acredita-se que as ações analgésicas sejam
mediadas por um mecanismo de ação similar no cérebro e na medula espinhal. O
Cloridrato de Dexmedetomidina não tem afinidade pelos receptores
beta-adrenérgicos, muscarínicos, dopaminérgicos ou serotoninérgicos.


FARMACOCINÉTICA

Após a administração intravenosa, o Cloridrato de Dexmedetomidina exibe os
seguintes parâmetros farmacocinéticos: rápida fase de distribuição, com
meia-vida de distribuição (t1/2) de aproximadamente 6 minutos; meia-vida de
eliminação total (t1/2) de aproximadamente 2 horas; e volume de distribuição no
estado de equilíbrio (VSS) de aproximadamente 118 litros. A depuração é estimada
em aproximadamente 39 L/h. O peso corporal médio associado a esta estimativa de
depuração foi de 72 kg.

O Cloridrato de Dexmedetomidina demonstra farmacocinética linear na faixa de
dosagem de 0,2 a 0,7 mcg/kg/hr quando administrado por infusão intravenosa por
até 24 horas. A Tabela 4 mostra os principais parâmetros farmacocinéticos quando
Cloridrato de Dexmedetomidina foi infundido (após doses de ataque adequadas) a
taxas de infusão de manutenção de 0,17 mcg/kg/hr (concentração plasmática
pretendida de 0,3 ng/mL) por 12 e 24 horas, 0,33 mcg/kg/hr (concentração
plasmática pretendida de 0,6 ng/mL) por 24 horas e, 0,70 mcg/kg/hr (concentração
plasmática pretendida de 1,25 ng/mL) por 24 horas.

Tabela 4: Média ± DP Parâmetros Farmacocinéticos .

Parâmetro

Infusão de ataque (min)/Duração total da Infusão (hrs)

10 min/12 hrs

10 min/24 hrs 10 min/24 hrs

35 min/24 hrs

Concentração de Cloridrato de Dexmedetomidina pretendida no plasma (ng/mL) e
dose (mcg/kg/hr)

0,3/0,17

0,3/0,17 0,6/0,33

1,25/0,70

t1/2*, hora

1,78 ± 0,30 2,22 ± 0,59 2,23 ± 0,21

2,50 ± 0,61

CL, litro/hora

46,3 ± 8,3 43,1 ± 6,5 35,3 ± 6,8

36,5 ± 7,5

Vss, litro

88,7 ± 22,9 102,4 ± 20,3 93,6 ± 17,0

99,6 ± 17,8

Avg Css # , ng/mL

0,27 ± 0,05 0,27 ± 0,05 0,67 ± 0,10

1,37 ± 0,20

* Apresentado como média harmônica e pseudo desvio padrão.
# Média Css = Concentração média de Cloridrato de Dexmedetomidina no estado de
equilíbrio. A Css média foi calculada com base na amostragem pós-dose de
amostras de 2,5 a 9 horas para 12 horas de infusão e amostragem pós-dose de 2,5
a 18 horas para 24 horas de infusões.

As doses de ataque para cada um dos grupos indicados acima foram 0,5; 0,5; 1 e
2,2 mcg/kg, respectivamente.

Os parâmetros farmacocinéticos de Cloridrato de Dexmedetomidina após doses de
manutenção de Cloridrato de Dexmedetomidina de 0,2 a 1,4 mcg/kg/h por > 24 horas
foram semelhantes aos parâmetros de farmacocinética após a dose de manutenção de
Cloridrato de Dexmedetomidina por < 24 horas em outros estudos. Os valores de
depuração (CL), volume de distribuição (V) e t1/2 foram 39,4 L/h, 152 L e 2,67
horas, respectivamente.

DISTRIBUIÇÃO

O volume de distribuição no estado de equilíbrio (VSS) de Cloridrato de
Dexmedetomidina foi de aproximadamente 118 litros.

A ligação de Cloridrato de Dexmedetomidina às proteínas plasmáticas foi avaliada
no plasma de indivíduos homens e mulheres normais e saudáveis. A ligação
proteica média foi de 94% e manteve-se constante ao longo das diferentes
concentrações plasmáticas avaliadas. A ligação proteica foi similar em homens e
mulheres. A fração de Cloridrato de Dexmedetomidina que estava ligada às
proteínas plasmáticas estava significativamente diminuída nos indivíduos com
insuficiência hepática, se comparada aos indivíduos saudáveis.

O potencial de deslocamento da ligação proteica de Cloridrato de Dexmedetomidina
por fentanila, cetorolaco, teofilina, digoxina e lidocaína foi explorado in
vitro e foram observadas alterações insignificantes na ligação às proteínas
plasmáticas de Cloridrato de Dexmedetomidina. O potencial de deslocamento da
ligação proteica de fenitoína, varfarina, ibuprofeno, propranolol, teofilina e
digoxina por Cloridrato de Dexmedetomidina foi explorado in vitro e nenhum
destes compostos pareceu ser significantemente deslocado por Cloridrato de
Dexmedetomidina.

METABOLISMO

O Cloridrato de Dexmedetomidina sofre biotransformação quase completa com muito
pouca excreção de Cloridrato de Dexmedetomidina sob a forma inalterada na urina
e fezes. A biotransformação envolve tanto a glicuronidação direta quanto o
metabolismo mediado pelo citocromo P450. As principais vias metabólicas
do Cloridrato de Dexmedetomidina são: N-glicuronidação direta para metabólitos
inativos, hidroxilação alifática (mediada principalmente pelo CYP2A6 com um
papel menor de CYP1A2, CYP2E1, CYP2D6 e CYP2C19) de dexmedetomidina para gerar
3-hidroxi-dexmedetomidina, o glicuronídeo da 3- hidroxi-dexmedetomidina e
3-carboxi-dexmedetomidina e N-metilação de dexmedetomidina para gerar 3-hidroxi
Nmetil dexmedetomidina, 3-carboxi N-metil dexmedetomidina e
dexmedetomidina-N-metil-O-glicuronídeo.

ELIMINAÇÃO

A meia-vida de eliminação terminal (t1/2) do Cloridrato de Dexmedetomidina é de
aproximadamente 2 horas e a depuração é estimada em aproximadamente 39 L/h. Um
estudo de balanço de massa demonstrou que, após nove dias, uma média de 95% de
radioatividade, seguida de administração intravenosa de Cloridrato de
Dexmedetomidina radiomarcada, foi recuperada na urina e 4% nas fezes. Não foi
detectado Cloridrato de Dexmedetomidina inalterada na urina. Aproximadamente 85%
da radioatividade recuperada na urina foram excretadas dentro de 24 horas após a
infusão. O fracionamento da radioatividade excretada na urina mostrou que os
produtos de N-glicuronidação representaram aproximadamente 34% de excreção
urinária cumulativa. Além disso, a hidroxilação alifática do fármaco original
para formar 3-hidroxi-dexmedetomidina, o glucuronido de 3
hidroxi-dexmedetomidina e 3-ácido carboxílico-dexmedetomidina, em conjunto,
representavam aproximadamente 14% da dose na urina. N-metilação de
dexmedetomidina para formar 3-hidroxi N-metil dexmedetomidina, 3-carboxi N-metil
dexmedetomidina e N-metil O-glucuronido dexmedetomidina representaram
aproximadamente 18% da dose na urina. O próprio metabólito N-metil era um
componente circulante menor e não foi detectado na urina. Aproximadamente 28%
dos metabólitos urinários não foram identificados.

SEXO

Não houve diferença observada na farmacocinética de Cloridrato de
Dexmedetomidina devido ao sexo.

GERIATRIA

O perfil farmacocinético de Cloridrato de Dexmedetomidina não foi alterado pela
idade. Não houve diferenças na farmacocinética de Cloridrato de Dexmedetomidina
em indivíduos jovens (18-40 anos), de meia-idade (41-65 anos) e idosos (> 65
anos).

DISFUNÇÃO HEPÁTICA

Em indivíduos com graus variáveis de insuficiência hepática (Classe Child-Pugh
A, B ou C), os valores de depuração para o Cloridrato de Dexmedetomidina foram
menores em relação aos indivíduos saudáveis. Os valores médios de depuração para
pacientes com insuficiência hepática leve, moderada e grave foram,
respectivamente, 74%, 64% e 53% dos valores observados em indivíduos normais e
saudáveis. As depurações médias para o fármaco livre foram, respectivamente,
59%, 51% e 32% dos valores observados em indivíduos normais e saudáveis.

Embora o Cloridrato de Dexmedetomidina seja dosado segundo o efeito desejado,
talvez seja necessário considerar a redução da dose em pacientes com
insuficiência hepática.

DISFUNÇÃO RENAL

A farmacocinética de Cloridrato de Dexmedetomidina (Cmáx, Tmáx, AUC, t1/2, CL, e
Vss) não foi significantemente diferente em pacientes com insuficiência renal
severa (depuração de creatinina: <30 mL/min) se comparada a indivíduos
saudáveis.

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

ESTUDOS IN VITRO

Estudos in vitro em microssomos hepáticos humanos não demonstraram evidências de
interações medicamentosas mediadas através do citocromo P450 que pareceram ser
clinicamente relevantes.


COMO DEVO ARMAZENAR O DEX?

O cloridrato de dexmedetomidina deve ser conservado em temperatura ambiente
(entre 15 e 30ºC).

Não é necessária refrigeração.

Após a diluição do concentrado, o produto deve ser administrado imediatamente, e
descartado decorridas 24 horas da diluição.

Caso o produto não seja utilizado imediatamente após a diluição, recomenda-se o
armazenamento refrigerado da solução entre 2 a 8ºC por não mais de 24 horas para
reduzir o risco microbiológico.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.


CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO

Solução límpida e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de
validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 


DIZERES LEGAIS DO DEX

Reg. MS N.º 1.0298.0469

Registrado por:
Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
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Indústria Brasileira

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Cristália - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia Itapira-Lindóia, km 14
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SAC
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Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção da receita.

Quer saber mais?
Consulte também a Bula do Cloridrato de Dexmedetomidina

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão
técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364).
Consulte a bula original. Última atualização: 16 de Fevereiro de 2023

Rafaela Sarturi SitinikiCRF/PR 37364Farmacêutica responsável


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