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AQUECIMENTO GLOBAL

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Aquecimento global é o processo de aumento da temperatura média dos oceanos e da
atmosfera da Terra causado por massivas emissões de gases que intensificam o
efeito estufa, originados de uma série de atividades humanas, especialmente a
queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra, como o desmatamento,
bem como de várias outras fontes secundárias. Essas causas são um produto direto
da explosão populacional, do crescimento econômico, do uso de tecnologias e
fontes de energia poluidoras e de um estilo de vida insustentável, em que a
natureza é vista como matéria-prima para exploração. Os principais gases do
efeito estufa emitidos pelo homem são o dióxido de carbono (ou gás carbônico,
CO2) e o metano (CH4). Esses e outros gases atuam obstruindo a dissipação do
calor terrestre para o espaço. O aumento de temperatura vem ocorrendo desde
meados do século XIX e deverá continuar enquanto as emissões continuarem
elevadas.

O aumento nas temperaturas globais e a nova composição da atmosfera desencadeiam
alterações importantes em virtualmente todos os sistemas e ciclos naturais da
Terra. Afetam os mares, provocando a elevação do seu nível e mudanças nas
correntes marinhas e na composição química da água, verificando-se acidificação,
dessalinização e desoxigenação. Interferem no ritmo das estações e nos ciclos da
água, do carbono, do nitrogênio e outros compostos. Causam o degelo das calotas
polares, do solo congelado das regiões frias (permafrost) e dos glaciares de
montanha, modificando ecossistemas e reduzindo a disponibilidade de água
potável. Tornam irregulares o regime de chuvas e o padrão dos ventos, produzem
uma tendência à desertificação das regiões florestadas tropicais, enchentes e
secas mais graves e frequentes, e tendem a aumentar a frequência e a intensidade
de tempestades e outros eventos climáticos extremos, como as ondas de calor e de
frio. As mudanças produzidas pelo aquecimento global nos sistemas biológicos,
químicos e físicos do planeta são vastas, algumas são de longa duração e outras
são irreversíveis, e provocam uma grande redistribuição geográfica da
biodiversidade, o declínio populacional de grande número de espécies, modificam
e desestruturam ecossistemas em larga escala, e geram por consequência problemas
sérios para a produção de alimentos, o suprimento de água e a produção de bens
diversos para a humanidade, benefícios que dependem da estabilidade do clima e
da integridade da biodiversidade. Esses efeitos são intimamente
inter-relacionados, influem uns sobre os outros amplificando seus impactos
negativos e produzindo novos fatores para a intensificação do aquecimento
global. O aquecimento e as suas consequências serão diferentes de região para
região, e o Ártico é a região que está aquecendo mais rápido. A natureza e o
alcance dessas variações regionais ainda são difíceis de prever de maneira
exata, mas sabe-se que nenhuma região do mundo será poupada de mudanças. Muitas
serão penalizadas pesadamente, especialmente as mais pobres e com menos recursos
para adaptação. Mesmo que as emissões de gases estufa cessem imediatamente, a
temperatura continuará a subir por mais algumas décadas, pois o efeito dos gases
emitidos não se manifesta de imediato e eles permanecem ativos por muito tempo.
É evidente que uma redução drástica das emissões não acontecerá logo, por isso
haverá necessidade de adaptação às consequências inevitáveis do aquecimento. Uma
vez que as consequências serão tão mais graves quanto maiores as emissões de
gases estufa, é importante que se inicie a diminuição destas emissões o mais
rápido possível, a fim de minimizar os impactos sobre esta e as futuras
gerações.

A Organização das Nações Unidas publica um relatório periódico sintetizando os
estudos feitos sobre o aquecimento global em todo o mundo, através do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Estes estudos têm, por motivos
práticos, um alcance de tempo até o ano de 2100. Todavia, já se sabe que o
aquecimento e suas consequências deverão continuar por séculos adiante, e
algumas das consequências mais graves, como a elevação dos mares e o declínio da
biodiversidade, serão irreversíveis dentro dos horizontes da atual civilização.
Os governos do mundo em geral trabalham hoje para evitar uma elevação da
temperatura média acima de 1,5 °C, considerada o máximo tolerável antes de se
produzirem efeitos globais em escala catastrófica. Num cenário de elevação de
3,5 °C a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
Naturais (IUCN) prevê a extinção provável de até 70% de todas as espécies hoje
existentes. Se a elevação superar os 4 °C, uma possibilidade que não está
descartada e que a cada dia parece se tornar mais plausível, pode-se prever sem
dúvidas mudanças ambientais em todo o planeta em escala tal que comprometerão
irremediavelmente a maior parte de toda a vida na Terra. Num cenário de altas
emissões continuadas, superpopulação humana e exploração desenfreada da
natureza, semelhante ao que hoje está em curso, prevê-se para um futuro não
muito distante o inevitável esgotamento em larga escala dos recursos naturais e
uma rápida escalada nos índices de fome, epidemias e conflitos violentos, a
ponto de desestruturar todos os sistemas produtivos e sociais e tornar as nações
ingovernáveis, levando ao colapso da civilização como hoje a conhecemos. Se
considerarmos o futuro para além do limite de 2100, admitindo a queima de todas
as reservas conhecidas de combustíveis fósseis, projeta-se um aquecimento dos
continentes de até 20 °C, eliminando a produção de grãos em quase todas as
regiões agrícolas do mundo e criando um planeta praticamente inabitável.

A Organização das Nações Unidas publica um relatório periódico sintetizando os
estudos feitos sobre o aquecimento global em todo o mundo, através do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Estes estudos têm, por motivos
práticos, um alcance de tempo até o ano de 2100. Todavia, já se sabe que o
aquecimento e suas consequências deverão continuar por séculos adiante, e
algumas das consequências mais graves, como a elevação dos mares e o declínio da
biodiversidade, serão irreversíveis dentro dos horizontes da atual civilização.
Os governos do mundo em geral trabalham hoje para evitar uma elevação da
temperatura média acima de 1,5 °C, considerada o máximo tolerável antes de se
produzirem efeitos globais em escala catastrófica. Num cenário de elevação de
3,5 °C a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos
Naturais (IUCN) prevê a extinção provável de até 70% de todas as espécies hoje
existentes. Se a elevação superar os 4 °C, uma possibilidade que não está
descartada e que a cada dia parece se tornar mais plausível, pode-se prever sem
dúvidas mudanças ambientais em todo o planeta em escala tal que comprometerão
irremediavelmente a maior parte de toda a vida na Terra. Num cenário de altas
emissões continuadas, superpopulação humana e exploração desenfreada da
natureza, semelhante ao que hoje está em curso, prevê-se para um futuro não
muito distante o inevitável esgotamento em larga escala dos recursos naturais e
uma rápida escalada nos índices de fome, epidemias e conflitos violentos, a
ponto de desestruturar todos os sistemas produtivos e sociais e tornar as nações
ingovernáveis, levando ao colapso da civilização como hoje a conhecemos. Se
considerarmos o futuro para além do limite de 2100, admitindo a queima de todas
as reservas conhecidas de combustíveis fósseis, projeta-se um aquecimento dos
continentes de até 20 °C, eliminando a produção de grãos em quase todas as
regiões agrícolas do mundo e criando um planeta praticamente inabitável.


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