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"POVO DE PORTUGAL" * Início * Política * Política Nacional * Política – Internacional * Opinião * António Justo * Joaquim Vitorino * Colunistas * Patrícia Brighenti * Paulino Fernandes * Tony Cross * Ciência * Desporto * Automobilismo * Ciclismo * Futebol * Vela * Comunidades * Alemanha * França * Brasil * EUA * Angola * África do Sul * Guiné * Moçambique * Suiça * Regiões * Cadaval * Cascais * Ericeira * Lisboa * Mafra * Oeiras * Sintra * Blog * Compromisso de Protecção de Fontes, Ficha Técnica e Colaborações especiais * Publicidade * Contactos PUBLICIDADE SOBRE * Compromisso de Protecção de Fontes, Ficha Técnica e Colaborações especiais * Contactos * Publicidade * Monarquia Constitucional é uma alternativa O Blogue Povo de Portugal nasceu em 19 de Novembro de 2007. Data em que nasceu o Blogue Povo de Portugal, editado durante vários anos em papel, foi percursor dos Jornais de Oleiros e de Vila de Rei. Percorreu a Europa, ligou os Portugueses espalhados pelo mundo com inegável sucesso. Vicissitudes várias, determinaram a suspensão que agora acaba, retomando as edições em online numa primeira fase. Os insistentes incentivos de tantos Amigos espalhados pelo mundo, determinam a indispensabilidade de admitir esta medida que aqui anuncio com prazer e ambição. Voltaremos em breve a estar reunidos na defesa dos mesmos valores, dos mesmos objectivos Pode enviar notícias para o seguinte contacto: povodeportugal.jornal@gmail.com ARQUIVO Arquivo Seleccionar mês Março 2022 (2) Fevereiro 2022 (5) Janeiro 2022 (9) Dezembro 2021 (1) Novembro 2021 (1) Setembro 2021 (4) Agosto 2021 (2) Julho 2021 (5) Junho 2021 (4) Maio 2021 (12) Abril 2021 (2) Março 2021 (6) Fevereiro 2021 (6) Janeiro 2021 (4) Dezembro 2020 (2) Novembro 2020 (3) Outubro 2020 (5) Setembro 2020 (1) Agosto 2020 (4) Julho 2020 (4) Junho 2020 (3) Maio 2020 (2) Abril 2020 (3) Fevereiro 2020 (2) Janeiro 2020 (1) Dezembro 2019 (5) Novembro 2019 (3) Outubro 2019 (2) Setembro 2019 (3) Agosto 2019 (4) Julho 2019 (2) Junho 2019 (1) Maio 2019 (2) Abril 2019 (3) Fevereiro 2019 (2) Janeiro 2019 (2) Dezembro 2018 (3) Novembro 2018 (1) Agosto 2018 (1) Julho 2018 (8) Junho 2018 (3) Maio 2018 (9) Abril 2018 (8) Março 2018 (5) Fevereiro 2018 (4) Janeiro 2018 (2) Dezembro 2017 (7) Novembro 2017 (16) Outubro 2017 (11) Setembro 2017 (6) Agosto 2017 (7) Julho 2017 (4) Junho 2017 (5) Maio 2017 (14) Abril 2017 (16) Março 2017 (15) Fevereiro 2017 (6) Janeiro 2017 (13) Dezembro 2016 (5) Novembro 2016 (8) Outubro 2016 (10) Setembro 2016 (9) Agosto 2016 (4) Julho 2016 (2) Junho 2016 (4) Maio 2016 (1) Abril 2016 (4) Março 2016 (5) Fevereiro 2016 (2) Janeiro 2016 (3) Dezembro 2015 (2) Novembro 2015 (4) Outubro 2015 (3) Setembro 2015 (6) Agosto 2015 (3) Julho 2015 (3) Junho 2015 (12) Maio 2015 (5) Abril 2015 (3) Março 2015 (1) Novembro 2014 (3) Outubro 2014 (3) Setembro 2014 (1) Agosto 2014 (3) DESPORTO * Desporto * Automobilismo * Ciclismo * Futebol * Futebol * Vela VISITE TAMBÉM Jornal de OLEIROS Obrigado pela sua Visita! * 2022/03/09 DA GUERRA CIVIL UCRANIANA PARA A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA À GUERRA EM TODA A EUROPA? DA GUERRA CIVIL UCRANIANA PARA A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA À GUERRA EM TODA A EUROPA? . A Guerra da Informação faz da População Soldados mentais Esta guerra meteu-nos a todos num túnel escuro em que nem sequer se avista luz no fundo dele! A situação ... * 2022/03/04 ACIRRAR O URSO RUSSO SIGNIFICA PREPARAR UMA GUERRA NUCLEAR NA EUROPA Acirrar o Urso russo significa preparar uma Guerra nuclear na Europa GUERRA NUNCA É POR UMA BOA CAUSA . A ilusão de se vencer Putin conduzirá à tragédia de pôr todos em perigo… António Justo, Correspondente na Alemanha Mais de um milhão de ... * 2022/02/16 UCRÂNIA É O CAVALO TROIANO DOS USA E DA RÚSSIA UCRÂNIA É O CAVALO TROIANO DOS USA E DA RÚSSIA * 2022/02/15 AS EXIGÊNCIAS RUSSAS DEVEM SER ANALISADAS SOBRE UM LONGO HISTORIAL DE DECLARAÇÕES DE VLADIMIR PUTIN. As exigências russas devem ser analisadas sobre um longo historial de declarações de Vladimir Putin. . Em perspetiva, as suas ameaças não devem ser consideradas vãs. Facto incontroverso, a Ucrânia está visceralmente ligada à Rússia pela História ... * 2022/02/06 MENOS 18 MIL ALUNOS EM PORTUGAL NO ÚLTIMO ANO LETIVO DO PRÉ-ESCOLAR AO ENSINO SECUNDÁRIO Menos 18 mil alunos em Portugal no último ano letivo do pré-escolar ao ensino secundário O total do número de alunos em Portugal, do pré-escolar ao ensino secundário, no último ano letivo (2019/2020), reduziu cerca de 18 mil face ao ano ... ÚLTIMAS NOTÍCIAS * 9 Mar DA GUERRA CIVIL UCRANIANA PARA A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA À GUERRA EM TODA A EUROPA? DA GUERRA CIVIL UCRANIANA PARA A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA À GUERRA EM TODA A EUROPA? . A Guerra da Informação faz da ... * 4 Mar ACIRRAR O URSO RUSSO SIGNIFICA PREPARAR UMA GUERRA NUCLEAR NA EUROPA Acirrar o Urso russo significa preparar uma Guerra nuclear na Europa GUERRA NUNCA É POR UMA BOA CAUSA . A ilusão de ... * 16 Fev UCRÂNIA É O CAVALO TROIANO DOS USA E DA RÚSSIA UCRÂNIA É O CAVALO TROIANO DOS USA E DA RÚSSIA * 15 Fev AS EXIGÊNCIAS RUSSAS DEVEM SER ANALISADAS SOBRE UM LONGO HISTORIAL DE DECLARAÇÕES DE VLADIMIR PUTIN. As exigências russas devem ser analisadas sobre um longo historial de declarações de Vladimir Putin. . Em ... * 6 Fev MENOS 18 MIL ALUNOS EM PORTUGAL NO ÚLTIMO ANO LETIVO DO PRÉ-ESCOLAR AO ENSINO SECUNDÁRIO Menos 18 mil alunos em Portugal no último ano letivo do pré-escolar ao ensino secundário O total do número de ... * 4 Fev PISO LASSO DE CATARINA LUCAS NA FUNDAÇÃO DOM LUÍS EM CASCAIS Fundação Dom Luís , Cascais Na obra de Catarina Lucas somos levados a encontrar o testemunho de um espaço ... * 4 Fev UCRÂNIA: UM CONFLITO QUE PODE ALASTRAR A TODA A EUROPA EDITORIAL A situação na fronteira da Ucrânia com a Rússia tende a agravar-se continuamente, gerando preocupações ... * 31 Jan PS VENCE COM MAIORIA ABSOLUTA António Costa consegue o feito extraordinário de vencer com maioria absoluta ( 41,7% e 117 deputados), contra um ... * 29 Jan …EM DIA DE REFLEXÃO Terminou a Campanha Eleitoral para as Legislativas de amanhã e, hoje, os portugueses são ... * 24 Jan LEGISLATIVAS ENTRAM NA SEMANA FINAL DE CAMPANHA Legislativas entram na semana final de campanha Next page * UCRÂNIA: UM CONFLITO QUE PODE ALASTRAR A TODA A EUROPA 2022/02/04 * ELEIÇÕES LEGISLATIVAS QUASE DEFINIDAS 2022/01/14 * EDITORIAL: COMANDOS: O JULGAMENTO QUE DITOU 3 CONDENAÇÕES SUSPENSAS 2022/01/11 * EDITORIAL: UMA NOITE DE 30 DE JANEIRO COM ALGUMA EMOÇÃO 2022/01/08 * COMANDOS AFRICANOS NAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS. HISTÓRIAS DE ABANDONO E TRAIÇÃO 2021/09/29 * JORGE SAMPAIO FALECEU HOJE 2021/09/10 * 25 DE ABRIL COM CONTENÇÃO, MAS CELEBRADO 2021/04/25 * EDITORIAL – COVID-19 DESTRÓI O COMÉRCIO ENTRE OUTRAS COISAS 2020/11/25 * EDITORIAL A situação na fronteira da Ucrânia com a Rússia tende a agravar-se continuamente, gerando preocupações acrescidas em todo o mundo. Os últimos desenvolvimentos não são tranquilizadores. Os EUA enviam militares para a Europa e a NATO mobiliza as tropas e meios europeus, incluindo os portugueses já envolvidos com meios humanos e aéreos e em mobilização os navais. O que era aparentemente fácil de resolver, ou seja, garantir que na actual configuração da Nato a Ucrânia não seria integrada, salvaguardando as fronteiras russas, não está ainda assumido e pode na verdade gerar o conflito que tenderá sempre a alastrar, podendo mesmo ver a China ao lado da Rússia num conflito devastador. Resta-nos apelar ao bom senso das partes e ter expectativas positivas. Director Mais informações * EDITORIAL . António Costa a caminho de renovar mandato O debate entre o actual Primeiro-Ministro António Costa e o líder da oposição foi clarificador de dois modelos de sociedade em avaliação. Rui Rio, líder do PSD mostrou claramente coisas que a generalidade da sociedade portuguesa não pode aceitar. O SNS, Serviço Nacional de Saúde para "pobres" e outro para pessoas com meios diferentes, baseado em Hospitais Privados que fixam em 20 minutos o atendimento de doentes. A cativação de parte dos descontos para seguros de saúde, colocaria as reformas em grande perigo e dependentes da Bolsa, além de criarem a necessidade de financiamento público à parte retida para seguros, ou de outra forma, as pensões seriam reduzidas nessa proporção. É inaceitável. Ficou claro o projecto alternativo do PS que as sondagens indicam estar viabilizado desde que os portugueses votem dia 30. A proximidade da Maioria Absoluta é evidente e, se faltarem 2 ou 3 Deputados, com facilidade o PS os encontra no PAN e no LIVRE sem necessidade de recurso aos antigos parceiros da "geringonça" que se tornou inviável. Resta-nos pois votar e aguardar pelos resultados. PF Mais informações * [caption id="attachment_4971" align="alignnone" width="150"] Comandos[/caption] O caso do julgamento dos Comandos envolvidos na morte de dois Instruendos de um Curso de Comandos, suscita diferentes interpretações. Importa desde já lamentar as duas mortes, nunca desejadas em forças que se orgulham de "nunca deixar para trás os nossos". Salientar necessariamente que estes cursos são frequentados por jovens voluntários, conhecedores de quão duro é o curso. A prova zero determina os que estão aptos a enfrentar situações extremas, de enorme perigosidade, as quais só são superadas porque o treino foi árduo, muito difícil. Os resultados e o aproveitamento obtido são depois comprovados em cenários como os da República Centro Africana ou em outros e é bom recordar as frentes em África, na Guiné, em Moçambique e em Angola anteriormente. São depois apreciações de Generais da NATO e outros que reportam gostar e confiar nas tropas portuguesas que inspiram respeito e exibem qualidades insuperáveis. Sabemos por conhecimentos próprios que em tudo podem acontecer excessos, mas nunca com a intenção de "matar", pelo contrário, são no sentido de evitar baixas. Por isso lamentamos o julgamento, tal como lamentamos as mortes acontecidas. Director Mais informações * EDITORIAL A noite de 30 de janeiro poderá ter alguma emoção e grandes desgostos. Neste plano começo pela clarificação sobre a extrema-direita representada por homem só, inqualificável, esperando que os portugueses genéricamente o empurrem para um local pequeno "na história" como merece. Quer ser o 3º Partido em dimensão, mas, se for o 5º é o ideal. Rui Rio pode perder a oportunidade por manifesta impreparação que exibiu ao longo dos debates fastidiosos a que fomos submetidos nestes dias. Tanto Partido sem importância relevante ou algo para dar aos portugueses. No futuro isto tem de ser alterado e a debates só deveriam ir Partidos com o mínimo de 5% de representatividade adquirida anteriormente. O PS e António Costa vão recolhendo a maioria dos votos, coisa que se considera natural face *a governação e bons resultados alcançados, apesar da pandemia. A esquerda e a extrema-esquerda a quem Costa vai apresentando a factura da crise, parece que vão ter a merecida apreciação ou depreciação. Na noite de 30 de Janeiro aqui estaremos para confirmar ou não o que se escreve anteriormente. PF Mais informações * COMANDOS AFRICANOS NAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS. HISTÓRIAS DE ABANDONO E TRAIÇÃO "Por ti, Portugal, eu juro!" - Memórias e testemunhos dos comandos africanos da Guiné (1971-1973) é um documentário sobre ex-comandos africanos e traz memórias de horror para a história de uma "revolução sem sangue". COLONIALISMO""Estes homens ficaram fora da história, num limbo cinzento. Cerca de 600 homens integraram três companhias de comandos africanos na Guiné-Bissau, uma tropa de elite única exclusivamente constituída por negros que serviu Portugal na Guerra do Ultramar. Com a independência, foram abandonados pelo Exército português, que os deixou para trás. Foram perseguidos, torturados e muitos fuzilados. Cinquenta anos depois, as suas versões da história foram ouvidas e reunidas num projeto de tese de doutoramento e num documentário. Os poucos ainda sobreviventes reivindicam direitos que lhes tinham sido assegurados e nacionalidade portuguesa. "O governo português pagará ainda as pensões de sangue, de invalidez e de reforma a que tenham direito quaisquer cidadãos da República da Guiné-Bissau por motivos de serviços prestados às Forças Armadas portuguesas. [...] O governo português participará num plano de reintegração na vida civil dos cidadãos da República da Guiné-Bissau que prestem serviço militar nas Forças Armadas portuguesas e, em especial, dos graduados das companhias e comandos africanos." Este foi o compromisso assumido no Acordo de Argel, que reconhece a independência da Guiné-Bissau, assinado a 26 de agosto de 1974 pelos então ministros dos Negócios Estrangeiros, Mário Soares, e da Coordenação Internacional, António de Almeida Santos. Dos cerca de 400 mil africanos negros que, como portugueses que eram na altura, combateram do lado das Forças Armadas Portuguesas (FAP) contra os movimentos de libertação em Angola, Moçambique e na Guiné-Bissau, o Ministério da Defesa Nacional assume apenas o reconhecimento de "direitos inerentes, consoante cada caso concreto", a "800 militares de origem africana, que combateram pelas Forças Armadas Portuguesas na Guerra do Ultramar, qualificados como deficientes militares". O Gabinete de João Gomes Cravinho não especifica ao DN nem o país de origem nem a que unidades pertenciam. Uma das companhias de comandos africanos em desfile em Bissau © Arquivo pessoal do Coronel Raul Folques Julião Correia, Luís Sambu, Mário Sani, Bubacar Djaló, Lamine Camará e Paulo Rodrigues (fotos em cima, da esquerda para a direita) não estão entre eles. As suas vozes representam as de uma maioria de ex-combatentes portugueses (na altura era essa a sua nacionalidade) e trazem uma história que não é a dos vencedores, nem sequer a conveniente para as narrativas comuns sobre o papel desempenhado por estes homens, que integraram uma unidade de elite do Exército português promovida pelo general António de Spínola - a mesma a que pertenceu o mais conhecido comando africano na Guiné, Marcelino da Mata, falecido em Portugal no início deste ano. Para a Guiné independente foram considerados traidores e não houve contemplações. Para os revolucionários de abril eram um incómodo e foram atirados para o lado sombrio da história. Sorriso e sangue Os testemunhos deste documentário fazem parte de um grupo de cerca de três dezenas de ex-comandos que foram ouvidos na Guiné-Bissau por Sofia da Palma Rodrigues, doutoranda em Pós-Colonialismos e Cidadania Global do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, no âmbito de um projeto de tese sobre este tema, e por Diogo Cardoso, ambos jornalistas da revista digital Divergente, onde será publicado um documentário completo nos meses de outubro, novembro e dezembro (ver entrevista ao lado), um trabalho que contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação para a Ciência e Computação e do CES. "Por ti, Portugal, eu juro!" - Memórias e testemunhos dos comandos africanos da Guiné (1971-1973) traz novas versões sangrentas e de horror, sem cravos, para a história de uma romântica "revolução sem sangue". Os seus testemunhos são um murro no estômago e obrigam mesmo, a quem ainda não o tinha feito, a olhar de outra forma para este período da história, quando Spínola assumiu o cargo de governador-geral daquele país e comandante-chefe das FAP. No seu plano, ""Por Uma Guiné Melhor", prometeu melhores condições de vida aos então portugueses negros daquele território, para que deixassem de aderir à causa do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde). Na linha da frente deste projeto, a que Cabral chamou política de "sorriso e sangue", estavam os comandos africanos, combatentes escolhidos entre os mais fortes para as missões mais complexas de contrassubversão, como braço armado do desígnio de Spínola que promovia a imagem de uma nação integradora e multirracial. "Sou português, em todos os sentidos sou português. Juro!", declara para a câmara Julião Correia, soldado da 1.ª Companhia de Comandos Africanos da Guiné, de braço erguido. "Eu não jurei duas bandeiras, apenas uma", afirma Lamine Camará, da 2.ª Companhia, que não esconde a sua revolta: "Sinceramente, arrependo-me de não ter ido para a guerra de libertação. Virei-me contra a minha família, meus irmãos. E afinal por quem lutei? Lá no Ministério da Defesa puseram miúdos que nada fizeram pelo país. Eu fiz mais por Portugal do que aquela gente que está lá", afirma indignado. "Abandonaram-nos. Sinceramente, abandonaram-nos completamente. Ficámos filhos, sem pai e sem mãe [...]. Portugal tem todos os nossos documentos [...]. Sou português para sempre. O meu sentido é português. Porque jurei a minha pátria, sou português", declara, de olhos embargados de lágrimas, Mário Sani, que foi perseguido depois de 1975 e esteve fugido durante mais de três décadas em vários países da África Ocidental. "Encontrámo-nos com Mário Sani pela primeira vez em 2018. Regressara há pouco de uma fuga que durou mais de 40 anos, depois de ter sido perseguido e preso pelo PAIGC em 1975. O seu corpo magro e periclitante estava presente, mas a vida do homem fardado, jovem e forte, que nos fitava da fotografia pendurada na parede, parecia ter sido sugada", é contado no documentário. SEM ESCOLHA IDEOLÓGICA Sani lembra-se bem do dia em que viu Spínola pela primeira vez. Segundo o trabalho de Sofia Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, "tinha acabado de ser ferido numa perna quando o governador o foi visitar ao hospital. Disse-lhe para ter coragem, defender a terra, defender a bandeira, e até lhe apertou a mão - a mesma mão a que, anos mais tarde, seriam arrancadas as unhas como castigo pelo serviço prestado a Portugal". Mário Sani contou-lhes que o general do monóculo "falava sempre muito bem. Dava-nos coragem durante a instrução militar. Não sabíamos que estávamos a ser enganados, que era mobilização. Quando nasces nas mãos de alguém, pensas que tudo o que essa pessoa te diz é verdade, ou não? Não conhecia a finalidade da guerra, achava só que o PAIGC era o agressor. Só depois da independência vim a perceber", recordou. Sani, Julião Correia e Lamine Camará morreram já depois de terem dado o seu testemunho, antes de receberem, ou as suas famílias, qualquer apoio português. "A maioria destas pessoas não fazia uma escolha ideológica. As pessoas eram empurradas para um lado ou para o outro. Ou porque viviam em Bissau e iam para as FAP, ou porque estavam no campo e iam para o lado do PAIGC. Não era uma escolha", assinala Sofia Palma Rodrigues. Esta tarde, este trabalho vai ser apresentado numa sessão privada no Museu do Aljube ("porque tem uma bandeira da memória e este trabalho é sobre a memória") e vão estar presentes dois ex-comandos, Abdulai Djaló, 73 anos, e Juldé Djaguité, 71, das 1.ª e 2.ª Companhias, respetivamente. Ambos residentes atualmente em Portugal. Abdulai Djalõ, 73 anos © Diogo Cardoso / Divergente "O pai de Abdulai era perseguido pela PIDE e ele entendeu que a melhor forma de defender a vida da família era ir para os comandos. Depois do 25 de Abril, quando conseguiu vir para Portugal e enquanto esperava a ajuda da Associação de Comandos, dormiu numa cadeira encostada a um prédio num bairro de Chelas. Depois foi viver para uma casa onde estavam outros antigos tropas. Passados dois ou três anos, a Associação de Comandos conseguiu-lhe um lugar como porteiro num parque de campismo, mandou vir a mulher e os filhos e viveram vários anos numa tenda. Hoje tem um grande orgulho de ter conseguido comprar uma casa", conta Sofia Palma Rodrigues. Juldé Djanguité, 71 anos © Diogo Cardoso / Divergente Juldé era furriel e teve de fugir depois do 25 de Abril para o Senegal, onde esteve "bastantes anos" escondido", até que conseguiu que a embaixada portuguesa o autorizasse a vir para Lisboa. "É muito consciente dos seus direitos. Trabalhou cá e, com a ajuda da Associação de Comandos, num processo que demorou anos, tem uma reforma. Mas ainda assim é de soldado, e não de furriel, que era o posto dele, que não lhe foi reconhecido", assinala a autora. Amanhã, dia 30, será feita uma apresentação pública do documentário junto ao Padrão dos Descobrimentos, em Belém. Contactada pelo DN, a Associação de Comandos recorda que em 1977 conseguiu resgatar "cerca de 90 militares africanos que tinham fugido para o Senegal para escapar aos fuzilamentos". O presidente José Lobo do Amaral assinala "as enormes dificuldades e sofrimento que estes homens passaram". Sublinha que a Associação "foi dando algum apoio para a integração" destes militares em Portugal, mas que "só hã cerca de 12 anos conseguimos resolver o problema da nacionalidade a um número razoável deles". Lobo do Amaral defende que "todos estes ex-combatentes" recebam "os seus direitos, principalmente no que diz respeito ao apoio na doença que, com a idade já avançada e as mazelas da guerra, será o mais urgente" O coronel Raul Folques foi o último comandante do Batalhão de Comandos da Guiné, que integrava as três companhias de comandos africanos. "É urgente ouvir estas pessoas e fazer justiça", afiançou ao DN. Este oficial foi destituído do seu posto logo após o 25 de Abril e entende que "as reivindicações de todos estes ex-comandos são válidas. Foi feita uma grande injustiça a estes militares, que se consideravam e consideram ainda portugueses. Foram humilhados, ostracizados, muito maltratados a todos os níveis. Roubaram-lhes a nacionalidade, e esse é um direito que nunca lhes devia ter sido retirado", assevera. Nos últimos anos, a Associação dos Filhos e Viúvas dos Antigos Combatentes Portugueses da Guiné tem organizado manifestações à porta da Embaixada de Portugal em Bissau a reivindicar o pagamento de pensões de sangue e invalidez. É tarde demais para estas pessoas? "Não é. Elas não sentem que seja tarde demais. Enquanto estiverem vivas, se forem reconhecidas já é bom", diz Sofia Rodrigues. * Com a devida vénia ao DN e a valentina.marcelino@dn.pt Mais informações * ACTUALIZAÇÃO S.A.R. Dom Filipe VI, Rei de Espanha estará no Funeral em Portugal. Antes enviou já telegrama . Telegrama O rei Felipe VI manifestou hoje o seu pesar pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio de quem destacou "o seu legado e o seu firme e profundo empenho" no fortalecimento dos laços com Espanha. O monarca enviou um telegrama ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa onde expressou as suas "mais sinceras condolências" em seu nome, do Governo e de todos os espanhóis pela morte de Sampaio, hoje, aos 81 anos de idade, num hospital em Lisboa. "Uma triste perda de alguém que foi sem dúvida uma grande personalidade no seu país, na Europa e América Latina e no mundo", disse Felipe VI, de acordo com a cópia do telegrama enviada à agência Lusa. O monarca espanhol afirma que Jorge Sampaio será sempre recordado pelo "seu legado e pelo seu firme e profundo empenho em reforçar as relações entre Espanha e Portugal". Juntamente com a Rainha Letizia, Felipe VI também transmitiu as suas condolências à viúva do falecido antigo Presidente e a todos os seus familiares, assim como o seu "afeto ao querido povo amigo de Portugal". . Primeiro Ministro de Espanha fala de Jorge Sampaio O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já tinha lamentado hoje a morte de Jorge Sampaio, que considerou, através da sua conta na rede social Twitter, ter sido “um grande político, um grande construtor de consensos e precursor de alianças entre a esquerda" portuguesa. Pedro Sánchez, também secretário-geral do PSOE, o partido socialista espanhol, terminou a sua curta declaração manifestando, em português, os seus sentimentos aos “entes queridos” de Jorge Sampaio e a toda a “família socialista portuguesa”. Por seu lado, o PSOE, também através do Twitter, lamentou a morte do ex-chefe de Estado, “um grande socialista, de profundas convicções e um grande humanista. FALECEU O EX – PRESIDENTE JORGE SAMPAIO Jorge Sampaio nasceu em 1939 e faleceu hoje, 10/9/2 021 Dizer que se perdeu um Homem extremamente culto, comprometido com a Democracia e, evidentemente com a solidariedade é pouco. Jorge Sampaio foi um Advogado defensor de presos políticos, veio do MES para o PS e passou por tantos e tão diferentes cargos que pode dizer-se viveu plenamente com responsabilidade a Democracia. Foi com Jorge Sampaio que o PCP começou a ter visibilidade e a tornar-se imprescindível no Regime Democrático e na Câmara de Lisboa. Profundamente respeitado, extremamente culto, Portugal perde um vulto incontornável. O nosso Jornal, o Director e Colaboradores apresentam sentidas condolências à Família e Amigos. PF …………………. Jorge Fernando Branco de Sampaio nasceu em 1939, em Lisboa. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, exerceu advocacia durante largos anos. A sua intervenção cívica e política emergiu no movimento académico dos anos 60, altura em que foi Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito e Secretário-Geral da Reunião Inter Associações Académicas. Manteve sempre uma intensa intervenção nos movimentos políticos que precederam abril de 1974. Após abril de 1974 exerceu variados cargos públicos, nomeadamente o de Secretário de Estado da Cooperação Externa, deputado da Assembleia da República, membro do Conselho de Estado e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido eleito Presidente da República em 1996, cargo que manteve durante dez anos. Entre 1979 e 1984, enquanto membro da Comissão Europeia dos Direitos do Homem no Conselho da Europa, desenvolveu um importante trabalho na defesa dos Direitos Fundamentais do Homem. Esteve presente na Universidade de Aveiro em ocasiões diversas e acompanhou com manifesto interesse o desenvolvimento da instituição, sendo de referir, a título de exemplo, o seu apoio a iniciativas sobre ciência e inovação, desenvolvimento local, cultura e cidadania. A sua presença na cerimónia comemorativa dos 25 anos da Universidade foi um momento significativo de reconhecimento público dos contributos da Universidade para com o País. A promoção da língua portuguesa e o estreitamento das relações entre os PALOP e o Brasil foram linhas de força da sua ação enquanto Presidente da República, tendo acompanhado atentamente o processo de transição de Macau e o processo de independência de Timor-Leste, com importância reconhecida no seu desenvolvimento. Atualmente integra o Conselho de Estado e exerce altos cargos internacionais, nomeadamente de Enviado Especial para a luta contra a Tuberculose, designado pela ONU. Em abril de 2007 foi nomeado Alto Representante das Nações Unidas para o Diálogo das Civilizações. Em 2008 foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro. PF Mais informações * EDITORIAL O 25 de Abril de 2021, 47 anos após a vitória da Democracia sobre a ausência de liberdades, o fim do medo, a caminhada para novos valores, acontece este ano num momento de pandemia que a todos afecta e, como sempre, mais a uns que a outros. Não vamos assim marchar na avenida, mas celebramos. Importa meditar nos que estão de novo a ficar para trás, no desemprego, nos que para sempre cairão sem hipótese de recuperar. Importa meditar sobre o que fazer com as ameaças à liberdade de imprensa, nos que produzem notícias enganadoras empurrando para o desaire e para o regresso a algo que não queremos mais. Pensar ainda como explicar aos que nasceram depois do 25 de Abril de 1974 e não sabem a miséria e a ignorância que caracterizava o país nem conheceram a guerra em África que ceifou vidas e destruiu bens materiais, impedindo o investimento no desenvolvimento que não existia porque todos os recursos eram canalizados para a guerra. Em suma, muito para refletir, mas celebrando sempre o 25 de Abril e o que representa para um povo. PF Mais informações * EDITORIAL A pandemia que persiste e não se vê como pode terminar, apesar de tanta notícia sobre vacinas, tememos que as mesmas demorem e se arrastem no tempo, mesmo depois de chegarem aos diferentes países, teremos pela frente um enorme problema de logística e depois vacinação. Demorará muitos meses depois de chegarem as vacinas até as mesmas terem efeito na população, restando saber qual o efeito e a validade do tempo após a vacinação. Ou seja, depois de vacinado, quanto tempo permanece a imunidade? Sucedem-se as manifestações a pedir apoio lancinante em alguns sectores, o comércio em geral, a restauração, a cultura, etc, etc. Pedimos porque estamos em desespero e nem conseguimos pensar de onde poderá vir tanto dinheiro? Há aproveitamento político extremo, nenhum governo faria melhor e mais valia pensar, ser prudente e pedir sim, mas com critério. É inegável que por mais apoios, muitas empresas ficam sem futuro. O turismo em que assentava a economia, desapareceu e com ele tornaram-se obsoletos imensos negócios que nem vale a pena serem apoiados, pois, depois do apoio fecham mesmo e em definitivo. Em Lisboa fecharam já 111 lojas de todo o tipo. Muitas mais vão fechar. A quantidade inusitada de restaurantes e cafés que faz lembrar a enorme quantidade de indivíduos candidatos às Eleições Presidenciais, só é possível em Portugal e, tememos que os populistas que se manifestam e são apoiados por imensa imprensa, arrastem o país para soluções políticas indesejáveis e que só piorarão as condições dos actuais carentes que verão de novo a força a esmagar soluções. É muito complicado em Democracia manter a ordem nestas circunstâncias. Caminharemos para uma ditadura a breve prazo? É isso que os cidadãos querem? A fome é má conselheira, sabemos bem do que falamos e, um povo genericamente inculto, que não lê e não se cultiva, é instrumento fácil de manejar. Reflitam enquanto estão a tempo. Director Mais informações COLUNA DE: * António Justo * Joaquim Vitorino * Luís Henriques * Patrícia Brighenti * Paulino Fernandes * Sérgio Carvalho | DELITO DE OPINIÃO * Tony Cross EDITORIAL 04 Fev EDITORIAL A situação na fronteira da Ucrânia com a Rússia tende a agravar-se continuamente, ... 14 Jan EDITORIAL . António Costa a caminho de renovar mandato O debate entre o actual ... 11 Jan O caso do julgamento dos Comandos envolvidos na morte de dois Instruendos de um Curso de ... 08 Jan EDITORIAL A noite de 30 de janeiro poderá ter alguma emoção e grandes desgostos. Neste plano ... NOTÍCIAS | OPINIÃO 09 Mar DA GUERRA CIVIL UCRANIANA PARA A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA À GUERRA EM TODA A EUROPA? . A Guerra da ... 04 Mar Acirrar o Urso russo significa preparar uma Guerra nuclear na Europa GUERRA NUNCA É POR UMA BOA ... VÍDEOS DE PORTUGAL Historia de Portugal - Contada em 7 minutos Discurso de Henrique V CONSULTAR NOTÍCIAS… Consultar Notícias… Seleccionar categoria Ciência (22) Comunidades (335) Alemanha (23) Angola (3) Brasil (6) EUA (24) França (7) Guiné (27) Patrícia Brighenti (12) Moçambique (4) Portugal (222) Suiça (13) Cultura (54) Desporto (11) Automobilismo (1) Futebol (4) Vela (1) Jornal (383) Editorial (22) Opinião (366) António Justo (21) DELITO DE OPINIÃO – Sérgio Carvalho (1) Joaquim Vitorino (52) Paulino Fernandes (233) Tony Cross (7) Política (143) Política Internacional (43) Política Nacional (19) Regiões (76) Cadaval (10) Cascais (27) Ericeira (2) Lisboa (14) Mafra (4) Oeiras (19) Sintra (2) NOTÍCIAS | POLÍTICA DA GUERRA CIVIL UCRANIANA PARA A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA À GUERRA EM TODA A EUROPA? DA GUERRA CIVIL UCRANIANA PARA A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA À GUERRA EM TODA A EUROPA? . A ... MENSAGEM DO MENTOR Queremos conversar com todos, ajustar pontos de vista, criar a alternativa. Todos somos poucos para “ um cabo das tormentas tão grande”. Paulino B. Fernandes - Mentor POR PAULINO FERNANDES 06 Fev Menos 18 mil alunos em Portugal no último ano letivo do pré-escolar ao ensino secundário O ... 04 Fev Fundação Dom Luís , Cascais Na obra de Catarina Lucas somos levados a encontrar o testemunho de ... TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO BLOGUE POVO DE PORTUGAL COLUNA DE: * António Justo * Joaquim Vitorino * Luís Henriques * Patrícia Brighenti * Paulino Fernandes * Sérgio Carvalho | DELITO DE OPINIÃO * Tony Cross SOBRE JPP * Compromisso de Protecção de Fontes, Ficha Técnica e Colaborações especiais * Contactos * Publicidade * Monarquia Constitucional é uma alternativa COMENTÁRIOS DOS NOSSOS LEITORES * Paulino Fernandes em A questão de Olivença e a História de Olivença * Filipe em A questão de Olivença e a História de Olivença