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    <option class="level-0" value="2">Opinião&nbsp;&nbsp;(366)</option>
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"POVO DE PORTUGAL"


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O Blogue Povo de Portugal nasceu em 19 de Novembro de 2007.

Data em que nasceu o Blogue Povo de Portugal, editado durante vários anos em
papel, foi percursor dos Jornais de Oleiros e de Vila de Rei.

Percorreu a Europa, ligou os Portugueses espalhados pelo mundo com inegável
sucesso. Vicissitudes várias, determinaram a suspensão que agora
acaba, retomando as edições em online numa primeira fase.

Os insistentes incentivos de tantos Amigos espalhados pelo mundo, determinam a
indispensabilidade de admitir esta medida que aqui anuncio com prazer e ambição.

Voltaremos em breve a estar reunidos na defesa dos mesmos valores, dos mesmos
objectivos

Pode enviar notícias para o seguinte contacto:  povodeportugal.jornal@gmail.com


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   desenvolvimentos não são tranquilizadores. Os EUA enviam militares para a
   Europa e a NATO mobiliza as tropas e meios europeus, incluindo os portugueses
   já envolvidos com meios humanos e aéreos e em mobilização os navais. O que
   era aparentemente fácil de resolver, ou seja, garantir que na actual
   configuração da Nato a Ucrânia não seria integrada, salvaguardando as
   fronteiras russas, não está ainda assumido e pode na verdade gerar o conflito
   que tenderá sempre a alastrar, podendo mesmo ver a China ao lado da Rússia
   num conflito devastador. Resta-nos apelar ao bom senso das partes e ter
   expectativas positivas. Director
   
   Mais informações
   

 * EDITORIAL . António Costa a caminho de renovar mandato O debate entre o
   actual Primeiro-Ministro António Costa e o líder da oposição foi clarificador
   de dois modelos de sociedade em avaliação. Rui Rio, líder do PSD mostrou
   claramente coisas que a generalidade da sociedade portuguesa não pode
   aceitar. O SNS, Serviço Nacional de Saúde para "pobres" e outro para pessoas
   com meios diferentes, baseado em Hospitais Privados que fixam em 20 minutos o
   atendimento de doentes. A cativação de parte dos descontos para seguros de
   saúde, colocaria as reformas em grande perigo e dependentes da Bolsa, além de
   criarem a necessidade de financiamento público à parte retida para seguros,
   ou de outra forma, as pensões seriam reduzidas nessa proporção. É
   inaceitável. Ficou claro o projecto alternativo do PS que as sondagens
   indicam estar viabilizado desde que os portugueses votem dia 30. A
   proximidade da Maioria Absoluta é evidente e, se faltarem 2 ou 3 Deputados,
   com facilidade o PS os encontra no PAN e no LIVRE sem necessidade de recurso
   aos antigos parceiros da "geringonça" que se tornou inviável. Resta-nos pois
   votar e aguardar pelos resultados. PF  
   
   Mais informações
   

 * [caption id="attachment_4971" align="alignnone" width="150"]
   Comandos[/caption] O caso do julgamento dos Comandos envolvidos na morte de
   dois Instruendos de um Curso de Comandos, suscita diferentes interpretações.
   Importa desde já lamentar as duas mortes, nunca desejadas em forças que se
   orgulham de "nunca deixar para trás os nossos". Salientar necessariamente que
   estes cursos são frequentados por jovens voluntários, conhecedores de quão
   duro é o curso. A prova zero determina os que estão aptos a enfrentar
   situações extremas, de enorme perigosidade, as quais só são superadas porque
   o treino foi árduo, muito difícil. Os resultados e o aproveitamento obtido
   são depois comprovados em cenários como os da República Centro Africana ou em
   outros e é bom recordar as frentes em África, na Guiné, em Moçambique e em
   Angola anteriormente. São depois apreciações de Generais da NATO e outros que
   reportam gostar e confiar nas tropas portuguesas que inspiram respeito e
   exibem qualidades insuperáveis. Sabemos por conhecimentos próprios que em
   tudo podem acontecer excessos, mas nunca com a intenção de "matar", pelo
   contrário, são no sentido de evitar baixas. Por isso lamentamos o julgamento,
   tal como lamentamos as mortes acontecidas. Director
   
   Mais informações
   

 * EDITORIAL A noite de 30 de janeiro poderá ter alguma emoção e grandes
   desgostos. Neste plano começo pela clarificação sobre a extrema-direita
   representada por homem só, inqualificável, esperando que os portugueses
   genéricamente o empurrem para um local pequeno "na história" como merece.
   Quer ser o 3º Partido em dimensão, mas, se for o 5º é o ideal. Rui Rio pode
   perder a oportunidade por manifesta impreparação que exibiu ao longo dos
   debates fastidiosos a que fomos submetidos nestes dias. Tanto Partido sem
   importância relevante ou algo para dar aos portugueses. No futuro isto tem de
   ser alterado e a debates só deveriam ir Partidos com o mínimo de 5% de
   representatividade adquirida anteriormente. O PS e António Costa vão
   recolhendo a maioria dos votos, coisa que se considera natural face *a
   governação e bons resultados alcançados, apesar da pandemia. A esquerda e a
   extrema-esquerda a quem Costa vai apresentando a factura da crise, parece que
   vão ter a merecida apreciação ou depreciação. Na noite de 30 de Janeiro aqui
   estaremos para confirmar ou não o que se escreve anteriormente. PF
   
   Mais informações
   


 * COMANDOS AFRICANOS NAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS. HISTÓRIAS DE ABANDONO E
   TRAIÇÃO
   
   "Por ti, Portugal, eu juro!" - Memórias e testemunhos dos comandos africanos
   da Guiné (1971-1973) é um documentário sobre ex-comandos africanos e traz
   memórias de horror para a história de uma "revolução sem sangue".
   COLONIALISMO""Estes homens ficaram fora da história, num limbo cinzento.
   
   Cerca de 600 homens integraram três companhias de comandos africanos na
   Guiné-Bissau, uma tropa de elite única exclusivamente constituída por negros
   que serviu Portugal na Guerra do Ultramar. Com a independência, foram
   abandonados pelo Exército português, que os deixou para trás. Foram
   perseguidos, torturados e muitos fuzilados. Cinquenta anos depois, as suas
   versões da história foram ouvidas e reunidas num projeto de tese de
   doutoramento e num documentário. Os poucos ainda sobreviventes reivindicam
   direitos que lhes tinham sido assegurados e nacionalidade portuguesa. "O
   governo português pagará ainda as pensões de sangue, de invalidez e de
   reforma a que tenham direito quaisquer cidadãos da República da Guiné-Bissau
   por motivos de serviços prestados às Forças Armadas portuguesas. [...] O
   governo português participará num plano de reintegração na vida civil dos
   cidadãos da República da Guiné-Bissau que prestem serviço militar nas Forças
   Armadas portuguesas e, em especial, dos graduados das companhias e comandos
   africanos." Este foi o compromisso assumido no Acordo de Argel, que reconhece
   a independência da Guiné-Bissau, assinado a 26 de agosto de 1974 pelos então
   ministros dos Negócios Estrangeiros, Mário Soares, e da Coordenação
   Internacional, António de Almeida Santos. Dos cerca de 400 mil africanos
   negros que, como portugueses que eram na altura, combateram do lado das
   Forças Armadas Portuguesas (FAP) contra os movimentos de libertação em
   Angola, Moçambique e na Guiné-Bissau, o Ministério da Defesa Nacional assume
   apenas o reconhecimento de "direitos inerentes, consoante cada caso
   concreto", a "800 militares de origem africana, que combateram pelas Forças
   Armadas Portuguesas na Guerra do Ultramar, qualificados como deficientes
   militares". O Gabinete de João Gomes Cravinho não especifica ao DN nem o país
   de origem nem a que unidades pertenciam.
   
   Uma das companhias de comandos africanos em desfile em Bissau
   
   © Arquivo pessoal do Coronel Raul Folques
   
   Julião Correia, Luís Sambu, Mário Sani, Bubacar Djaló, Lamine Camará e Paulo
   Rodrigues (fotos em cima, da esquerda para a direita) não estão entre eles.
   As suas vozes representam as de uma maioria de ex-combatentes portugueses (na
   altura era essa a sua nacionalidade) e trazem uma história que não é a dos
   vencedores, nem sequer a conveniente para as narrativas comuns sobre o papel
   desempenhado por estes homens, que integraram uma unidade de elite do
   Exército português promovida pelo general António de Spínola - a mesma a que
   pertenceu o mais conhecido comando africano na Guiné, Marcelino da Mata,
   falecido em Portugal no início deste ano. Para a Guiné independente foram
   considerados traidores e não houve contemplações. Para os revolucionários de
   abril eram um incómodo e foram atirados para o lado sombrio da história.
   Sorriso e sangue Os testemunhos deste documentário fazem parte de um grupo de
   cerca de três dezenas de ex-comandos que foram ouvidos na Guiné-Bissau por
   Sofia da Palma Rodrigues, doutoranda em Pós-Colonialismos e Cidadania Global
   do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, no âmbito de
   um projeto de tese sobre este tema, e por Diogo Cardoso, ambos jornalistas
   da revista digital Divergente, onde será publicado um documentário completo
   nos meses de outubro, novembro e dezembro (ver entrevista ao lado), um
   trabalho que contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação
   para a Ciência e Computação e do CES. "Por ti, Portugal, eu juro!" - Memórias
   e testemunhos dos comandos africanos da Guiné (1971-1973) traz novas versões
   sangrentas e de horror, sem cravos, para a história de uma romântica
   "revolução sem sangue". Os seus testemunhos são um murro no estômago e
   obrigam mesmo, a quem ainda não o tinha feito, a olhar de outra forma para
   este período da história, quando Spínola assumiu o cargo de governador-geral
   daquele país e comandante-chefe das FAP. No seu plano, ""Por Uma Guiné
   Melhor", prometeu melhores condições de vida aos então portugueses negros
   daquele território, para que deixassem de aderir à causa do PAIGC (Partido
   Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde). Na linha da frente
   deste projeto, a que Cabral chamou política de "sorriso e sangue", estavam os
   comandos africanos, combatentes escolhidos entre os mais fortes para as
   missões mais complexas de contrassubversão, como braço armado do desígnio de
   Spínola que promovia a imagem de uma nação integradora e multirracial. "Sou
   português, em todos os sentidos sou português. Juro!", declara para a câmara
   Julião Correia, soldado da 1.ª Companhia de Comandos Africanos da Guiné, de
   braço erguido. "Eu não jurei duas bandeiras, apenas uma", afirma Lamine
   Camará, da 2.ª Companhia, que não esconde a sua revolta: "Sinceramente,
   arrependo-me de não ter ido para a guerra de libertação. Virei-me contra a
   minha família, meus irmãos. E afinal por quem lutei? Lá no Ministério da
   Defesa puseram miúdos que nada fizeram pelo país. Eu fiz mais por Portugal do
   que aquela gente que está lá", afirma indignado. "Abandonaram-nos.
   Sinceramente, abandonaram-nos completamente. Ficámos filhos, sem pai e sem
   mãe [...]. Portugal tem todos os nossos documentos [...]. Sou português para
   sempre. O meu sentido é português. Porque jurei a minha pátria, sou
   português", declara, de olhos embargados de lágrimas, Mário Sani, que foi
   perseguido depois de 1975 e esteve fugido durante mais de três décadas em
   vários países da África Ocidental.
   
   "Encontrámo-nos com Mário Sani pela primeira vez em 2018. Regressara há pouco
   de uma fuga que durou mais de 40 anos, depois de ter sido perseguido e preso
   pelo PAIGC em 1975. O seu corpo magro e periclitante estava presente, mas a
   vida do homem fardado, jovem e forte, que nos fitava da fotografia pendurada
   na parede, parecia ter sido sugada", é contado no documentário.
   
   
   SEM ESCOLHA IDEOLÓGICA
   
   Sani lembra-se bem do dia em que viu Spínola pela primeira vez. Segundo o
   trabalho de Sofia Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, "tinha acabado de ser
   ferido numa perna quando o governador o foi visitar ao hospital. Disse-lhe
   para ter coragem, defender a terra, defender a bandeira, e até lhe apertou a
   mão - a mesma mão a que, anos mais tarde, seriam arrancadas as unhas como
   castigo pelo serviço prestado a Portugal". Mário Sani contou-lhes que o
   general do monóculo "falava sempre muito bem. Dava-nos coragem durante a
   instrução militar. Não sabíamos que estávamos a ser enganados, que era
   mobilização. Quando nasces nas mãos de alguém, pensas que tudo o que essa
   pessoa te diz é verdade, ou não? Não conhecia a finalidade da guerra, achava
   só que o PAIGC era o agressor. Só depois da independência vim a perceber",
   recordou. Sani, Julião Correia e Lamine Camará morreram já depois de terem
   dado o seu testemunho, antes de receberem, ou as suas famílias, qualquer
   apoio português. "A maioria destas pessoas não fazia uma escolha ideológica.
   As pessoas eram empurradas para um lado ou para o outro. Ou porque viviam em
   Bissau e iam para as FAP, ou porque estavam no campo e iam para o lado do
   PAIGC. Não era uma escolha", assinala Sofia Palma Rodrigues.
   
   Esta tarde, este trabalho vai ser apresentado numa sessão privada no Museu do
   Aljube ("porque tem uma bandeira da memória e este trabalho é sobre a
   memória") e vão estar presentes dois ex-comandos, Abdulai Djaló, 73 anos, e
   Juldé Djaguité, 71, das 1.ª e 2.ª Companhias, respetivamente. Ambos
   residentes atualmente em Portugal.
   
   Abdulai Djalõ, 73 anos
   
   © Diogo Cardoso / Divergente
   
   "O pai de Abdulai era perseguido pela PIDE e ele entendeu que a melhor forma
   de defender a vida da família era ir para os comandos. Depois do 25 de Abril,
   quando conseguiu vir para Portugal e enquanto esperava a ajuda da Associação
   de Comandos, dormiu numa cadeira encostada a um prédio num bairro de Chelas.
   Depois foi viver para uma casa onde estavam outros antigos tropas. Passados
   dois ou três anos, a Associação de Comandos conseguiu-lhe um lugar como
   porteiro num parque de campismo, mandou vir a mulher e os filhos e viveram
   vários anos numa tenda. Hoje tem um grande orgulho de ter conseguido comprar
   uma casa", conta Sofia Palma Rodrigues.
   
   Juldé Djanguité, 71 anos
   
   © Diogo Cardoso / Divergente
   
   Juldé era furriel e teve de fugir depois do 25 de Abril para o Senegal, onde
   esteve "bastantes anos" escondido", até que conseguiu que a embaixada
   portuguesa o autorizasse a vir para Lisboa. "É muito consciente dos seus
   direitos. Trabalhou cá e, com a ajuda da Associação de Comandos, num processo
   que demorou anos, tem uma reforma. Mas ainda assim é de soldado, e não de
   furriel, que era o posto dele, que não lhe foi reconhecido", assinala a
   autora. Amanhã, dia 30, será feita uma apresentação pública do documentário
   junto ao Padrão dos Descobrimentos, em Belém. Contactada pelo DN,
   a Associação de Comandos recorda que em 1977 conseguiu resgatar "cerca de 90
   militares africanos que tinham fugido para o Senegal para escapar aos
   fuzilamentos". O presidente José Lobo do Amaral assinala "as enormes
   dificuldades e sofrimento que estes homens passaram". Sublinha que a
   Associação "foi dando algum apoio para a integração" destes militares em
   Portugal, mas que "só hã cerca de 12 anos conseguimos resolver o problema da
   nacionalidade a um número razoável deles". Lobo do Amaral defende que "todos
   estes ex-combatentes" recebam "os seus direitos, principalmente no que diz
   respeito ao apoio na doença que, com a idade já avançada e as mazelas da
   guerra, será o mais urgente" O coronel Raul Folques foi o último comandante
   do Batalhão de Comandos da Guiné, que integrava as três companhias de
   comandos africanos. "É urgente ouvir estas pessoas e fazer justiça", afiançou
   ao DN. Este oficial foi destituído do seu posto logo após o 25 de Abril e
   entende que "as reivindicações de todos estes ex-comandos são válidas. Foi
   feita uma grande injustiça a estes militares, que se consideravam e
   consideram ainda portugueses. Foram humilhados, ostracizados, muito
   maltratados a todos os níveis. Roubaram-lhes a nacionalidade, e esse é um
   direito que nunca lhes devia ter sido retirado", assevera. Nos últimos anos,
   a Associação dos Filhos e Viúvas dos Antigos Combatentes Portugueses da Guiné
   tem organizado manifestações à porta da Embaixada de Portugal em Bissau a
   reivindicar o pagamento de pensões de sangue e invalidez. É tarde demais para
   estas pessoas? "Não é. Elas não sentem que seja tarde demais. Enquanto
   estiverem vivas, se forem reconhecidas já é bom", diz Sofia Rodrigues.
    * Com a devida vénia ao DN e a
   
   valentina.marcelino@dn.pt
   
    
   
   
   
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 * ACTUALIZAÇÃO
   
   S.A.R. Dom Filipe VI, Rei de Espanha estará no Funeral em Portugal. Antes
   enviou já telegrama . Telegrama O rei Felipe VI manifestou hoje o seu pesar
   pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio de quem destacou
   "o seu legado e o seu firme e profundo empenho" no fortalecimento dos laços
   com Espanha. O monarca enviou um telegrama ao Presidente Marcelo Rebelo de
   Sousa onde expressou as suas "mais sinceras condolências" em seu nome, do
   Governo e de todos os espanhóis pela morte de Sampaio, hoje, aos 81 anos de
   idade, num hospital em Lisboa. "Uma triste perda de alguém que foi sem dúvida
   uma grande personalidade no seu país, na Europa e América Latina e no mundo",
   disse Felipe VI, de acordo com a cópia do telegrama enviada à agência Lusa. O
   monarca espanhol afirma que Jorge Sampaio será sempre recordado pelo "seu
   legado e pelo seu firme e profundo empenho em reforçar as relações entre
   Espanha e Portugal". Juntamente com a Rainha Letizia, Felipe VI também
   transmitiu as suas condolências à viúva do falecido antigo Presidente e a
   todos os seus familiares, assim como o seu "afeto ao querido povo amigo de
   Portugal". . Primeiro Ministro de Espanha fala de Jorge Sampaio O
   primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já tinha lamentado hoje a morte de
   Jorge Sampaio, que considerou, através da sua conta na rede social Twitter,
   ter sido “um grande político, um grande construtor de consensos e precursor
   de alianças entre a esquerda" portuguesa.
   
   Pedro Sánchez, também secretário-geral do PSOE, o partido socialista
   espanhol, terminou a sua curta declaração manifestando, em português, os seus
   sentimentos aos “entes queridos” de Jorge Sampaio e a toda a “família
   socialista portuguesa”. Por seu lado, o PSOE, também através do Twitter,
   lamentou a morte do ex-chefe de Estado, “um grande socialista, de profundas
   convicções e um grande humanista.
   
   
   FALECEU O EX – PRESIDENTE JORGE SAMPAIO
   
   Jorge Sampaio nasceu em 1939 e faleceu hoje, 10/9/2 021 Dizer que se perdeu
   um Homem extremamente culto, comprometido com a Democracia e, evidentemente
   com a solidariedade é pouco. Jorge Sampaio foi um Advogado defensor de presos
   políticos, veio do MES para o PS e passou por tantos e tão diferentes cargos
   que pode dizer-se viveu plenamente com responsabilidade a Democracia. Foi com
   Jorge Sampaio que o PCP começou a ter visibilidade e a tornar-se
   imprescindível no Regime Democrático e na Câmara de Lisboa. Profundamente
   respeitado, extremamente culto, Portugal perde um vulto incontornável. O
   nosso Jornal, o Director e Colaboradores apresentam sentidas condolências à
   Família e Amigos. PF ………………….
   
   Jorge Fernando Branco de Sampaio nasceu em 1939, em Lisboa. Licenciado em
   Direito pela Universidade de Lisboa, exerceu advocacia durante largos anos. A
   sua intervenção cívica e política emergiu no movimento académico dos anos 60,
   altura em que foi Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito
   e Secretário-Geral da Reunião Inter Associações Académicas. Manteve sempre
   uma intensa intervenção nos movimentos políticos que precederam abril de
   1974.
   
   Após abril de 1974 exerceu variados cargos públicos, nomeadamente o de
   Secretário de Estado da Cooperação Externa, deputado da Assembleia da
   República, membro do Conselho de Estado e Presidente da Câmara Municipal de
   Lisboa, tendo sido eleito Presidente da República em 1996, cargo que manteve
   durante dez anos. Entre 1979 e 1984, enquanto membro da Comissão Europeia dos
   Direitos do Homem no Conselho da Europa, desenvolveu um importante trabalho
   na defesa dos Direitos Fundamentais do Homem.
   
   Esteve presente na Universidade de Aveiro em ocasiões diversas e acompanhou
   com manifesto interesse o desenvolvimento da instituição, sendo de referir, a
   título de exemplo, o seu apoio a iniciativas sobre ciência e inovação,
   desenvolvimento local, cultura e cidadania. A sua presença na cerimónia
   comemorativa dos 25 anos da Universidade foi um momento significativo de
   reconhecimento público dos contributos da Universidade para com o País.
   
   A promoção da língua portuguesa e o estreitamento das relações entre os PALOP
   e o Brasil foram linhas de força da sua ação enquanto Presidente da
   República, tendo acompanhado atentamente o processo de transição de Macau e o
   processo de independência de Timor-Leste, com importância reconhecida no seu
   desenvolvimento.
   
   Atualmente integra o Conselho de Estado e exerce altos cargos internacionais,
   nomeadamente de Enviado Especial para a luta contra a Tuberculose, designado
   pela ONU. Em abril de 2007 foi nomeado Alto Representante das Nações Unidas
   para o Diálogo das Civilizações.
   
   Em 2008 foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro.
   
   PF
   
   
   
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 * EDITORIAL
   
   O 25 de Abril de 2021, 47 anos após a vitória da Democracia sobre a ausência
   de liberdades, o fim do medo, a caminhada para novos valores, acontece este
   ano num momento de pandemia que a todos afecta e, como sempre, mais a uns que
   a outros. Não vamos assim marchar na avenida, mas celebramos. Importa meditar
   nos que estão de novo a ficar para trás, no desemprego, nos que para sempre
   cairão sem hipótese de recuperar. Importa meditar sobre o que fazer com as
   ameaças à liberdade de imprensa, nos que produzem notícias enganadoras
   empurrando para o desaire e para o regresso a algo que não queremos mais.
   Pensar ainda como explicar aos que nasceram depois do 25 de Abril de 1974 e
   não sabem a miséria e a ignorância que caracterizava o país nem conheceram a
   guerra em África que ceifou vidas e destruiu bens materiais, impedindo o
   investimento no desenvolvimento que não existia porque todos os recursos eram
   canalizados para a guerra. Em suma, muito para refletir, mas celebrando
   sempre o 25 de Abril e o que representa para um povo. PF
   
   
   
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 * EDITORIAL A pandemia que persiste e não se vê como pode terminar, apesar de
   tanta notícia sobre vacinas, tememos que as mesmas demorem e se arrastem no
   tempo, mesmo depois de chegarem aos diferentes países, teremos pela frente um
   enorme problema de logística e depois vacinação. Demorará muitos meses depois
   de chegarem as vacinas até as mesmas terem efeito na população, restando
   saber qual o efeito e a validade do tempo após a vacinação. Ou seja, depois
   de vacinado, quanto tempo permanece a imunidade? Sucedem-se as manifestações
   a pedir apoio lancinante em alguns sectores, o comércio em geral, a
   restauração, a cultura, etc, etc. Pedimos porque estamos em desespero e nem
   conseguimos pensar de onde poderá vir tanto dinheiro? Há aproveitamento
   político extremo, nenhum governo faria melhor e mais valia pensar, ser
   prudente e pedir sim, mas com critério. É inegável que por mais apoios,
   muitas empresas ficam sem futuro. O turismo em que assentava a economia,
   desapareceu e com ele tornaram-se obsoletos imensos negócios que nem vale a
   pena serem apoiados, pois, depois do apoio fecham mesmo e em definitivo. Em
   Lisboa fecharam já 111 lojas de todo o tipo. Muitas mais vão fechar. A
   quantidade inusitada de restaurantes e cafés que faz lembrar a enorme
   quantidade de indivíduos candidatos às Eleições Presidenciais, só é possível
   em Portugal e, tememos que os populistas que se manifestam e são apoiados por
   imensa imprensa, arrastem o país para soluções políticas indesejáveis e que
   só piorarão as condições dos actuais carentes que verão de novo a força a
   esmagar soluções. É muito complicado em Democracia manter a ordem nestas
   circunstâncias. Caminharemos para uma ditadura a breve prazo? É isso que os
   cidadãos querem? A fome é má conselheira, sabemos bem do que falamos e, um
   povo genericamente inculto, que não lê e não se cultiva, é instrumento fácil
   de manejar. Reflitam enquanto estão a tempo. Director
   
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