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Text Content

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COVID@ALENTEJO, OLHARES

A exposição Covid@Alentejo, olhares resulta duma intenção por parte da Direção
Regional de Cultura do Alentejo, em realizar, um mapeamento sobre os diferentes
momentos da pandemia provocada pelo Covid 19 no território alentejano.
Naturalmente, que, por todo o país se fizeram, desde os primeiros sinais,
registos sobre o impacto desta maleita na sociedade. Porém, tanto quanto
sabemos, a postura da DRCA foi única no país. Isto é, uma entidade que toma por
missão realizar um registo territorial alargado e sistemático sobre embate desta
grave situação na vida quotidiana das populações.

Desde a sua invenção, que a fotografia se tornou uma ferramenta preferencial do
registo da sociedade moderna e contemporânea, sendo a essência de toda a cultura
visual dos últimos dois séculos. Para além do seu uso no território das artes
visuais, representa uma tipologia transversal a diversas áreas do conhecimento. 

A fotografia constitui, igualmente, uma fonte de informação, que interessa a
diversas áreas do conhecimento que abordam a relação espaço-tempo como
instrumento de análise da transformação da sociedade. Ao constituir um registo
momentâneo de uma cena, não significa que a fotografia deva ser encarada como
uma verdade absoluta, na medida em que o enquadramento da imagem pode induzir a
interpretações equívocas, bem como guardar em si uma determinada
intencionalidade, já para não falarmos de eventuais manipulações. 

De qualquer modo, esse fragmento da realidade gravado pela fotografia constitui
uma marca de um tempo passado e, assim, a perpetuação de um momento, ou seja, de
uma memória.

Face ao exposto, e tendo em linha de conta a singularidade da atual situação,
consideramos de elevada importância um mapeamento fotográfico do território
alentejano, no quadro da atual pandemia. Para tal, convidam-se quatro fotógrafos
conhecedores da região, a fim de recolherem documentação visual sobre o presente
estado de coisas. A cada fotógrafo foi indicado um conjunto de concelhos como
região de trabalho.

O resultado do trabalho pretendia uma matriz documental, sendo essa a componente
mais evidenciada no trabalho de cada autor. Embora cada um dos fotógrafos tenha
o seu formato próprio e existam diferentes aproximações, o trabalho final
resulta numa ampla visão dos diferentes momentos experienciados.

— Rui Prata

Esta plataforma surge para permitir o acesso às fotografias que compõem a
Exposição Covid@Alentejo, olhares, bem como para servir de espaço imersivo
frente à intersecção de território, período pandémico e prática artística, sobre
a perspetiva de revisitar tempos e espaços numa diferente ótica expositiva.

A exposição é comissariada por Rui Prata e apresenta trabalhos dos fotógrafos
António Cunha, António Carrapato, Augusto Brázio e Maria do Mar Rêgo, que
abrangeram as quatro sub-regiões do Alentejo (Alto Alentejo, Alentejo Central,
Baixo Alentejo e Alentejo Litoral) captando, com o seu olhar individual, a
vivência deste período no território.

Procedente da colaboração com a Cultivamos Cultura, esta plataforma apresenta
uma série de Microdocs realizados no território e com a população do Alentejo,
onde além de conduzir o visitante a uma certa retrospetiva imagética e
audiovisual, fomenta uma rememoração particular ao mesmo tempo que entrega novos
olhares frente aos últimos árduos meses de reclusão e de impactos económicos e
sociais

Procedente da colaboração com a Cultivamos Cultura, essa plataforma apresenta
uma série de Microdocs realizados em território e com a população do Alentejo,
onde além de conduzir o visitante a uma certa retrospectiva imagética e
audiovisual, fomenta uma rememoração particular ao mesmo tempo que entrega novos
olhares frente aos últimos árduos meses de reclusão e de impactos econômicos e
sociais.




ALENTEJO


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MICRODOCS

O primeiro dos cinco Microdocs a serem publicados no decorrer de 2022 foi
realizado em conversa com o comissário Rui Prata e os fotógrafos António Cunha,
António Carrapato, Augusto Brázio e Maria do Mar Rêgo. O território do Alentejo
foi apresentado pela visão de cada fotógrafo que nos apresentam a sua perceção
do território, também por trás das câmaras, assim como o impacto experimentado
com o convite feito pela Direção Regional de Cultura do Alentejo para a
realização deste projeto.



TIMELINE


TIMELINE


JANEIRO 2020




CHINA CONFIRMA QUE O CORONAVÍRUS PODE PASSAR DE PESSOA PARA PESSOA




WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) EMITE EMERGÊNCIA SANITÁRIA GLOBAL




FEVEREIRO 2020




VIAGENS AÉREAS GLOBAIS SÃO RESTRINGIDAS




MARÇO 2020




WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) DECLARA COVID-19 UMA PANDEMIA




SURGE O PRIMEIRO CASO DE COVID-19 EM PORTUGAL




INÍCIO DO PRIMEIRO CONFINAMENTO EM PORTUGAL




MAIO 2020



Mais informações


AGENDA

Centro de Artes de Sines – 19 de fevereiro a 13 de março de 2022.

Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor – 26 de março a 21 de maio de 2022.

Museu Rainha Dona Leonor – Igreja de Santo Amaro (Beja) – 17 de junho a 15
Setembro de 2022 (a confirmar).

Carpintarias de São Lázaro/ Imago Lisboa – 1 a 30 de outubro de 2022.

Mosteiro de São Bento de Cástris (Évora) – 15 de novembro a 31 de dezembro de
2022.


PESSOAS

RUI PRATA

SESIMBRA,1955

Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1980);
Pós-graduação em Estudos Artísticos na Escola Superior Artística do Porto
(2002-2003); Mestre em Estudos Museológicos e Curadoriais pela Faculdade de
Belas Artes da Universidade do Porto (2007-2009). Exerceu a docência no Ensino
Secundário (1980-1998) onde desempenhou também vários cargos diretivos e
pedagógicos. Técnico Superior/ Assessor Principal na Câmara Municipal de Braga,
como Diretor do Museu da Imagem (1998-2014). Professor Assistente convidado na
Escola Superior Artística do Porto (2003-2011). Professor Assistente convidado
na Faculdade de Filosofia da UCP (2011-12). Co-fundador e Diretor dos Encontros
da Imagem, festival internacional de fotografia de Braga (1987-2013). Ao longo
da sua carreira comissariou mais de duas centenas de exposições em Portugal e no
estrangeiro. Tem participado, enquanto júri, na atribuição de prémios e bolsas
no âmbito da fotografia. Em 2019 criou o festival de fotografia Imago Lisboa, do
qual é diretor artístico.



ANTÓNIO CARRAPATO

REGUENGOS DE MONSARAZ, 1966

António Carrapato (Reguengos de Monsaraz, 1966) Estuda fotografia no ArCo Lisboa
e começa a sua carreira fotográfica nos anos 90, a fotografar para os jornais
portugueses, principalmente para o jornal Público no Alentejo. Em paralelo
desenvolve um trabalho de fotografia de autor. Em 2009 Participa no projeto da
Estação Imagem onde é membro fundador Tem estado envolvido em várias iniciativas
e eventos, como foi o caso do Foto Fest em Copenhaga 2013, exposição RISO na
Fundação EDP Lisboa 2013, exposição Grupo de Évora na Pequena Galeria em Lisboa
2013. Fez a exposição Na’ vejo, Fábrica Braço de Prata, Lisboa 2015, a exposição
1013 Anos, no Museu de Évora e na Galeria Módulo a exposição Encantamento 2016.
Em Viana do Castelo a exposição Inauguro#54 2017; Claustrofonia no convento dos
Remédios, Évora 2018. 27/27 exposição na praça do Sertório, Évora 2020. Séufonia
a musica da Sé de Évora a céu aberto Rua 5 de Outubro em Évora 2021 Várias
publicações como Planeta Ovibeja (2008), Arte na Fundação Luso-Brasileira(2007)
e Extensão do Olhar, Uma antologia visual da fotografia portuguesa contemporânea
(2005) da Fundação PLMJ. É no território rural do Alentejo e em contextos
urbanos internacionais, utiliza a sua capacidade de observação para criar um
universo visual onde a relação entre o homem e a sua envolvente revelam subtis
ironias ou absurdas coincidências.



AUGUSTO BRÁZIO

BRINCHES, SERPA, 1964

Augusto Brázio, Brinches, Serpa, 1964. Estudou na Escola Superior de Belas
Artes, Lisboa. Fotógrafo com um percurso na área da fotografia desde os anos 90
do séc. XX, tendo vários livros publicados. Ganhou o primeiro prémio
Fotojornalismo Visão / BES em 2008, foi membro do Colectivo Kameraphoto e um dos
13 fotógrafos portugueses escolhidos para o programa Entre Imagens da RTP. Conta
com exposições em Lisboa, Porto, Paris, Bruxelas, entre muitas outras cidades.
Nos últimos anos, focou-se em projectos pessoais, onde reflecte sobre questões
de imigração, pertença e ocupação do território. Está representado nas
colecções: Colecção de Fotografia do Novo Banco, Centro de Artes Visuais
Coimbra, Fundação PLMJ, Encontros de Imagem de Braga, Fundação EDP, Centro de
Artes de Sines, Coleção Norlinda e José Lima. Representado pela  Galeria das
Salgadeiras desde 2012



ANTONIO CUNHA

BEJA, 1980

Foi em Beja, sobre a extensão da planície, fecunda em searas e em horizontes,
que nasceu para o mundo e para a luz do Alentejo. Deslumbrado por essa luz,
nasceu para a fotografia em 1980, sendo diversas as áreas em que se tem
envolvido, entre as quais a história, a arqueologia, a museologia, a etnografia
e o fotojornalismo. Mas o maior dos seus envolvimentos é com a terra alentejana
e com a sua gente, cujos rostos e cujas superfícies regista desde há muito,
acompanhando os dias e os anos, na mutação dos tempos, dos sulcos, da luz, das
cores e das sombras que vão passando pelas fisionomias, pelo relevo e pelo
coberto vegetal. Autêntico e profundamente alentejano, mas andarilho do mundo,
efectuou reportagens fotográficas em Portugal, Açores, Espanha, França,
Marrocos, Perú, Bolívia, Chile, Bélgica, Córsega, Suécia, Finlândia, Noruega,
Canadá, E.U.A., Quénia, Grécia, Rép. Checa, Índia, Maldivas, Zanzibar
(Tanzânia), Itália, Tunísia, Inglaterra, Brasil, Vietname, Síria, Japão e Irão.
Da sucessão das suas exposições fotográficas individuais e colectivas, no país e
no estrangeiro, destacam-se as que fez em Lisboa, Coimbra, Évora, Porto, Beja,
Mértola, Monsaraz, Moura, Serpa, Abrantes, Sines, Setúbal, Estremoz, Frankfurt,
Toronto, Arles, Haia, Estrasburgo, Bruxelas, Marrocos e Córsega. Muitos dos seus
trabalhos tiveram publicação em diversos periódicos nacionais (entre os quais as
revistas “Grande Reportagem”, “Focus”, “Volta ao Mundo”, “Evasões” e os jornais
“Público” e “Diário do Alentejo”); Actualmente com o jornal “SOL”, a revista
“Monumentos” (I.H.R.U.) e a revista “National Geographic” (Portugal). São
igualmente abundantes as suas participações em livros individuais ou colectivos.
Realizou levantamentos fotográficos para várias entidades, públicas e privadas,
nas áreas da arquitectura, arqueologia, museologia, etnografia, turismo,
indústria mineira e arqueologia industrial. Bolseiro da Fundação Calouste
Gulbenkian (de 8/89 a 10/92) na realização do levantamento fotográfico de
arqueologia industrial das minas de S. Domingos, através do Campo Arqueológico
de Mértola.  Fotógrafo de campo em recolhas etnomusicais com Michel Giacometti,
entre 1986 e 1990, nas regiões do Alto e Baixo Alentejo, Beiras e
Trás-os-Montes.



MARIA DO MAR RÊGO

TOULOUSE, 1983

Cresceu em Montemor-o-Novo. Em 2001 vai estudar para a Faculdade de Belas Artes
da Universidade de Barcelona, cidade que deixaria em 2007, por Arles onde estuda
na École Nationale Supérieur de Photographie. Vive actualmente em Portugal.
Começou a expôr em 2005 em galeria e fazendo intervenções no espaço público.
Expôs em Portugal, Espanha, França, Bélgica e Alemanha. Nomeadamente no Museu
Atlântico de Artes Moderna, em Las Palmas de Gran Canaria (2007); Igreja de São
Vicente, Évora (2009); Rencontres Internationales de la Photograhie,Arles
(2010); Festival Les Boutographies, Montpelier (2014); Nîmes (2015); Festival
PhotoEspaña (2016); Journées Internationales du Patrimoine, Paris (2016);
PhotoBeijing, Pequim, (2016); Alvito (2017); Santiago de Compostela (2020). Foi
artista residente na Casa de Velazquez (2015-2016), na Budapest Galéria (2018) e
em Cuarto Pexigo, Santiago de Compostela (2019 e 2020).


Organização

Direcção Regional de Cultura do Alentejo / Magalhães _ICC

Comissário

Rui Prata

Produção

Regina Branco (Coordenação da exposição e catálogo, DRCA / Magalhães_ICC)
Deolinda Tavares (Coordenação, DRCA / Magalhães_ICC)
Angélica Carreiras (Administração, DRCA / Magalhães_ICC)
Fátima Dias Pereira (Designer, DRCA / Magalhães_ICC)
Sandra Sao Pedro (Coordenação de comunicação, DRCA / Magalhães_ICC)
Rui Sousa (Comunicação, DRCA / Magalhães_ICC)
Maria João Marçal (Câmara Municipal de Sines)
Pedro Gonçalves (Câmara Municipal de Ponte de Sor)
Paulo Esperança (Câmara Municipal de Ponte de Sor)
Marta de Menezes (Plataforma digital, Cultivamos Cultura)
Sally Santiago (Plataforma digital, Cultivamos Cultura)
Maria Contreras (Plataforma digital, Cultivamos Cultura)
Diana Aires (Plataforma digital, Cultivamos Cultura)
Claudia Figueiredo (Plataforma digital, Cultivamos Cultura)

  Locais de itinerância

Centro de Artes de Sines
Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor
Museu Rainha Dona Leonor – Igreja de Santo Amaro
Mosteiro de São Bento de Cástris
Carpintarias de São Lázaro/ Imago Lisboa

Apoio

Câmara Municipal de Sines
Câmara Municipal de Ponte de Sor
Carpintarias de São Lázaro / Imago Lisboa

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