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FRATRES IN UNUM.COM

 * O Pontificado de Francisco


 * OREMUS PRO PONTIFICE NOSTRO.
   
   


 * LEIA | NOTA DA EDIÇÃO:
   
   A mera veiculação de matérias e entrevistas não significa, necessariamente,
   adesão às idéias nelas contidas. Do mesmo modo, os links aqui elencados devem
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   Deixai, ó Jesus, que em vosso Coração Eucarístico, depositemos as mais
   ardentes preces pelo nosso clero. Multiplicai as vocações sacerdotais em
   nossa pátria; atraí ao vosso altar os filhos do nosso Brasil; chamai-os com
   instância ao vosso ministério!
   
   Conservai na perfeita fidelidade ao vosso serviço aqueles a quem já
   chamastes; afervorai-os, purificai-os, santificai-os, não permitindo que se
   afastem do espírito de vossa Igreja.
   
   Não consintais, ó Jesus nós Vos suplicamos, que debaixo do céu brasileiro
   sejam, por mãos indignas, profanados os vossos mistérios de amor. Com
   instância vos pedimos: deixai que a misericórdia de vosso Coração vença a
   vossa justiça divina por aqueles que se recusaram à honra da vocação
   sacerdotal, ou desertaram das fileiras sagradas.
   
   Por vossa Mãe, Maria Santíssima, Rainha dos Sacerdotes, atendei, Jesus, a
   esta nossa insistente oração. Ó Maria, ao vosso coração confiamos o nosso
   clero: guiai-o, guardai-o, protegei-o, salvai-o!
   
   Cardeal Leme


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 * SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO
   
   


 * «A VERDADEIRA LIBERDADE CONSISTE EM CONFORMAR-SE COM CRISTO, E NÃO EM FAZER O
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   Bento XVI, audiência geral de 1º de outubro de 2.008.


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23 outubro, 2021


VOX POPULI = VOX DEI? (A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS?)

“A escuta na 1° Assembleia Eclesial para a América Latina”, um resumo.

Por Que no te la cuenten, 19 de outubro de 2021 | Tradução: FratresInUnum.com –
No último 21 de setembro, publicou-se a “Síntese narrativa: a escuta na 1°
Assembleia eclesial para a América Latina e o Caribe – CELAM” (224 páginas que
lemos antecipando seu advento), conclusão “NÃO OFICIAL” segundo seus
apresentadores (p. 2) de cinco meses de “escuta ao povo de Deus” através de
respostas e contribuições por meio da página da “Assembleia sinodal” do CELAM.

Como habitualmente sucede nestes casos, as “propostas” não somente parecem ter
sido elaboradas por certos grupos ideológicos minoritários, encravados nas
estruturas de poder eclesial, como também selecionadas com uma finalidade muito
precisa: “o processo de conversão da Igreja” (p. 1).

A técnica não é nova (algo parecido já ocorreu no Congresso Americano
Missionário na Bolívia e no Sínodo dos Jovens de 2018): trata-se da repetição
constante com a finalidade de tentar impor “desde baixo” os novos “paradigmas
eclesiais” como o das diaconisas, o “sacerdócio feminino”, a “abertura à
homossexualidade na Igreja” e a teologia do povo e da libertação, entre outras
coisas.

Com o objetivo de expor que “o povo levantou” é que oferecemos, aqui, algumas
pérolas extraídas deste documento que, mais do que uma síntese, acaba por ser um
“copia-e-cola” de propostas individuais, teologicamente desordenadas, sem muito
método nem lógica que, apesar disto, “conecta-se com o Sínodo da Igreja
Universal sobe Sinodalidade, no qual estaremos compartilhando os diversos frutos
desta experiência como Assembleia Eclesial que segue o seu caminho” (p. 2)

Vejamos alguns dos textos propostos como parte do “povo santo de Deus”, “que é
infalível in credendo” (Mensagem de abertura da 1° Assembleia Eclesial da ALyC
do CELAM (p. 1), vários deles intitulados (sic) como “pérolas” das “vozes do
povo de Deus”.

As seguintes são algumas citações textuais (o documento completo pode ser
consultado aqui):

Teologia da Libertação

“Promover uma teologia da libertação, libertadora, que nos permita conectar-nos
efetivamente ao projeto libertador de Jesus, que nos permita reconhecer as
estruturas de poder e opressão, que facilite o encontro, o diálogo e que promova
os gestos e atitudes de esperança para viver um ministério eclesial vivo. Voltar
às fontes, como nos convida o Papa Francisco, e retomar seu compromisso inicial
de deixar tudo para servir e fazer Jesus conhecido. Que tenha preferência pelos
pobres e vulneráveis de nosso continente. Voltar à mensagem de Aparecida e
retomar a Teologia da Libertação sem medo de censuras, mas com a certeza de ir
pelo caminho correto” (p. 25). “Hoje contamos com a imagem de uma Igreja sem
voz, cinza, que não atualiza a mensagem do Concílio Vaticano II, que não projeta
a mensagem libertadora de Aparecida, nem as exigências da Teologia da
Libertação” (p. 26)

Educação global e marxista

“Vozes do povo de Deus. Pérolas (sic): sigamos sonhando com o pacto global pela
educação porque a educação é a porta de entrada a dias melhores na sociedade.
Cremos firmemente que o acesso à educação é um direito, por isso a necessidade
de um “Pacto Global pela Educação… liberar a educação, como defende Paulo Freire
(e outros) é o caminho para uma sociedade em que cada cidadão está sujeito
(cidadania ativa)” (p. 48)

O mundo protestante

“Vozes do povo de Deus. Pérolas (sic): “A Igreja Católica não considera as
igrejas PROTESTANTES como perigo para a fé, ao contrário, são formas distintas
de crer em Deus (…). “Os pastores e fiéis PROTESTANTES são mais entusiastas,
ativos e ‘em saída’” (p. 86)

“O crescimento constante das IGREJAS EVANGÉLICAS e pentecostais em nossa
comunidade em troca de receber bens materiais para melhorar sua qualidade de
vida” (idem)

Sacerdócio e diaconato feminino

Presença e participação sem voz da mulher na Igreja: Reconhece-se sua presença e
a participação… mas, muitas vezes, de forma passiva, submissa e sem voz nas
instâncias de decisão eclesial. Ministerialidade da mulher: é necessário a
formação e o reconhecimento da Ministerialidade da mulher em uma Igreja em
saída, incluindo o diaconato feminino (…). Respeito e igualdade de opões que os
sacerdotes e bispos têm dentro das comunidades eclesiais (p. 95)… “Pedir
mudanças no direito canônico e na estrutura eclesial para que as mulheres
assumam ministérios eclesiais / refletir seriamente e abrir-se à possibilidade
de ministérios ordenados (Diaconato, ministério presbiteral)” (p. 97)

“A Igreja não pode permanecer estagnada, mas se requer uma adoção de medidas
transformadores, reconhecer que se cometeram e se cometem injustiças
especialmente com a mulher dentro da Igreja. Desmistificar o templo, tirar a
Eucaristia dos templos e trazê-la à vida comum. Combater o clericalismo e optar
por uma igreja sinodal (caminhando com todos/todas sem exclusão de ninguém), com
a construção de estruturas fraternas” (p. 100)

“(Vozes do povo de Deus. Pérolas). Falta valorizar o trabalho pastoral e a
missão de evangelização da mulher. Criar o diaconato da mulher” (p. 188).

“Não há somente a necessidade de mulheres diaconisas, mas são uma realidade. Uma
igreja sinodal merece mulheres diaconisas” (p. 189)

Sacerdotes casados e celibato opcional

“Que se promova um departamento de ação pastoral nas conferências episcopais e
no CELAM para o acompanhamento, atenção e diálogo constante com os sacerdotes
casados”.

“Que se promova, a nível profissional, desde a dimensão humana, psicológica,
filosófica e teológica uma comissão de estudo que forneça luzes sobre o celibato
opcional, que apresente uma nova dimensão do ministério sacerdotal condizente à
realidade atual”.

“Analisar a necessidade do celibato opcional como uma resposta às problemáticas
que se apresentam na vida sacerdotal”.
“Que se considere a experiência dos sacerdotes casados na vida cristã como
igreja doméstica, pastoral, sacerdotal, profissional, empresarial, laboral,
educativa para que contribua com o crescimento da vida diocesana e paroquial”
(p. 123)

Aceitação da homossexualidade

“A homossexualidade no clero tem silenciosamente disfarçado o cumprimento do
celibato… a Igreja já não representa uma espiritualidade viva. A redução do
cristianismo a alguns eventos sacramentais administrados pela casta clerical
condenou a imensa maioria de fiéis a um papel passivo… por exemplo, os discursos
de moral sexual da parte da Igreja já não têm nenhuma relação com a vida dos
fiéis” (p. 124)

O que dói: “Dor pela indiferença da Igreja frente ao tema da Diversidade Sexual.
É a dor das pessoas LGBTIQ+ ao sentirem-se rechaçadas pela Igreja, frente a sua
orientação sexual… constatar que em alguns púlpitos há presbíteros que repetem e
reiteram o rechaço à diversidade sexual. Dor e decepção daqueles colégios
católicos que não acolhem com respeito, tolerância ativa e inclusão a orientação
sexual de filhos e filhas. Preocupação que depois de cinco anos de Amoris
Laetitia não avançou em praticamente nada, especialmente no que se refere à
educação do clero e da hierarquia face à diversidade sexual.

“Algumas novas instâncias eclesiais que apareceram estes últimos anos que
promovem a participação laical e o respeito à diversidade sexual. Da esperança à
participação cidadã e movimentos sociais (incluindo o LGBTQI+) que propiciam
novas possibilidades de diálogo, mais centradas na pessoa e no bem comum,
questionando o modelo atual” (p. 198).

Evangelização a partir da base

(Vozes do povo de Deus. Pérolas): “DEIXAR-SE EVANGELIZAR PELOS POVOS onde se
encontram as sementes o Reino que se constrói na terra, em um tempo e espaço
determinados” (p. 118)… “A Igreja precisa escutar à sabedoria ancestral,
reconhecer os valores presentes no estilo de vida das Comunidades Originárias”
(p. 119)

* * *

Estas e muitas outras coisas são as que alguns, abrogando-se da representação do
“Santo Povo de Deus” (assim, com maiúscula), desejam impor com certa pressa,
como se lhes faltasse pouco tempo.

Que no te la cuenten…

Pe. Javier Olivera Ravasi, SE




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Tags: Modernismo, Sínodo sobre a Sinodalidade


19 outubro, 2021


CNBB, O TEATRO E A MORDAÇA.

Por FratresInUnum.com, 19 de outubro de 2021 – Ontem, o Deputado Frederico
D’Ávila (PSL-SP) publicou uma carta aberta em que pede desculpas pelo excesso de
suas afirmações contra Dom Orlando Brandes, a CNBB e o Papa Francisco. Ele diz:
“meu pronunciamento, que admito ter sido inapropriado e exagerado pelo calor do
momento, se deu em resposta a alguns líderes religiosos que ultrapassam os
limites da propagação da fé e da espiritualidade para fazer proselitismo
político. Reitero que desculpo-me pelas palavras e exagero”.

Mesmo assim, a CNBB está resolvida a fazer pressão sobre a  Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) pedindo a cabeça do deputado. Não,
não há misericórdia para ele. Eles pediram uma “correção exemplar” para
Frederico d’Ávila. Dom Pedro Luiz Stringhini, presidente do regional Sul 1 da
CNBB, foi pessoalmente para uma conversa com o presidente Carlão Pignatari,
juntamente com dois padres (um dos quais, incardinado e em exercício de
ministério na diocese de Taubaté, deputado estadual pelo PV, Afonso Lobato) e os
deputados Reinaldo Alguz (PV), André do Prado (PL) e Emídio de Souza (PT).



Numa medida desproporcional e espetaculosa, a CNBB está mobilizando todos os
seus esforços para dar a impressão de uma indignação nacional. Contudo, o método
utilizado foi muito bem exemplificado pelo bispo de Itapeva, Dom Arnaldo Neto.

Num ato de desagravo (!!!) ao Papa, a Dom Orlando Brandes e à CNBB, ele expulsa
da Igreja e pede para nunca mais voltar todo fiel que critica a CNBB, o Papa e a
Campanha da Fraternidade (!!!). E ameaça: “com Deus não se brinca!”. No final,
conclui: “Peço à PASCOM que faça em todos os lugares um texto em desagravo a Dom
Orlando Brandes”.



Em outras palavras, o que está acontecendo desde o último domingo é um teatro
calculado para causar uma impressão em si mesma falsa: a impressão de que há uma
indignação por parte do povo católico, indignação que não existe. A metodologia
é simples: a CNBB publica uma carta aberta, as dioceses e os bispos replicam;
membros de dezenas de organismos minúsculos ou de instituições da Igreja começam
a fazer notas a pedido de leigos engajados — no caso de Itapeva, do bispo
mesmo!; na sequência, organismos mais discretos aderem por bom-mocismo ou medo;
cria-se um alvoroço infernal que, no fundo, não tem nada de susbtancioso… O bom
povo católico permanece frio e indiferente, torcendo mesmo é pela briga!

Quando a gente deixa a superfície e vai ao fundo da polêmica, percebe que ela
não passa de uma grande bolha de sabão, produzida artificialmente por estes
mesmos organismos que vivem acusando o presidente da república de ter uma rede
de fakenews. Tudo não passa de uma articulação de fachada para criar nos
parlamentares paulistas, desacostumados com pressões desta natureza, o pânico de
se verem pressionados a fim de lhes proporcionar o enforcamento de um Judas
neste “sábado de aleluia” fora de época.

A primeira finalidade dessa representação grotesca é criar um precedente
político e jurídico que iniba as críticas à CNBB oriundas da população em geral.
O povo já não tem mais respeito algum por essa entidade e isso pode ser
facilmente comprovado nos comentários das pessoas normais nas próprias mídias
sociais da instituição. Não é necessário fazer grandes especulações. Basta olhar
em redor e perceber que as pessoas não estão dando a mínima atenção para este
problema.

A segunda é fazer politicagem, como é praxe da CNBB: preparar o terreno para as
eleições de 2022, em que ela poderá se dizer vítima da tal “violência da
direita” alardeada pelo mesmo Dom Orlando Brandes, a fim de minar o espaço para
candidatos conservadores entre os fieis.

O desespero por transformar a fala do deputado numa perseguição sanguinolenta
digna de um Nero chegou ao ponto de pedirem uma nota ao CELAM – mais um ato
deste teatro fake, sob medida, para dar a este episódio provinciano as dimensões
de uma guerra mundial –, coisa bem adequada a Dom Odilo, que é membro do
Conselho Diretivo, e assina a missiva. Dizendo-o doutro modo, são sempre os
mesmos personagens, em posições diferentes, para dar a impressão de algo
grandioso.

A verdade é que o deputado Frederico d’Ávila cometeu um destempero, pelo qual
ele já se desculpou, mas deu voz às queixas de milhares de fieis tanto contra a
fala de Dom Brandes quanto contra as posturas esquerdistas habituais da CNBB.
Não há nenhum escândalo verdadeiro por parte dos fieis, mas apenas um fingimento
histérico, calculado para ser usado politicamente como mordaça pela CNBB contra
os seus críticos. Estão todos estes bispos e padres dando uma carteirada
clerical para usar a ALESP e o poder judiciário como arma contra os seus
desafetos. É tudo só isso!

Se os deputados da ALESP vão cair nesta comédia, não sabemos, mas, se o bom
senso prevalecer, toda essa pirotecnia terminará no vazio.


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Tags: CNBB, Dom Orlando Brandes


18 outubro, 2021


O RUIM E O PIOR. A FALA DO DEPUTADO E A REAÇÃO DA CNBB.

Por FratresInUnum.com, 18 de outubro de 2021 – Na Solenidade de Nossa Senhora
Aparecida, o arcebispo Dom Orlando Brandes fez, em seu sermão, uma afirmação
politizada que despertou a cólera dos católicos: “Para ser pátria amada não pode
ser pátria armada”. A retórica politiqueira é recorrente na boca de Dom Brandes
na festa da padroeira. A tentação de transformar o altar em palanque é, para
ele, irresistível demais. Não faltaram reações de crítica, muitas delas bastante
contundentes, tanto por parte dos fiéis, quanto por parte dos jornalistas. O
povo, em geral, desaprovou a “indireta” do arcebispo e o criticou duramente
pelas redes sociais.

Pois bem, dois dias depois, no dia 14 de outubro, o Deputado Estadual Frederico
D’Ávila (PSL-SP) fez um veemente pronunciamento na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo (ALESP), em que xinga Dom Orlando Brandes, a CNBB e o Papa
Francisco. Houve destempero em sua fala, o que o faz perder muito de sua razão.

Ontem, a CNBB lançou uma forte carta ao presidente da ALESP praticamente pedindo
a cabeça do deputado e dizendo que vão usar a força judicial contra ele. Em
todos estes anos, talvez a missiva de ontem tenha sido o escrito mais agressivo
da CNBB; nada de diálogo nem de misericórdia.

Na sequência, numerosos bispos, padres e leigos replicaram a nota em suas redes
sociais, na mais rasgada demonstração de corporativismo, que é, no final das
contas, a única religião do clero e do laicato engajado. Não existe mais a Fé
católica nem os valores morais cristãos, não existe mais a honra de Deus nem a
defesa da nossa santa religião, a única coisa que restou é a replicação das
posições institucionais e a defesa dessas mesmas instituições; em suma, o
bom-mocismo característico de uma sociedade hierárquica que já não tem mais
convicções profundas.

Quiséramos ver tal demonstração de zelo quando a imagem de Nossa Senhora
Aparecida foi profanada num muro da cidade de São Paulo. Ali, Dom Odilo Scherer
não fez nenhuma live de execração; mas ontem ele a fez para defender a CNBB. Em
outras palavras, para ele e para os demais, a CNBB está acima de Nossa Senhora e
merece defesa mais do que Ela. É isso que ele está confessando com os seus atos,
ainda que de maneira insconsciente, pois esta cegado pelo bom-mocismo
institucionalista.

Do mesmo modo, não param de acontecer profanações, blasfêmias e até sacrilégios
por todo o país. Deus tem sido continuamente ofendido, até escolas de samba
agridem a Cristo de forma proposital, enquanto o clero católico permanece
imobilizado e mudo, como cães que não sabem ladrar.

Contudo, a verdadeira razão que está por traz de tão cenográfico chilique é
evidentemente, aliás, como sempre, de natureza política. O parlamentar ousou
atacar a teologia da libertação e colocou o dedo na ferida: o clero progressista
é apenas panfletário do petismo mais rançoso que existe, daquele esquerdismo que
abençoa invasões de terra e subscreve as ações da Via Campesina. Além do mais,
foi eleito pelo PSL, partido que elegeu o presidente Bolsonaro. Eles se sentiram
instigados em seu brio, o veneno da jararaca gritou feito demônio, foi
impossível conter a manifestação de ódio e de rixa.

Com tamanha efervescência de instintos tão animais, quem na CNBB seria capaz do
bom senso de perceber que o deputado se excedeu, mas deu voz à revolta de
milhares de fiéis? Quem tem a sapiência de tirar a conclusão de que a Igreja
está por demais politizada num país dividido e que ela, a CNBB, é culpada por
parte desta divisão, da qual se tornou vítima? Quem tem a lucidez de perceber
que o cenário que se abre para 2022 requer do clero muito comedimento, porque a
situação será profundamente mais agressiva que em 2018?

A resposta é simples: praticamente ninguém, pois os poucos sensatos jamais serão
ouvidos por bispos que foram treinados para serem cabos eleitorais fanáticos de
um partido político dos mais vergonhosos que jamais existiram neste país. Eles
são os petistas mais fanáticos e pretendem mais uma vez usar a máquina eclesial
como ferramenta de campanha para o Lula em 2022.

Dito de outro modo, tudo se resume a isto: a campanha eleitoral já começou e
quase ninguém ainda se deu conta!

A declaração do deputado foi ruim, mas a reação da CNBB e asseclas foi pior. Não
há nada para ser louvado em todo esse evento, a não ser a sensatez do povo, que
manifestou o seu repúdio sem perder o respeito pela Igreja, como de praxe em
todo fiel católico brasileiro, que há décadas tem de aguentar a apostasia
esquerdista dos seus pastores sem perder a linha nem a reverência pela sua santa
religião.

E, para a CNBB um recadinho bem à moda do povo: “quem fala o que quer, escuta o
que não quer”. E ainda mais: “aceita, que dói menos”. Dom Orlando quis usar o
monopólio do microfone para soltar indiretas contra o presidente sem lhe dar
direito de resposta, mas a resposta veio. E veio amarga. Agora, aguente!






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Tags: CNBB, Dom Orlando Brandes


17 outubro, 2021


PROFANAÇÕES.

Por Padre Antônio Mariano – FratresInUnum.com, 17 de outubro de 2021: Nos
últimos dias, chegaram várias notícias cujo pano de fundo é o mesmo: a
profanação.

A Catedral de Toledo, uma Igreja Paroquial em Manaus, uma Basílica Romana… E
esses foram os que se tornaram públicos. 



E não foram poucos os que manifestaram perplexidade diante desses eventos, que,
num olhar atento, desgraçadamente não são tão raros.

A que ponto chegamos? Ver nossas Igrejas cedidas para clipes que incentivam o
pecado, particularmente o pecado contra a natureza que brada ao céu, ou ver uma
paródia sacrílega da Pietà composta por dois homens nús, onde recordamos de um
dos pecados contra o Imaculado Coração de Maria que é a falta de respeito para
com suas sagradas imagens!

Cada vez mais somos obrigados a reconhecer um espírito profético em certos
homens que compreenderam para onde se dirigia a Igreja com as inovações do
Concílio Vaticano II, um deles chegou a afirmar que ao começar a celebrar a
missa em mesas seria a vitória de Lutero.

E é exatamente isso.

Tudo começa na dessacralização do Santo Sacrifício da Missa.

Se fizéssemos uma entrevista com a maioria dos que vão à Missa atual,
perguntando qual a razão de irem à Missa, ou se reconhecem na Santa Missa um
autêntico sacrifício as respostas fariam chorar os anjos.

O altar tornado mesa de copa, o sacrário relegado a um canto obscuro, as imagens
inexistentes, o sacerdote que outrora era um sacrificador anônimo e que
tornou-se um animador de auditório, o templo tornado espaço celebrativo… vitória
de Lutero.

Recordo-me de uma vez em que fui venerar algumas relíquias de S. João Bosco que
estavam encerradas numa belíssima imagem jacente e enquanto rezava, um padre
celebrava a missa e explicando o que era “aquele boneco” contou a história do
Rei Midas…

Dessacralização.

As coisas sagradas perderam completamente o valor para essas pessoas. Não há
transcendência. Não há sagrado.

E se não há, qual o valor de uma Missa, ou de uma imagem, ou de uma Igreja?

Porque não ceder para outros usos? Uma reunião sindical? Um museu? Um
expositório de obras bizarras? Um clipe gay? Qual o problema de fazer um
barquinho e pôr ali a Pacha Mama e atravessar a nave da Basílica Vaticana com
essa abominação?

Se – como já acontece em não poucos lugares – um grupo quisesse destruir uma
Igreja, ou um monumento católico, como o Cristo Redentor, talvez houvesse alguma
reação dos católicos. Mas mostrar o Cristo de máscara, refletir animais na
Basílica Vaticana não parecem tão agressivos, afinal devemos ser uma Igreja em
diálogo…

Vitória de Lutero.

Mas o Senhor não disse: “Ide e dialogai”, mas “Ide e ensinai”. Mais ainda, diz o
Espírito Santo, “aquele que destruir o templo de Deus, Deus o destruirá”.

É porque não se reza mais nas Igrejas que essas profanações acontecem. É porque
não se visita mais o Santíssimo Sacramento como o Divino Prisioneiro que
chegamos a esse ponto!

É preciso resistir!

É preciso lutar! Queremos nossas Igrejas de volta! Queremos nossos monumentos
católicos respeitados, mais ainda, venerados! Queremos a Missa Católica!

Mas não conseguiremos isso se ficarmos parados. Será que não percebemos que
estamos em guerra como nos recordou o Apóstolo na Epístola de hoje?

Católicos, levantem-se! Levantem-se pela glória de Deus, pela santidade de seu
templo! Levantem-se gritando o nome de Maria que sozinha vence todas as
heresias. Façam do Credo o seu estandarte de batalha. Do Santo Sacrifício da
Missa a jóia engastada em seus corações. Lutem.

Vitória de Deus.

* * *

Pe. Antonio Mariano está recebendo intenções para o Dia de Finados. Envie para
profidelibusdefunctis@gmail.com.






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Tags: Atualidades, Crise Pós-Conciliar


15 outubro, 2021


OS GUARDIÃES DA TRADIÇÃO.

Por Dr. Augusto Mendes 

FratresInUnum.com, 15 de outubro de 2021 – O Brasil presencia um sólido
movimento editorial católico, algo que impressiona qualquer observador um pouco
mais vivido. Em 2005, ou mesmo em 2010, dificilmente poderíamos imaginar que
alguns anos depois veríamos o surgimento de novas casas editoriais, uma
avalanche de novas publicações, o resgate de obras consagradas e até mesmo o
surgimento de importantes autores nacionais.

In illo tempore, apesar das grandes editoras nominalmente católicas do país,
encontrar livros verdadeiramente católicos nem sempre era fácil. Em muitos
casos, era um desafio insuperável. É verdade que certos clássicos das letras
católicas nunca deixaram as prateleiras, como é o caso da Imitação de Cristo, da
Filotéia, do Tratado da Verdadeira Devoção e da História de uma Alma, mas é
igualmente verdade que as ausências eram muito mais amplas e notáveis.

Pensemos, por exemplo, no doutor comum do Igreja, Santo Tomás de Aquino, um
mestre para todas as gerações e, portanto, um autor que deveria ser publicado e
republicado initerruptamente em todo e qualquer país católico. Se é verdade que
sua Suma Teológica estava disponível em uma tradução de qualidade já no início
do século XXI, todos seus outros livros – e são tantos! – só eram encontrados em
sebos, e mesmo assim com bastante dificuldade e por um alto preço. Os tomistas
amargavam um esquecimento ainda pior. Garrigou-Lagrange, Cornelio Fabro,
Sertillanges, Grabmann e outros mestres ou nunca haviam sido apresentados ao
leitor brasileiro ou o foram há uma ou duas gerações. Mesmo um Nicolas Derise,
que podemos considerar como nosso contemporâneo, ou um brasileiro como o Padre
Maurílio Teixeira-Leite Penido, eram sumamente desconhecidos ou marginalizados.

Não podemos pensar que o problema era a falta de leitores interessados, pois
mesmo autores que haviam granjeado fama no passado recente padeciam no limbo
editorial esperando rever a luz. Há pouco mais de uma década, Chesterton estava
apenas dando seus primeiros passos entre nossas estantes, Bernanos, que havia
escolhido nosso país como sua pátria, era solenemente ignorado pelas últimas
duas gerações de brasileiros; mesmo os naturais da terra, católicos genuinamente
brasileiros, nascidos em uma pátria genuinamente católica, como o Padre Leonel
Franca ou João Camilo de Oliveira Torres, foram tratados, até outro dia, como se
fossem alienígenas, como se nunca tivessem pisado nessa terra. Eram
representantes de um passado que muitos buscavam ativamente enterrar. Na
faculdade tive uma professora que havia sido aluna do citado João Camilo. Quando
falava dele era somente para criticar seus livros e explicar que tudo o que ele
escreveu tinha pouco valor, era enviesado, porque ele era – na sua expressão
inesquecível – “muito catolicão”.

Se pensarmos não mais nas pessoas, mas nos temas, veremos que a carestia de
então era enorme. Sobre temas tão relevantes como Psicologia, Direito, História,
Literatura, Economia, Filosofia e Teologia, nos seus diversos ramos e
desdobramentos, não havia – e ainda hoje não há na medida adequada – obras
escritas de uma perspectiva católica em circulação no mercado brasileiro.

Outra marcante ausência editorial era de obras ligadas ao movimento
tradicionalista. Lembro-me de que a primeira vez que tive em mãos “Do
Liberalismo à Apostasia” de Dom Marcel Lefebvre foi em uma cópia xerográfica
feita por um amigo que havia viajado até o Rio de Janeiro e lá, graças ao
contato direto com um tradicionalista “das antigas”, tinha conseguido copiar a
velha edição, praticamente amadora, da Permanência, que mais se parecia com um
caderno datilografado. Obras que só eram encontradas em língua estrangeira e
adquiridas após bastante pesquisa e a um alto preço – Iota Unum ou a biografia
de Dom Lefebvre – são hoje compradas com um clique do mouse e por um preço
bastante razoável.

Todas essas lacunas editoriais são graves, mas não tanto quanto a que agora será
sanada. Os doutores da Igreja, os grandes escolásticos, os apologetas, os
catequistas, missionários, sermonistas, todos aqueles que exercem alguma
atividade na Igreja, bebem, necessariamente, da mesma fonte: o magistério papal.
O magistério pontifício, farol da verdade divina no ápice da Igreja, aquele que
ilumina todos os católicos, em todas as épocas, que desfaz os erros, vence as
heresias e guia a todos nos caminhos da verdade e vida. Era exatamente esse
magistério que andava ausente das editoras católicas. É verdade que algumas
encíclicas, especialmente dos Papas do século XIX e XX ainda são publicadas, é
certo que temos compilações bem vastas de documentos pontifícios, como é o caso
do Denzinger, mas também é verdade que não há nada tão amplo quanto o que está
sendo preparado agora. A coleção Guardiões da Tradição englobará 250 documentos
pontifícios (Bulas, Encíclicas e Alocuções) criteriosamente selecionadas para
representar o ensinamento dos Papas ao longo dos dois milênios da história
cristã nos seus pontos mais relevantes.

Os documentos serão publicados na sua integralidade – e não em seus trechos
selecionados, como no Denzinger – e, sempre que necessário, acompanhados de
notas explicativas. Haverá para cada documento uma breve introdução explicitando
seu conteúdo e as razões de sua publicação. Os 250 documentos serão organizados
cronologicamente, indo do Papa Cornélio (251-253) até Pio XI (1922-1939), e cada
Pontífice receberá uma substanciosa apresentação, de forma que o livro poderá
ser visto, também, como uma Enciclopédia dos principais Papas. Detalhados
índices onomásticos e temáticos farão da coleção uma obra de consulta
incontornável para todo católico que pretenda conhecer melhor a doutrina da
Igreja nas suas fontes mais seguras.

Os temas abordados são os bem variados, indo das mais altas questões teológicas
aos mais simples problemas sociais. Aquilo que os papas ensinaram sobre a
Santíssima Trindade, as naturezas de Cristo e sua ação salvífica, as qualidades
especialíssimas da Virgem Maria, a natureza da Igreja, a economia da salvação, a
graça santificante, o papel da oração e as mais diversas questões litúrgicas
terão destaque. O surgimento das ordens religiosas, a criação das faculdades na
Idade Média, a canonização de determinados santos, as condenações das diversas
heresias, a convocação para as cruzadas e a instituição da Inquisição serão
apresentadas nos seus documentos originais. Questões políticas e sociais também
terão lugar nesse vasto repertório: a liberdade da Igreja e de seus fiéis frente
o Estado, os deveres dos governantes para com a Igreja, a verdadeira educação
católica, os direitos dos trabalhadores, a moral católica aplicada à vida
matrimonial e familiar, bem como a materialização da fé nas diversas formas de
encontrarão o devido tratamento pela mão de mestre dos Papas. As mais
controversas questões científicas, filosóficas, históricas e exegéticas também
serão contempladas por essa ampla compilação de documentos pontifícios,
apresentando aos leitores a solução para muitos problemas de ordem especulativa,
ou, pelo menos, estabelecendo os pontos fundamentais que permitirão
investigações seguras e intelectualmente frutuosas.

Dada a profusão de documentos pontifícios, estima-se que a coleção terá cinco
volumes com cerca de 600 páginas cada um. Parte considerável desses documentos
não se encontra publicada no Brasil e nem mesmo acessível em língua portuguesa
na internet. A maior parte será vertida do original latino e, quando não for
possível, as traduções mais confiáveis serão usadas para se chegar ao texto em
português.

Além do óbvio interesse teológico dessa publicação, os cultores da Filosofia e
da História também irão se beneficiar do estudo desses documentos, pois muitos
deles inserem-se nos pontos fulcrais não só da histórica eclesiástica como
também da história política e do pensamento.

No momento em que a doutrina católica tradicional se torna cada vez menos
conhecida e seus tesouros são cada vez mais depauperados por aqueles mesmos que
deveriam ser seus fiéis defensores, cabe a nós nos voltarmos àqueles antigos e
fiéis Guardiões da Tradições que agora serão apresentados ao leitor brasileiro.

* * *

Para adquirir a coleção Guardiões da Tradição, basta ir ao site
https://editora.centrodombosco.org/


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Tags: Centro Dom Bosco, Tradição


9 outubro, 2021


TRADITIONES CUSTODES: SEPARANDO FATO DE FICÇÃO.

A história oculta por trás de Traditiones Custodes.

Por Diane Montagna, The Remnant, 3 de outubro de 2021 | Tradução:
FratresInUnum.com 

“Nada está oculto que não há de ser manifestado, nem nada secreto que não seja
conhecido e não venha à luz” (Lc 8,17).

Às vezes, as coisas não são o que parecem. E às vezes, existem duas
“realidades”: uma que é oficialmente dada por aqueles que estão no poder e outra
que então descobrimos ser a verdade.



São Pio V, o Papa de Lepanto.

Quando, em 16 de julho de 2021, o Papa Francisco promulgou Traditionis Custodes,
restringindo a missa tradicional em latim, ele disse que, de acordo com os
resultados de uma recente consulta do Vaticano aos bispos, as normas de seus
predecessores, Papa João Paulo II e Papa Bento XVI, tinham sido exploradas por
alguns que assistem à missa tradicional em latim para semear a dissidência em
relação ao Concílio Vaticano II. 

Na carta apostólica , o Papa Francisco escreve a respeito do questionário aos
bispos:

> “Seguindo a iniciativa do meu Venerável Predecessor Bento XVI de convidar os
> bispos a avaliarem a aplicação do Motu Proprio Summorum Pontificum três anos
> após a sua publicação, a Congregação para a Doutrina da Fé fez uma consulta
> detalhada aos bispos em 2020. Os resultados foram cuidadosamente considerados
> à luz da experiência que amadureceu durante esses anos. ”

Ele continua:

> “Tendo considerado os desejos expressos pelo episcopado e ouvido o parecer da
> Congregação para a Doutrina da Fé, desejo agora, com esta Carta Apostólica,
> avançar cada vez mais na busca constante da comunhão eclesial. Portanto,
> considerei apropriado estabelecer o seguinte:

O Papa Francisco então passa a delinear as novas restrições à Missa Tradicional
em Latim.

Junto com o decreto, o Papa Francisco também emitiu uma carta de acompanhamento,
dirigida aos bispos de todo o mundo. Ele a apresentou observando que, como Bento
XVI havia feito com Summorum Pontificum em 2007, ele também desejava explicar os
“motivos que levaram [sua] decisão” de restringir a Missa em latim tradicional.

O primeiro entre eles, diz ele, são os resultados da pesquisa enviada aos bispos
de todo o mundo pela CDF. O Papa Francisco explica:  

> “Instruí a Congregação para a Doutrina da Fé a distribuir um questionário aos
> bispos sobre a implementação do  Motu proprio Summorum Pontificum. As
> respostas revelam uma situação que me preocupa e entristece e que me convence
> da necessidade de intervir. Lamentavelmente, o objetivo pastoral dos meus
> Predecessores, que pretendiam “fazer todo o possível para que todos aqueles
> que realmente possuíam o desejo de unidade encontrassem a possibilidade de
> permanecer nesta unidade ou de a redescobrir”, foi muitas vezes
> desconsiderado. Uma oportunidade oferecida por São João Paulo II e, com ainda
> maior magnanimidade, por Bento XVI, destinada a resgatar a unidade de um corpo
> eclesial com sensibilidades litúrgicas diversas, foi aproveitada para alargar
> as lacunas, reforçar as divergências e suscitar divergências que ferem a
> Igreja, bloqueiam seu caminho e expõem-na ao perigo de divisão”.

Com base nesses resultados, o Papa Francisco conclui que:

> “Em defesa da unidade do Corpo de Cristo, sou obrigado a revogar a faculdade
> concedida pelos meus Predecessores. O uso distorcido que tem sido feito desta
> faculdade é contrário às intenções que levaram a conceder a liberdade de
> celebrar a Missa com o  Missale Romanum  de 1962. ”

Mais adiante, na carta que acompanha, uma outra referência é feita aos
resultados do questionário. Papa Francisco diz:

> “Respondendo aos seus pedidos, tomo a firme decisão de revogar todas as
> normas, instruções, permissões e costumes que precedem o presente  Motu
> proprio, e declaro que os livros litúrgicos promulgados pelos santos
> Pontífices Paulo VI e João Paulo II, em conformidade com os decretos do
> Concílio Vaticano II, constituem a expressão única [ unica ] da  lex orandi
>  do Rito Romano”.

Segundo o Papa Francisco, então, a consulta aos bispos desempenhou um papel
fundamental em sua decisão de restringir severamente a Missa tradicional. Como
ele mesmo disse, os resultados o “preocuparam e entristeceram” tanto que o
“persuadiram” a “intervir. ” E ordenou que o decreto entrasse em vigor
imediatamente.

Após a promulgação de Traditionis Custodes, considerável especulação girava em
torno da pesquisa, mas o Vaticano não publicou seus resultados.

Um superior da CDF se manifesta

Quatro dias depois, em 20 de julho de 2021, uma entrevista ao Catholic News
Service apareceu no National Catholic Reporter e na America Magazine , na qual o
superior da CDF, o arcebispo Augustine Di Noia, que atua como secretário adjunto
na Congregação para a Doutrina da Fé, expressou seu apoio à narrativa oficial
apresentada pelo Papa Francisco. Di Noia insistiu que a carta que acompanhava o
Papa “destemidamente acerta o prego na cabeça: o movimento tradicional da missa
latina sequestrou as iniciativas de São João Paulo II e de Bento XVI para seus
próprios fins”.

Surgem perguntas

Mas Traditionis Custodes reflete verdadeiramente a situação real? Foi justo o
questionário aos bispos de todo o mundo, no qual o Papa Francisco disse ter
baseado sua decisão? Seria essa consulta considerada justa se parte do conteúdo
de Traditionis Custodes já tivesse sido sugerido durante uma reunião plenária da
CDF, no final de janeiro de 2020, que deu lugar a uma consulta que se destinava
a justificar as decisões tomadas em Traditionis Custodes? Poderia ser chamada de
justa se descobrisse que havia um segundo relatório paralelo criado dentro da
Congregação para a Doutrina da Fé, que foi concluído antes de todas as respostas
dos bispos terem sido recebidas pela CDF? E poderia ser considerado justo se
Traditinis Custodes não representasse com precisão o relatório principal e
detalhado preparado para o Papa Francisco pela quarta seção da CDF, ou seja, a
antiga Ecclesia Dei? Muitas pessoas, de fato, sabiam que este relatório estava
sendo preparado.

Vamos examinar o que agora veio à luz sobre cada uma dessas três questões.

A Sessão Plenária de 2020

À nossa primeira pergunta: faria sentido pensar que Traditionis Custodes
foi apenas o resultado da consulta aos bispos de todo o mundo, quando agora
sabemos que no final de janeiro de 2020 teve lugar uma sessão plenária da
Congregação para a Doutrina da Fé , onde três cardeais já lançavam as bases para
o Motu Proprio de 16 de julho de 2021?

Na tarde do dia 29 de janeiro de 2020, uma sessão plenária foi realizada para
discutir a quarta seção da Congregação para a Doutrina da Fé, o que antes era
conhecido como Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, na qual o Prefeito da
Congregação para o Doutrina da Fé, Cardeal Luis Ladaria, SJ, não esteve presente
devido a problemas de saúde.

Antes de continuar, devo dizer que é amplamente considerado que o Cardeal
Ladaria estava “relutante” em publicar Traditionis Custodes. Diz-se que ele é um
bom homem, extremamente discreto, mas que não irá contra a vontade do Santo
Padre.

Na ausência do cardeal Ladaria, a assembléia foi presidida pelo secretário da
CDF, o arcebispo Giacomo Morandi. Morandi, alguns devem se lembrar, foi nomeado
subsecretário da CDF em 2015, antes que três funcionários do Cardeal Muller
fossem demitidos. Quando o cardeal Müller foi “deposto” em 2017 e o cardeal
Ladaria foi nomeado prefeito, Morandi foi promovido a secretário.

Também estiveram presentes na sessão plenária de 29 de janeiro de 2020 outros
membros da CDF, incluindo o Secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal italiano
Pietro Parolin; o cardeal canadense Marc Ouellet, prefeito da Congregação para
os Bispos; o cardeal italiano Giuseppe Versaldi, prefeito da Congregação para a
Educação Católica; o cardeal Beniamino Stella, então prefeito da Congregação
para o Clero, os cardeais americanos Sean Patrick O’Malley e Donald Wuerl; o
arcebispo italiano Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a
Promoção da Nova Evangelização; o arcebispo Charles Scicluna de Malta, que atua
como secretário adjunto da CDF; o cardeal francês Jean-Pierre Ricard, o
arcebispo francês Roland Minnerath e outros. O Papa não estava nesta reunião.

De acordo com fontes confiáveis, o cardeal Parolin, o cardeal Ouellet e o
cardeal Versaldi estavam conduzindo a discussão e conduzindo-a em uma direção
definida.

Para dar uma ideia do que foi dito, um cardeal – que é considerado mais um
“acólito” do que um líder de gangue – expressou o alarme de que cerca de 13.000
jovens se inscreveram para a peregrinação de Chartres. Ele disse que precisamos
descobrir por que esses jovens são atraídos para a missa tradicional e explicou
aos outros presentes que muitos desses jovens têm “problemas psicológicos e
sociológicos”. O cardeal em questão tem formação em direito canônico e
psicologia, então suas observações sobre “problemas psicológicos” teriam tido
mais peso, especialmente com bispos e cardeais que não estão familiarizados com
a missa latina tradicional ou círculos de missa latina.

Outro cardeal disse que pela pouca experiência que teve, “esses grupos não
aceitam mudanças” e “participam sem concelebrar”. A CDF deveria, portanto, pedir
um “sinal concreto de comunhão, de reconhecimento da validade da Missa de Paulo
VI”, insistiu ele, acrescentando que “não podemos continuar assim”. Ele apoiou a
preocupação de que esses grupos atraiam os jovens e pediu que fossem encontradas
formas concretas de demonstrar que essas pessoas estão na Igreja.

Um arcebispo italiano disse que concordava que a CDF não deveria retomar as
discussões com a FSSPX, porque “não há diálogo com surdos”. Ele lamentou que o
Papa Francisco tivesse feito concessões à FSSPX no Ano da Misericórdia, mas não
estava recebendo nada em troca.

A reunião de uma hora e meia terminou com a seguinte citação: “A tradição é a fé
viva dos mortos. O tradicionalismo é a fé morta dos vivos”.

Apesar da variedade de observações oferecidas nesta sessão plenária – que,
novamente, durou uma hora e meia – houve apenas uma conclusão nas propostas
finais apresentadas ao Santo Padre. E qual foi? Estudar cuidadosamente a
eventual transferência de competência sobre os Institutos Ecclesia Dei e outros
assuntos tratados pela Quarta Seção, para outros dicastérios do Vaticano que
tratam de assuntos relacionados: a Congregação para o Culto Divino, a
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Apostólica
Vida (também conhecida como Congregação para os Religiosos) e a Congregação para
o Clero.

Nos artigos 6 e 7 de Traditionis Custodes, o Papa Francisco estabelece as
seguintes normas:

> Art. 6 .: Os Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica,
> erigidos pela Pontifícia Comissão  Ecclesia Dei , são da competência da
> Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida
> Apostólica.
> 
> Art. 7: A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e a
> Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida
> Apostólica, para assuntos de sua competência particular, exercem a autoridade
> da Santa Sé no que diz respeito à observância destas disposições.

Lembre-se de que o questionário foi enviado cinco meses depois, em maio de 2020.
Não se sabe quem escreveu as perguntas.

Portanto, parece que a bola já estava cantada na sessão plenária no final de
janeiro de 2020.

Um segundo relatório paralelo

Agora, a nossa segunda pergunta: poderia o questionário ser considerado justo se
descobrissêmos que havia um segundo relatório paralelo criado dentro da seção
doutrinária da Congregação para a Doutrina da Fé, que foi concluído antes mesmo
de todas as respostas dos bispos terem sido recebidas pela CDF?

Fontes confiáveis confirmaram que, enquanto o relatório principal estava sendo
preparado, os superiores da CDF encomendaram um segundo relatório para ter
certeza de que o relatório principal refletia o feedback dos bispos. A
Congregação teria que ter certeza de que o relatório principal não chegasse
apenas às conclusões usuais, por exemplo, que a Missa tradicional é um elemento
positivo na vida da Igreja, etc., etc., etc. O segundo relatório foi, portanto,
elabnorado como uma espécie de segunda opinião, uma verificação do relatório
principal. Os superiores da CDF, portanto, encarregaram um oficial da seção
doutrinária para escrever seu próprio relatório.

É importante ter em mente que as respostas teriam chegado por correio ou e-mail,
ou por meio das nunciaturas ou conferências episcopais.

Para revisar o cronograma de como as coisas se desenrolaram: a sessão plenária
acima referida realizou-se em janeiro de 2020. O questionário foi enviado no mês
de maio seguinte. Os bispos tiveram até outubro de 2020 para responder, mas como
acontece com as coisas romanas, as respostas continuaram a chegar até janeiro de
2021 e todas foram recebidas, revisadas e consideradas para o relatório
principal.

Quanto ao segundo relatório paralelo, não se sabe se o funcionário encarregado
da redação do relatório foi instruído a tirar certas conclusões.

O que é certo é que o segundo relatório paralelo, que eu sei foi encomendado por
volta de novembro de 2020, foi entregue antes do Natal. No entanto, neste ponto,
a CDF ainda estava recebendo e processando respostas à pesquisa, e o fez até
janeiro de 2021. Portanto, o segundo relatório estava certamente incompleto, e
também provavelmente superficial, dada a rapidez com que foi concluído, o volume
de material para ser analisado e o fato de o material estar sendo recebido em
quatro ou cinco idiomas.

Então, dois relatórios foram preparados. Aquele que melhor se adequava a
determinada agenda foi escolhido como base para Traditionis Custodes? Ou os
responsáveis - percebendo que o material que chegou à CDF não refletiria ou
justificaria o que aqueles que pressionavam por restrições queriam provar –
encomendaram o segundo relatório e o concluíram em menos de um mês para que uma
espécie de texto paralelo poderia ser oferecido ao Santo Padre?

Não se sabe se o Papa Francisco leu o segundo relatório, ou se o recebeu antes
ou depois do relatório principal. Foi mantida toda discrição.

Mas o que está vindo à luz, e vamos olhar para este assunto seguinte, é
que Traditionis Custodes não reflete as premissas ou conclusões do relatório
detalhado principal. Portanto, a questão é: ele reflete as premissas e
conclusões de outro relatório? Poderia ser este o segundo relatório? Ou poderia
talvez não refletir as conclusões de qualquer relatório, mas foi elaborado de
outra forma.

O Relatório Principal

Agora, a nossa terceira pergunta: poderia ser considerado justo se Traditionis
Custodes não representasse com precisão o relatório principal e detalhado
preparado para o Papa Francisco pela Congregação para a Doutrina da Fé?

Anteriormente, mencionei uma entrevista que apresentava o secretário adjunto da
CDF, o arcebispo Augustine Di Noia, e foi publicada em 20 de julho de 2021,
apenas quatro dias após a promulgação de Traditionis Custodes.  

Insistindo que estava falando “como teólogo” e não como oficial da CDF, o
arcebispo Di Noia pareceu se distanciar do questionário, dizendo que não tinha
os resultados. Ele também minimizou a importância da consulta, dizendo que a
“justificativa do Papa para a revogação de todas as disposições anteriores nesta
área não é baseada nos resultados do questionário, mas apenas ocasionada por
eles ”. Uma formulação um tanto estranha, dada a própria explicação do Papa
Francisco de seus motivos.

O artigo é apresentado como o resumo de uma correspondência ou telefonema por
e-mail, então talvez o arcebispo Di Noia não tivesse o relatório em sua mesa
quando segurava o telefone ou respondia por e-mail. Mas, como superior da CDF, é
impossível, é inconcebível que ele não tivesse ao menos acesso a esse relatório,
que foi elaborado pela Congregação para a Doutrina da Fé. Você não precisa ser
um Einstein para descobrir isso.

Uma pessoa poderia dizer: “Como teólogo, não tenho os resultados” quando, como
superior da CDF, você teria recebido uma cópia antecipada e estaria presente
quando o relatório preliminar foi revisado? O sumário executivo foi visto em
forma de rascunho por alguns na CDF.

Como um aparte, o artigo também afirma que o Papa Francisco “provavelmente
consultou ou pelo menos deu cópias antecipadas do documento ao Papa emérito
Bento XVI”. Disseram-me que o artigo que publiquei no Remnant em 1º de junho de
2021, seis semanas antes da promulgação de Traditionis Custodes, e que descrevia
o que estava no primeiro e terceiro rascunhos, foi entregue ao Papa Bento XVI.
Uma fonte confiável me disse depois que o papa emérito ficou “chocado”.
Portanto, é difícil acreditar que ele foi consultado de alguma forma
significativa.

O Papa Francisco recebeu o relatório principal? Fontes dizem que durante uma
audiência com o prefeito da CDF, cardeal Ladaria, o Papa Francisco literalmente
arrebatou a cópia de trabalho do relatório de suas mãos, dizendo que o queria
imediatamente porque estava curioso sobre ele. Se o Papa Francisco realmente leu
o relatório principal, não se sabe.

Conteúdo do Relatório Principal à Luz da Consulta

Pelo que sei, o relatório principal foi muito completo e dividido em várias
seções. Uma parte foi muito analítica, oferecendo análises diocese por diocese,
país por país, região por região, continente por continente, com circulares e
gráficos. Outra parte foi um resumo onde toda a argumentação foi apresentada,
junto com recomendações e tendências. E que eu saiba, uma parte do relatório
continha citações tiradas das respostas que vieram de cada diocese. Esta coleção
de citações teria sido incluída para dar ao Santo Padre uma amostra completa do
que os bispos disseram.

Eu havia relatado em junho que apenas um terço dos bispos do mundo responderam à
pesquisa. Pode-se argumentar que esta não é uma má representação, visto que não
se esperaria necessariamente uma resposta de muitos países, por exemplo, onde a
liturgia bizantina ou outras liturgias orientais são celebradas.

Nas regiões onde a missa tradicional é mais difundida (ou seja, França, Estados
Unidos e Inglaterra), a situação é muito favorável. A CDF recebeu resposta de
65-75% desses países, e dessa porcentagem mais de 50% foram favoráveis. Isso
teria se refletido no relatório principal.

O sumário executivo também teria refletido que há muitos frutos nascendo da
missa tradicional.

O que uma pessoa razoável teria tirado do relatório principal? Que uma maioria
razoável de bispos, usando palavras diferentes e de maneiras diferentes,
basicamente estava enviando a mensagem: “Summorum Pontificum está bem. Não toque
nisso”. Certamente não teria sido 80 por cento que disse isso desta forma. Mas
mais de 35 por cento dos bispos teriam dito: “Não toque em nada, deixe tudo como
está”. Além disso, outra porcentagem de bispos teria dito: “Basicamente, não
toque nisso, mas haveria uma ou duas coisas que eu sugeriria, como um bispo
tendo um pouco mais de controle”. Até mesmo alguns dos bispos que deram as
respostas mais positivas ao questionário fizeram esse tipo de comentários ou
sugestões.

Ao todo, então, mais de 60 por cento a dois terços dos bispos concordariam em
manter o curso, talvez com algumas pequenas modificações. A mensagem era
basicamente deixar Summorum Pontificum em paz e continuar com uma aplicação
prudente e cuidadosa.

O relatório principal falava de áreas onde há espaço para melhorias, como mais
formação em seminários. Alguns bispos falaram da necessidade de mais formação na
Forma Extraordinária e da necessidade de uma boa liturgia em geral. Alguns
bispos teriam falado da necessidade de mais latim. Em vez disso, como vemos em
Traditionis Custodes, o oposto é que foi decretado.

Do que é de meu conhecimento, o que realmente aconteceu é que tudo o que era
auxiliar no relatório principal foi projetado como um grande problema e foi
expandido, ampliado de forma extremamente desproporcional. Considere o problema
da unidade. Essa falta de unidade, pelo que disseram os bispos, veio de ambas as
direções, não apenas de grupos tradicionais.

Alguns bispos – embora não celebrem a missa tradicional eles mesmos – disseram
que estão felizes com o fato de os fiéis terem um lugar para ir. Eles dizem que,
além dos malucos que se pode encontrar nos círculos tradicionais – e igualmente,
se não mais, em outros lugares – geralmente esses grupos são compostos de jovens
casais com muitos filhos. Eles rezam, ajudam financeiramente a paróquia e a
diocese, estão envolvidos na vida paroquial e diocesana muito ativamente. Eles
são bem formados e apreciam boa música. Comentários muito positivos.

Mais uma vez, a respeito da formação dos seminários, alguns bispos disseram que
gostariam de ter uma maior presença da Forma Extraordinária da Missa em seu
seminário e entre os padres mais jovens, mas eles não podem fazer mais do que
estão fazendo atualmente, porque os padres mais velhos, especialmente aqueles
que viveram a transição de antes para depois do Vaticano II, criariam estragos
na diocese. Esses padres mais velhos veriam algo em que estiveram altamente
envolvidos e que lhes foi apresentado como uma espécie de vitória, varrida pelos
padres mais jovens e por um bispo solidário, que é mais favorável à tradição do
que ao objeto de sua vitória. Esse tipo de resposta, embora uma pequena
porcentagem, não se limitou a uma localização geográfica.

Curiosamente, na Ásia, alguns bispos disseram que têm um problema com a língua
latina, porque ela vem de uma região diferente, o que é perfeitamente
compreensível. Eles efetivamente disseram à CDF: Ficaríamos muito felizes se
alguém de Roma viesse ensinar nossos padres, para que eles pudessem oferecer a
Forma Extraordinária. No nosso seminário não temos porque os padres não sabem
latim e não sabem celebrar. Ficaríamos felizes em tê-la porque aumenta a oração
e a devoção. Mas tudo isso desapareceu e não recebeu nenhuma menção
em Traditinis Custodes.  

Obviamente, alguns bispos fizeram comentários negativos, mas fontes confiáveis
dizem que nem as respostas, nem o relatório principal, foram predominantemente
negativos.

A situação verdadeiramente trágica, segundo me disseram, é na Itália. Em muitas
dioceses além de lugares como Roma, Milão, Nápoles e Gênova, e talvez alguns
outros, Summorum Pontificum mal foi implementado, se é que foi implementado. No
entanto, muitos bispos, que não têm nenhum conhecimento prático da implementação
de Summorum Pontificum, responderam em termos ideológicos, dizendo (e eu
parafraseio): “Isso não pode ser. Não reflete o Vaticano II. ”

Há até motivos para acreditar que alguns dos bispos italianos foram treinados em
suas respostas. A Itália tem quase 200 bispos de origens muito diferentes. Eles
vêm de diferentes localizações geográficas, seminários e universidades, e
experiências de formação sacerdotal. Ainda assim, muitos deles, em sua resposta,
usaram a mesma frase, “retorno ao regime pré-Summorum Pontificum”. Em italiano,
a frase é: “Tornare al regime precedente di Summorum Pontificum”. Isso é um
tanto estranho, especialmente quando até bispos que não têm nenhuma presença
real da Forma Extraordinária em sua diocese a incorporam em suas respostas.

Outro ponto: no artigo mencionado anteriormente, o arcebispo Di Noia afirmou que
“a coisa ficou totalmente fora de controle e se tornou um movimento,
especialmente nos Estados Unidos, França e Inglaterra”. (Na verdade, estes não
são países onde a missa tradicional em latim está “fora de controle”, mas
simplesmente difundida.) Mas, uma vez que Traditionis Custodes fornece meios
para assumir o controle desta situação “fora de controle”, de acordo com Di
Noia, seria de se pensar que os bispos americanos, franceses e ingleses o teriam
aplicado imediatamente com a interpretação mais forte possível. Provavelmente,
eles teriam se aproveitado do fato de que era imediatamente aplicável, mas isso
não aconteceu. Então, onde está o “fora de controle”?

Isso se refletiu nas respostas dos bispos após a promulgação de Traditinis
Custodes. A primeira reação muitas vezes era decretar que tudo continuaria como
está, até que houvesse tempo para estudar, discutir, etc. Onde os bispos já se
opunham à Forma Extraordinária, eles decidiram ser mais santos que o Papa e
proibi-la. Mas a maioria dos bispos disse que garantiria o cuidado pastoral
daqueles que participam da missa tradicional em latim. Isso está de acordo com a
forma como os bispos se expressaram em suas respostas à pesquisa. Na verdade,
quando esses decretos foram publicados, eles refletiam o tom que o bispo havia
usado ao responder.

O ponto-chave, como provavelmente já se deve ter percebido, é que as premissas e
conclusões de Traditionis Custodes não são as mesmas apresentadas no relatório
principal detalhado produzido pela Congregação para a Doutrina da
Fé. Traditionis Custodes não foi consistente com o que o relatório principal
recomendou ou revelou. Como disse uma fonte: “O que eles estão realmente
interessados em fazer é cancelar a Missa Antiga, porque a odeiam”.

Como mencionei antes, que eu saiba, uma parte do relatório continha citações
tiradas das respostas recebidas de cada diocese. O objetivo era fornecer ao
Santo Padre uma amostra representativa de respostas e foram divididas em várias
categorias. Estas incluíram: “avaliações negativas sobre a atitude de certos
fiéis”; “No isolamento da comunidade”; uma seção muito breve “sobre a
irrelevância do FE (Forma Extraordinária) para as pessoas”; “Sobre a necessidade
e / ou adequação pastoral da FE”; “Aqueles a quem a FE atrai”; uma considerável
seção de citações sobre “o valor da FE para a paz e a unidade da Igreja”; “Sobre
o valor teológico litúrgico e catequético da FE”; “Sobre o valor histórico do
FE”; “Sobre a influência da FE na FO (Forma Ordinária)”; “Sobre a influência da
FE nos seminários e / ou casas de formação”; e uma longa seção final de
“propostas para o futuro”. Pode-se ver pelas citações incluídas que os
resultados não foram cobertos de açúcar. Vamos considerar apenas alguns deles
das várias categorias (FE = Forma Extraordinária; FE = Forma Ordinária):

Avaliações negativas sobre a atitude de certos fiéis

Em um sentido negativo, [a FE] pode fomentar um sentimento de superioridade
entre os fiéis, mas na medida em que esse rito foi mais amplamente usado, esse
sentimento diminuiu (Um Bispo da Inglaterra, resposta à pergunta 3).

Não vejo aspectos negativos no uso de FE como tal. Quando há aspectos negativos,
eles se devem às atitudes negativas de quem tem opiniões fortes em uma ou outra
direção a respeito dessa forma de celebração. Quando é a ideologia, e não o bem
pastoral da Igreja, que orienta o discernimento sobre o uso do FE, surge o
conflito e a divisão. Repito: isso é algo extrínseco ao próprio uso da Missa (Um
Bispo dos Estados Unidos, resposta à pergunta 3).

Pode haver uma tendência entre alguns dos fiéis de ver esta [a FE] como a única
missa “verdadeira”, mas acho que isso vem do fato de que essas pessoas foram
vistas como “estranhas” ou marginalizadas. Se você tentar “regularizar” tanto
quanto possível, essas pessoas se sentirão cuidadas e guiadas pastoralmente, e
poderão ser muito fiéis e leais (um bispo da Inglaterra, resposta à pergunta 3).

Os aspectos [da FE] em si são apenas positivos: é um grande dom para todos
poderem conhecer e assistir à festa de forma extraordinária. Os aspectos
negativos só estão presentes na medida em que essas celebrações são celebradas e
/ ou frequentadas por pessoas desequilibradas ou ideologizadas (Um Bispo da
Itália, resposta à pergunta 3).

A divisão e a discórdia não vêm do uso do FE, mas da percepção das pessoas sobre
quem frequenta. As pessoas são vinculadas a motivações e tendências que não são
verdadeiras (um bispo dos Estados Unidos, resposta à pergunta 3).

Sobre a irrelevância do FE para as pessoas

Às vezes, a forma não foi aplicada para o bem das almas, mas para satisfazer os
gostos pessoais do presbítero (um bispo da Itália, resposta à pergunta 4).

Sobre a necessidade e / ou conveniência pastoral da FE

A oferta atual de missas e celebrações na FE atende às necessidades pastorais
dos fiéis. Os conflitos iniciais sobre o estabelecimento de missas na FE foram
resolvidos pacificamente nos últimos anos (Relatório Conjunto da Conferência
Episcopal Alemã, resposta à pergunta 1).

A FE oferece aos fiéis um contexto para crescer na santidade por meio de uma
celebração eucarística que aprofunda sua comunhão com Cristo e com os outros de
uma forma que corresponda às suas sensibilidades. Uma afirmação semelhante pode
ser feita sobre outras pessoas que crescem espiritual e eclesialmente por meio
de formas de celebração mais contemporâneas (um bispo dos Estados Unidos,
resposta à pergunta 3).

A atração exercida pela FE é tanto uma reação a uma celebração menos que
satisfatória da FO quanto um desejo específico de uma liturgia latina (um bispo
dos Estados Unidos, resposta à pergunta 9).

A FE atrai a esses

Este movimento atrai muitas famílias jovens que se sentem confortáveis com esta
liturgia e com as atividades que são oferecidas em torno dela. Acho que essa
diversidade é boa na Igreja, e que a diminuição do número de praticantes não
deve gerar a todo custo uma uniformidade de propostas. Esta forma litúrgica é
nutritiva para muitos. Existe um sentido do sagrado que é agradável e que
orienta para Deus (Um Bispo da França, resposta à pergunta 3).

Observamos que essas famílias participam de muitos eventos vocacionais e juvenis
diocesanos em uma proporção muito maior do que qualquer outro grupo (um bispo
dos Estados Unidos, resposta à pergunta 9).

As missas FE em nossa diocese atraem algumas famílias devotas. Enquanto alguns
dos pais “educam em casa”, outros colocam os filhos nas escolas católicas
locais. Essas famílias abraçam muitos dos princípios promovidos pelo Vaticano
II, incluindo a necessidade de cultivar a Igreja doméstica e o apelo universal à
santidade (Um Bispo dos Estados Unidos, resposta à pergunta 3).

Um número significativo de jovens fervorosos se sentem nutridos – não
exclusivamente – pela FE. A presença pacífica da FE permite que alguns jovens
(aliás, típicos da sua geração) que sentem um apelo ao sacerdócio confiem na
Diocese (Um Bispo de França, resposta à pergunta 8).

Sobre o valor da FE para a paz e a unidade da Igreja

A FE, sob a direção prudente do Ordinário, permitiu que mais católicos pudessem
rezar de acordo com seu desejo e dissipou os conflitos de antes. Sua presença
silenciosa não deve ser perturbada (Um Bispo da Inglaterra, resposta à pergunta
9).

O aspecto mais positivo do uso da FE é que agora não há mais nenhum “clã”
reivindicando a “verdadeira missa”. O mistério eucarístico foi libertado de uma
divisão ideológica muito prejudicial. Isso foi uma grande vantagem para a
percepção da unidade da Igreja realizada em torno da Eucaristia (Um Bispo da
França, resposta à pergunta 3).

Eu veria como um benefício para toda a Igreja se a Santa Sé continuasse a apoiar
os fiéis católicos que estão ligados à FE de Rito Romano. Mesmo em termos
gerais, promover diferenças genuínas de pensamento e expressão é um benefício
para a Igreja universal. Ter uma seção dedicada a ela na CDF é útil, quando
desenvolvimentos litúrgicos ou esclarecimentos são necessários. De acordo com as
normas universais, nossa Arquidiocese também se comprometeu a estabelecer um
diálogo com os líderes locais e nacionais da FSSPX. Creio que este passo
positivo foi facilitado pela existência de Summorum Pontificum e das comunidades
que ele fomentou (Um Bispo dos Estados Unidos, resposta à pergunta 9).

Creio que muitos dos que se sentiram separados da Igreja e foram para
comunidades extra-eclesiais se sentiram acolhidos de volta à estrutura da Igreja
por causa de Summorum Pontificum (Bispo dos Estados Unidos, resposta à pergunta
3).

Sobre o valor litúrgico, teológico e catequético da FE

Eu mesmo celebrei as ordenações presbitrais na FE quando não era minha forma
usual e pude apreciar sua riqueza, beleza e profundidade litúrgica (Bispo da
França, resposta à pergunta 3).

Não seria difícil dizer que, se fossem entrevistados, quase 100% dos que
frequentam a FE acreditam na presença real de Cristo na Eucaristia, enquanto
números drasticamente menores têm sido mostrados para os católicos que vão
predominantemente ao FO (Bispo dos Estados Unidos, resposta à pergunta 3).

Sobre a influência da FE na OF

Embora a EF não seja amplamente seguida, ele influencia a FO em uma direção
muito saudável, que eu resumiria como “em direção a uma maior devoção
[reverência]” (um bispo dos Estados Unidos, resposta à pergunta 9).

A FO e FE representam dois entendimentos diferentes da Eucaristia, Eclesiologia,
sacerdócio batismal e sacramento da Ordem (apenas para mencionar as diferenças
teológicas mais óbvias). Tentar adotar elementos da FE seria apenas enviar
sinais inconsistentes aos fiéis (um bispo do Japão, resposta à pergunta 5).

Dois párocos que aprenderam a FE posteriormente introduziram a celebração ad
orientem para algumas ou todas as suas missas, que foi bem recebida pelos seus
fiéis, que foram previamente catequizados. Além disso, para alguns dos nossos
sacerdotes, houve um maior cuidado com a hóstia consagrada, tanto através da
reintrodução e do uso habitual da patena da comunhão como através de um maior
cuidado do próprio sacerdote no altar (Um Bispo do Caribe, resposta a questão
5).

Propostas e / ou perspectivas para o futuro

A prática [de Summorum Pontificum] seguida até agora provou seu valor e, por
razões pastorais, não deve ser mudada (Relatório Conjunto da Conferência
Episcopal Alemã, resposta à pergunta 9).

Temo que sem a FE, muitas almas deixariam a Igreja (Um Bispo dos Estados Unidos,
resposta à pergunta 3).

Os movimentos eclesiais [como os ligados à FE] têm grande potencial de renovar a
Igreja (…). Ao mesmo tempo, os movimentos eclesiais também podem vagar por conta
própria, criando uma Igreja quase paralela e caindo em uma atitude elitista que
se vê apenas como “verdadeiros católicos”. Isso acontece quando eles são
deixados sozinhos. Em outras palavras, eles só podem renovar a Igreja se a
hierarquia se envolver com eles, permitindo que se desenvolvam segundo o
Espírito, mas também mantendo a comunhão com a Igreja. Quando os membros desses
movimentos se sentem desafiados ou ignorados por seus pastores, eles se retiram
e ficam ressentidos, mas quando sentem que seus pastores estão entre eles e os
orientam, então se tornam valiosos meios de evangelização (Um Bispo dos Estados
Unidos, resposta à pergunta 9).

Acho que esta é a melhor abordagem a ser usada sobre o uso da FE: a escola de
Gamaliel: “Se essa atividade for de origem humana, ela vai ser destruída, mas se
vier de Deus, vós não conseguireis derrotá-los; não vos encontrais lutando
contra Deus ”(At 5, 38-39) (idem).

Peça aos padres que celebram na FE que aprendam a celebrar na FO e a fazê-lo em
grandes encontros em torno do bispo, e também que possam prestar serviço nas
paróquias (Bispo de França, resposta à pergunta 9).

Devo afirmar, em sã consciência, que repensar as opções feitas é mais necessário
e urgente do que nunca (Um Bispo da Itália, resposta à pergunta 9).

Tenho a impressão de que qualquer intervenção explícita pode causar mais mal do
que bem: se a linha do Motu proprio for confirmada, as reações perplexas do
clero terão nova intensidade; se a linha do Motu proprio for negada, as reações
de dissidência e ressentimento dos amantes do antigo rito terão nova intensidade
(Um bispo da Itália, resposta à pergunta 9).

Não creio que seja apropriado revogá-lo ou limitá-lo com novas normas, para não
criar contrastes e novos conflitos, levando ao sentimento de falta de respeito
pelas minorias e suas sensibilidades (Um Bispo da Itália, resposta a questão 9).

Conclusão

O que nos espera? É difícil dizer. Alguns sugeriram que uma instrução de
implementação de Traditionis Custodes poderia ser publicada, talvez até o Natal,
mas isso ainda é desconhecido.

Nós nos acostumamos com a Santa Sé apoiando a paz litúrgica da Igreja, mas não
podemos mais considerar isso garantido. Em conclusão, e a título de conselho:

 1. Padres, grupos estáveis e fiéis devem abster-se de qualquer correspondência
    com a Santa Sé. Os que estão vinculados à missa tradicional em latim também
    devem evitar dar a impressão de que são “guerreiros” em sua diocese ou
    paróquia, que estão sempre protestando ou infelizes. O objetivo deve ser não
    perder a missa tradicional em latim como forma normal de oração. E, como
    filhos do Pai celestial, devemos orar pela hierarquia. Este é nosso dever.
 2. Os padres diocesanos individuais devem continuar a oferecer missas privadas,
    uma vez que o Missal de 1962 não foi revogado.
 3. Os bispos a quem o Santo Padre confiou a tarefa de guardar a tradição devem
    avaliar verdadeiramente se a implementação de Traditionis Custodes traria
    verdadeiros benefícios espirituais para o seu rebanho. Os bispos podem
    perceber que o que inspirou o Santo Padre é totalmente diferente da situação
    em sua própria diocese e agir de acordo com isso.

Hoje é o 450º aniversário da Batalha de Lepanto (1571) e comemora a vitória da
Santa Liga (uma aliança de Estados católicos comissionada para derrotar os
turcos) sobre a frota do Império Otomano. Foi a maior batalha naval da história
ocidental desde a antiguidade clássica. São Papa Pio V (1504-1572), que
comissionou a Santa Liga, colocou tanta ênfase no poder do Rosário quanto na
Santa Liga. Ele também é conhecido por seu papel no Concílio de Trento, por
codificar o Rosário e por promulgar o Missale Romanum de 1570 com a bula
papal Quo Primum. Com esta bula, o santo papa procurou assegurar que ninguém
jamais pudesse mudar a missa. Na Batalha de Lepanto, a única coisa que existia
entre a Europa e sua destruição certa foram os homens da cristandade dispostos a
responder ao chamado da Igreja, e sua disponibilidade para rezar o Rosário em
defesa da Europa católica. Que tais homens se levantem hoje na defesa da
liturgia romana tradicional, e que Nossa Senhora tenha a vitória!




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Tags: Traditionis Custodes


6 outubro, 2021


ESTATÍSTICA É ESTATÍSTICA. SEGUNDO O RELATÓRIO SAUVÉ: 80% DOS ABUSOS SEXUAIS NA
IGREJA FORAM HOMOSSEXUAIS.

Por Que no te la cuenten, 6 de outubro de 2021 | Tradução: FratresInUnum.com – A
estatística é a estatística; e quando realizada por meios tão díspares como o
The New York Times e a própria Conferência Episcopal Francesa, dificilmente se
unem em consenso para mentir.

Ora, surgiu recentemente um novo relatório acerca dos abusos sexuais cometidos
pelo clero nas últimas décadas. E o que se diz? O que vimos salietando há anos:
que a imensa maioria de abusos foram abusos homossexuais.

– 2019. Relatório Pensilvânia (EUA): 80% dos abusos sexuais do clero foram
abusos homossexuais.

– 2021 (04 de Outubro). Relatório Sauvé (França): 80% dos abusos sexuais do
clero foram abusos homossexuais.



“Mas, padre! Não é porque alguém tem estas tendências que necessariamente será
um pederasta!” — dirá alguém.

Sim, é verdade. Porque todos somos chamados à santidade; mesmos os que têm estas
tendências.

Mas assim como não convém dar fósforo e combustível a um pirómano, ou ao viciado
em jogos dar-lhe entrada gratuita ao cassino, a Igreja ordenou que não
ingressassem ao seminário pessoas com tendências homossexuais arraigadas.

Porque estatística é estatística.

São Pedro Damião, ora pro nobis!

Que no te la cuenten…

P. Javier Olivera Ravasi, SE


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Tags: Atualidades, Moral


29 setembro, 2021


PERSEGUIÇÃO EM MARÍLIA: DOM CIPOLINI PROÍBE A MISSA TRADICIONAL.

Por FratresInUnum.com, 29 de setembro de 2021 — Chegam-nos notícias da Diocese
de Marília de que Dom Luiz Antonio Cipolini (não confundir com Dom Pedro Carlos
Cipolini, bispo de Santo André e seu irmão de sangue) acaba de proibir a Missa
Tradicional.



Na imagem, Dom Luiz Cipoli encontra-se com o Papa Francisco em setembro de 2019.

Vamos colocar trechos de uma mensagem enviada por um fiel, intercalados com
comentários nossos.

“Vale notar que, com Summorum Pontificum em pleno vigor, o bispo permitiu a
Missa Tridentina apenas uma vez por mês. Os fiéis pediram aumento da frequência
das Missas por várias vezes, mas sem sucesso. Na verdade, Traditionis Custodes
já estava em prática nessa Diocese do Oeste Paulista”.

Em outras palavras, o bispo já desobedecia o Motu Proprio anterior, abusando de
sua autoridade contra uma legítima solicitação dos seus fiéis.

“Contudo, ao entrar o Traditionis Custodes, Dom Luiz Antonio Cipolini encontrou
a ocasião para liquidar com a Missa Tridentina, ‘em obediência ao papa’, como
ele escreveu a uma fiel”.

Trata-se daquela obediência seletiva. Quando o que a Santa Sé ordena está de
acordo com a ideologia, então impõe-se de maneira ditatorial aquilo que se quer;
mas quando o mandado não está ideologicamente alinhado, então se faz corpo mole
e não se atende aos princípios anteriores. É o que ocorreu com Dom Moacir Silva,
arcebispo de Ribeirão Preto: quando Summorum Pontificum foi promulgado, demorou
anos para permitir, a contragosto, sua implementação na sua diocese de então;
agora, com Traditionis Custodes, em menos de um mês lançou um decreto varrendo a
Missa Tradicional de Ribeirão Preto — e ainda é convidado pela CNBB para uma
live, a fim de explicar o documento bergogliano.

“Em média 100 fiéis iam às Missas mensais. Agora foram todos misericordiosamente
cancelados, mas com ‘bênção paternal’”.

É aquela velha misericórdia tão estimada na atual conjuntura eclesiástica: o
assassinato pastoral acompanhado por palavras doces e carinhosas.

“Quando o papa permitia a Missa Tridentina, o bispo de Marília a restringia.
Quando o papa injustamente a restringiu, o bispo de Marília a suprimiu. Em nome
da ‘comunhão’ e da ‘sinodalidade’”.

Sempre as mesmas “palavras-talismã”, que transfiguram as piores maldades em suma
caridade. Mas o pior vem aí:

“Enquanto isso, na diocese há livremente Missas sertanejas, de cerco de Jericó,
Missa afro e afins. Pe. Valdemar Cardoso, por exemplo, nacionalmente conhecido
pelas Missas que celebrava na Rede Vida, tem um consultório onde realiza
práticas esotéricas”.

De fato, Francisco não escreveu um Motu Proprio proibindo feitiçaria e
superstição, está supressa apenas a Missa Tridentina, que é perigosíssima e
causa grandes abalos na Igreja pós-Conciliar.

O referido padre, prossegue nosso leitor, “comete abusos litúrgicos selvagens e
fala na Missa, por exemplo, dos benefícios de se tomar o santo daime, substância
alucinógena, bem como dos espíritos que ele ‘vê’ durante a Missa, além de
interpretações violentas e espiritualmente destrutivas das leituras bíblicas.
Pe. Valdemar não visita doentes, não faz exéquias e conduz seus penitentes para
sua ‘clínica’, onde as ‘consultas’ são pagas. Ele frequenta abertamente
ambientes esotéricos, mas com ele não acontece nada. Já participou do Conselho
de Presbíteros e é atualmente membro do Colégio de Consultores, cujos
participantes são todos livremente nomeados pelo bispo. Muitas dessas
informações podem ser checadas na página ‘Paróquia Nossa Senhora da Glória –
Tupi Paulista’ ou na página do próprio padre”.

Daqui a pouco, é capaz que este sacerdote seja nomeado até bispo ou quem sabe
cardeal. Atualmente, até a cantora Anitta vai dividir palco com Francisco. Tudo
está interligado!

Agradecemos ao leitor que nos enviou as informações acima. Esperamos que essa
injustiça não prevaleça e os fiéis possam ser atendidos neste seu pedido tão
piedoso: poderem participar da Santa Missa Tridentina. Deus tenha misericórdia
da sua Igreja.


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Tags: CNBB, Dom Luiz Antonio Cipolini, Traditionis Custodes


25 setembro, 2021


LIBERA GERAL.

Por Jerônimo Lourenço – FratresInUnum.com, 25 de setembro de 2021: Em meados da
década de 1990, a apresentadora Xuxa Meneghel reinava absoluta nas tardes de
sábado da Rede Globo, com o seu programa homônimo Planeta Xuxa. Auxiliada por
suas paquitas, Xuxa animava a plateia alvoroçada ao som de Libera Geral, uma
canção bem sugestiva para um programa que foi responsável por introduzir o funk
no Brasil.

Quase trinta anos depois, o clima na Igreja Católica se assemelha muito ao das
tardes de sábado da Globo daquela época, como se a nave de Xuxa tivesse abduzido
o Corpo de Cristo e o levado para o “planeta” dela. De fato, por toda parte,
seja no ambão das Missas seja nas pastorais, não se ouve outra coisa senão:
“Libera geral”. 

Libera a comunhão para pecadores públicos, libera o celibato, libera o casamento
gay, libera o sincretismo, libera o paganismo, libera a camisinha, libera a
maconha, libera o aborto, libera a ordenação de mulheres… A lista é exaustiva
embora a criatividade não tenha fim. Para justificar tais pedidos, usa-se a
chamada “abordagem pastoral positiva e misericordiosa do Vaticano II”. Por isso,
quem apresenta objeções a essas patifarias é rotulado de “rígido”, “pervertido”
e “obreiro do demônio”.

Acontece que o Povo de Deus não é burro e existe uma coisa chamada sensus fidei
fidelium, do qual os leigos participam ativamente. Estes são capazes de
reconhecer quando uma pregação destoa dos ensinamentos de Cristo, ainda que não
consigam formular a própria perplexidade com a precisão teológica de um doutor.
Basta pensar nos muitos leigos da França, por exemplo, que se recusaram, durante
a Revolução, a ouvir os sermões de qualquer padre juramentado. Ou, então, para
não ir tão longe, nos fiéis que acham esquisito o fato de o sacerdote não mais
se ajoelhar diante da Eucaristia. Como advertiu Nosso Senhor, as ovelhas
conhecem a voz do seu pastor.

É por isso que, hoje, esse pedido de liberação do pecado chega aos ouvidos do
povo com um verniz pastoral sofisticado e falsamente amoroso. Doura-se o veneno
para ludibriar a vítima, enquanto os fiéis ao depósito da fé vão sendo
sumariamente calados e jogados ao ostracismo como se fossem leprosos. A verdade
precisa ser sufocada para a mentira prevalecer.

Dada a situação, podemos até acreditar por algum tempo que a verdadeira Igreja
de Cristo desapareceu e em seu lugar colocaram uma imitação barata, à imagem e
semelhança daqueles que a projetaram. A nova Igreja é horizontal, é do homem, da
mulher, do trans, do não-binário, atendendo ao gosto de todos; ela está aberta a
todas as inclinações, de modo que ninguém precisa mais daquele estilo de
catolicismo engessado, próprio do passado. Somente uns poucos saudosistas
deveriam querer sair do compasso. Mas as coisas precisam seguir seu curso,
imaginam, precisam caminhar com o bonde da história, sob pena de pecado contra o
Espírito, que dizem ser de Deus.

A natureza humana, no entanto, facilmente se cansa do picadeiro. Naturalmente,
as pessoas começam a pedir limites, regras, silêncio, orientação… E não se trata
de medo da liberdade ou de renúncia à autonomia, mas de colocar o trem de volta
ao trilho. Até para ser livre o homem precisa ser ordenado. 

Essa é a maravilha do fenômeno humano, que tão bem captou Machado de Assis em
seu conto A Igreja do Diabo. Na história, Satanás funda a sua própria religião
na qual os fiéis são livres para praticar todas as abominações imagináveis. Com
isso, o tinhoso acredita que destruirá para sempre a religião do verdadeiro
Deus, substituindo as santas virtudes pelos vícios deploráveis, prometendo “aos
seus discípulos e fiéis as delícias da terra, todas as glórias, os deleites mais
íntimos”. Ele confessa que é o diabo, mas “para retificar a noção que os homens
tinham dele e desmentir as histórias que a seu respeito contavam as velhas
beatas”.

A princípio, ele tem certo sucesso. Todavia, após alguns anos, o Diabo nota “que
muitos dos seus fiéis, às escondidas, praticavam as antigas virtudes”. E essa
descoberta o assombra profundamente, ao ponto que ele decide ir tirar
satisfações com Deus:

> Voou de novo ao céu, trêmulo de raiva, ansioso de conhecer a causa secreta de
> tão singular fenômeno. Deus ouviu-o com infinita complacência; não o
> interrompeu, não o repreendeu, não triunfou, sequer, daquela agonia satânica.
> Pôs os olhos nele, e disse-lhe:
> 
>  — Que queres tu, meu pobre Diabo? As capas de algodão têm agora franjas de
> seda, como as de veludo tiveram franjas de algodão. Que queres tu? É a eterna
> contradição humana.

Na mosca. O que os inimigos da Cruz não entendem é que, não importa quanto
bem-estar haja numa sociedade, os homens sempre terão o coração inquieto em
busca do verdadeiro Deus. Por isso, mesmo que seja oferecido a eles qualquer
arremedo de religião, qualquer espiritualidade que vise dar alguma sensação de
transcendência, eles sempre sentirão o apelo da graça os convidando para a grei
do Senhor. Desse modo, enquanto as falsas religiões vão definhando dia após dia,
a única Igreja de Cristo permanece intacta ao longo dos séculos, contra todas as
hostes infernais. Assim foi com a apostasia de Juliano, com o anglicanismo de
Henrique VIII e assim será também com esta nova religião, que querem nos
empurrar goela abaixo.

Como saiu do ar o Planeta Xuxa, sem deixar saudades, esta Igreja do Diabo sairá
de cena com suas paquitas, enquanto nas catacumbas os fiéis vão praticando, às
escondidas, o antigo culto e as antigas virtudes, para delírio de quem pede para
“liberar geral”, quando o que o povo quer mesmo é a santa clausura de um lugar
piedoso para rezar e adorar ao Bom Deus. Depois disso, que vamos dizer? Se Deus
é por nós, quem será contra nós?


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Tags: Atualidades


20 setembro, 2021


TRADITIONIS CUSTODES: OS ÚLTIMOS CARTUCHOS CONCILARES?

Por Padre Claude Barthe | Tradução: Hélio Dias Vianna – FratresInUnum.com, 20 de
setembro de 2021 – A não aceitação do Concílio Vaticano II centrou-se de forma
concreta na recusa da reforma litúrgica, embora alguns frequentadores da antiga
Missa afirmem sua adesão a intuições conciliares “bem interpretadas”. Em todo
caso, a existência da liturgia tradicional é um fenômeno persistente e até mesmo
crescente de não aceitação. Marginal? O papa Bergoglio, que deseja ser o papa da
plena realização do Vaticano II, chegou a se convencer de que o fenômeno é tão
importante que é necessário agir para erradicá-lo. Com isso, o que talvez seja
marginal certamente se tornou central: a Missa Tridentina foi apontada como o
mal a ser derrubado e os seminários treinando padres para celebrá-la, como
cânceres a serem eliminados. E isso com precedência a tudo.

Um retorno à violência original da reforma litúrgica

A liturgia tradicional é, porém, novamente proscrita, como sob Paulo VI. A Carta
que acompanha Traditionis Custodes explica sem ambiguidades o objetivo último do
texto pontifício: garantir “que voltemos a uma forma de celebração unitária”, a
nova liturgia. A decisão é brutal e peremptória: o Papa decide tanto o fim da
Missa tradicional quanto do mundo tradicional, ao qual acusa — e somente a ele!
— de minar a unidade da Igreja.

O Vaticano II, cujo grande projeto — uma abertura ao mundo moderno em sua
modernidade para que a Igreja seja mais escutada pelos homens desta época — é
uma espécie de ponto intermediário entre a ortodoxia tradicional e a heterodoxia
(neste caso, um relativismo neomodernista). A adoção de algumas proposições
ambíguas permite, por exemplo, afirmar que um cristão separado pode, enquanto
tal, como separado, estar em certa comunhão com a Igreja: segundo a Unitatis
redintegratio, Lutero, que pensava ter rompido com a Igreja do Papa, na
realidade teria permanecido um católico “imperfeito” (UR 3).

O Papa Francisco, desde a sua eleição, avançou tanto quanto possível sobre esta
linha vermelha: ele transmuta a colegialidade em sinodalidade, vai além de
Nostra ætate e do Dia de Assis com a declaração de Abu Dhabi, mas tem o cuidado
de não ultrapassar o limiar além do qual cairíamos — ou cairíamos mais
rapidamente — nesse niilismo para onde já se inclinam as mais ousadas teologias
progressistas. Como Paulo VI, ele permanece fiel ao celibato eclesiástico e ao
sacerdócio masculino, mas contornando a disciplina tradicional por meio dos
ministérios leigos que o Papa Montini havia aberto (instituição de ministros que
exercem funções clericais sem serem clérigos, para chegar provavelmente ao
ministério de diaconisas ou mesmo de presidente informal de uma Eucaristia), e
confiando aos leigos, homens e mulheres, responsabilidades quase jurisdicionais
(posições cada vez mais elevadas nos dicastérios romanos).

Em outras palavras, Francisco conserva o suficiente da instituição, mas continua
a esvaziá-la de sua substância doutrinária. De acordo com sua expressão, ele
derruba os muros:

 * A Humanæ vitæ e um conjunto de textos posteriores a esta encíclica
   preservaram a moral matrimonial da liberalização à qual o Concílio havia
   submetido a eclesiologia. A Amoris lætitia derrubou esse dique: quem vive em
   adultério público pode permanecer nele sem cometer pecado grave (AL 301).
 * [O motu proprio] Summorum Pontificum havia reconhecido um direito a este
   museu da Igreja de antes que é a antiga liturgia, com a catequese e os
   ofícios clericais relacionados com ela. A Traditionis custodes afastou essa
   tentativa de “retorno”: os novos livros litúrgicos são a única expressão da
   lex orandi do rito romano (TC, art. 1).

O fato é que o Papa e seus conselheiros correram grandes riscos ao adotarem
essas disposições tão violentas quanto apressadas. Comentaristas perplexos falam
da ignorância do papa latino-americano sobre o terreno eclesial ocidental;
sublinham o descarte contundente da grande obra de Bento XVI; apontam o dedo
para as contradições de um governo caótico, que esmaga o tradicionalismo “de
dentro” ao mesmo tempo em que concede faculdades equivalentes a um
semi-reconhecimento ao tradicionalismo “de fora”, ou seja, aos lefebvristas;
finalmente, ficam surpresos ao ver que enquanto o fogo do cisma crepita na
Alemanha e a heresia silenciosa se difunde em todos os lugares, uma prática
litúrgica totalmente inocente seja tachada de cisma ou heresia.

Mas podemos supor que o Papa e sua comitiva tenham apenas um encolher de ombros
diante dessas críticas. Para eles, a justificativa para o ataque repressivo é
crucial: a Missa Tridentina cristaliza a existência de uma Igreja dentro da
Igreja, já que representa uma lex orandi “anteconciliar” e, portanto,
“anticonciliar”. Segundo eles, pode-se transigir com os excessos da Igreja alemã
que, na pior das hipóteses, são demasiadamente conciliares, mas não se pode
tolerar a velha liturgia que é anticonciliar.

O Vaticano II e tudo o que dele provém não pode ser discutido! De maneira muito
característica, a Carta que acompanha Traditionis custodes infalibiliza o
Concílio: se a reforma litúrgica provém do Vaticano II e este foi um “exercício
solene de poder colegial”, duvidar que o Concílio se insere no dinamismo da
Tradição é “duvidar do próprio Espírito Santo que guia a Igreja”.

Uma repressão que chega tarde demais

Só que estamos em 2021,  não em 1969, durante a promulgação arejada e alegre do
novo missal, nem em 1985, época do livro Relatório Ratzinger e da Assembleia
Sinodal, que fez um balanço já preocupado dos frutos do Vaticano II, nem mesmo
em 2005, onde o surgimento da expressão “hermenêutica da reforma em
continuidade” se assemelhava fortemente a uma laboriosa tentativa de
recomposição de uma realidade que cada vez mais escapava. Hoje é tarde demais.

A instituição eclesial está como que letárgica, a missão extinta e, pelo menos
no Ocidente, a visibilidade em número de sacerdotes e fiéis evanescida. Andrea
Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio, todo o contrário de um
conservador, em seu último livro La Chiesa brucia. Crisis e futuro del
cristianesimo (A Igreja em chamas. Crise e o futuro do cristianismo) [1],
considera o incêndio de Notre-Dame de Paris como uma parábola da situação do
catolicismo e analisa seu colapso na Europa, país por país. Seu discurso é o
característico dos bergoglianos desapontados, que se tornam torcedores
desapontados do Concílio.

Não surpreende que autores muito mais desligados do que ele do aparato
eclesiástico deem gritos de alarme e não hesitem em dizer de onde vem o mal.
Como Jean-Marie Rouart, membro da Academia Francesa, em Este país de homens sem
Deus [2], para quem a batalha da sociedade ocidental perante o Islã está perdida
de antemão, quando apenas um “sobressalto cristão” poderia nos salvar, ou seja,
um retrocesso radical: a Igreja — escreve ele — “deve proceder ao equivalente a
uma Contra-Reforma, retornar a esta reforma cristã que lhe permitiu no século
XVII enfrentar vitoriosamente um protestantismo que a questionou” [3]. Ou
Patrick Buisson em O fim de um mundo[4], que dedica duas partes de seu grande
livro à situação do catolicismo: “O crash da fé” e “O sagrado massacrado”. “De
uma forma desconcertante e brutal”, escreve ele, “o rito tridentino, que foi o
rito oficial da Igreja latina durante quatro séculos, foi, da noite para o dia,
considerado indesejável, sua celebração proscrita e seus fiéis expulsos. [5]”.
Saímos do catolicismo para ir “para a religião conciliar”.

Além disso, em 2021 o equilíbrio de forças é muito diferente daquele dos anos
1970 entre aqueles que “fizeram o Concílio” e aqueles que sofreram suas
consequências. Andrea Riccardi, como todos os demais, faz esta observação
realista: “O tradicionalismo é uma realidade de certa importância na Igreja,
tanto na organização como nos recursos”. O mundo tradicional pode ser
minoritário (na França, de 8 a 10% dos praticantes), mas está crescendo em todos
os lugares, especialmente nos Estados Unidos. É jovem, fecundo de vocações —
pelo menos em comparação à fecundidade das paróquias —, capaz de assegurar a
transmissão catequética e é atraente para o jovem clero e para os seminaristas
diocesanos.

Aliás, foi isso que o Papa Bergoglio, vindo da Argentina, demorou a compreender,
até que os bispos italianos e os prelados da Cúria puseram diante de seus olhos
o aumento, para eles insuportável, do mundo tradicional, tanto mais visível
quanto ocorre no meio de um colapso geral. Era necessário, portanto, aplicar os
“remédios” apropriados, os mesmos que foram administrados no florescente
seminário de San Rafael, na Argentina, na Congregação dos Franciscanos da
Imaculada, da diocese de Albenga, na Itália, na diocese de San Luís na Argentina
etc..

Para uma saída “à frente” da crise

Porém, a Igreja conciliar não sai revitalizada e sua obra missionária continua a
definhar. Uma bateria de documentos tratou da missão: Ad Gentes, o decreto
conciliar de 1965; a exortação Evangelii nuntiandi, de 1975; a encíclica
Redemptoris missio, de 1990; o documento Diálogo e Anúncio, de 1991; as
exortações apostólicas que repetem incansavelmente o tema da nova evangelização,
Ecclesia in Africa, de 1995, Ecclesia in America, de 1999, Ecclesia in Asia, de
1999, Ecclesia in Oceania, de 2001, Ecclesia in Europa, de 2003. Criou-se um
Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização. Os colóquios se
multiplicaram, falando da missão que deve articular-se no diálogo; da
evangelização que não deve ser proselitismo etc. Nunca se falou tanto em missão,
nunca houve tão poucas conversões.

François Mitterrand disse, sobre a redução do desemprego, “tentamos de tudo”. Da
mesma forma, para salvar a Igreja depois do Vaticano II, a tentativa
representada pela eleição do Papa Bergoglio — a de maximizar o Concílio —,
fracassou; como finalmente fracassada deve-se admitir a tentativa representada
pela eleição do Papa Ratzinger, a de uma moderação do Concílio. Então, um passo
para trás? Sim, mas como uma saída “para frente”.

São numerosos, incluindo os apoiadores de ontem do Papa Bergoglio, os que
consideram a repressão brutal do mundo tradicional indefensável, já que
motivada, em última análise, pela única razão de que é muito vivo. Podemos
imaginar que a Traditionis custodes seja colocada entre parênteses em um
pontificado vindouro? Certamente, e cremos que mais ainda: pode-se imaginar que
seja dada liberdade ao que se convencionou chamar de “forças vivas” na Igreja.
Quanto a essa força essencial dos fiéis atraídos pela liturgia de sempre — visto
que ela representa a tradição secular —, pode-se razoavelmente imaginar a
negociação de um compromisso que seria mais favorável à Igreja do que foi o
Summorum Pontificum. Devemos almejar a suspensão de toda supervisão, em outras
palavras, uma liberdade franca para a velha liturgia e para tudo o que vem com
ela. E isso, em nome do bom senso. Da mesma forma que certo número de bispos no
mundo permitiu que todas essas “forças vivas” se desenvolvessem em suas
dioceses, com comunidades, fundações e obras que dão frutos missionários, também
em nível da Igreja universal deverá chegar o tempo de se conceder liberdade para
tudo aquilo “que funciona”.

O Summorum Pontificum pode ser analisado como uma tentativa de coexistência
entre os católicos que não aceitam a liturgia do Vaticano II e aqueles que
promovem uma aplicação moderada do Concílio. Uma nova tentativa poderia ser
estabelecida com uma corrente conciliar aparentemente mais “liberal” do que a de
Bento XVI, mas que agora se dá conta do fracasso irreparável da utopia abraçada
há cinquenta anos.

 [1] Tempi nuovi, 2021.

[2] Livros, 2021.

[3] Op. Cit, p. 64

[4] Albin Michel, 2021.

[5] Op. Cit., “La trivialiation du sacré”, p. 124










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Tags: Traditionis Custodes


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“ECCE QUAM BONUM ET QUAM JUCUNDUM HABITARE FRATRES IN UNUM”



"Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos" (Salmos,
132, 1).




FALE CONOSCO:



fratresinunum@gmail.com




ESTA É A PAZ DA IGREJA.



"E sim, peçamos a paz, tal como é compreendida e desejada pelos filhos de Deus;
uma paz digna deste nome, que a Sagrada Escritura de modo algum separa da
Verdade, da Justiça e da Graça; esta é a paz da Igreja: o tranquilo cumprimento
da lei cristã, o pacífico desenvolvimento das obras da Fé e Caridade, a
afirmação pública da verdade e dos preceitos do Evangelho, a conformidade das
leis e instituições humanas com a doutrina e o ensinamento moral de Jesus
Cristo, a contínua resistência ao Príncipe das Trevas e a todos aqueles que
propagam as suas perversas máximas" - Dom Giuseppe Melchiorre Sarto, então bispo
de Mântua -- futuro São Pio X, alocução de 3 de setembro de 1889.




SANTO EZEQUIEL MORENO



"... muitos dos que se dizem católicos ajudam os «revolucionários» . São esses,
sempre «moderados», que estimam a «tranquilidade pública» como o bem supremo.
Esses católicos tolerantes, condescendentes, brandos, doces, amáveis ao extremo
com os maçons e furiosos inimigos de Jesus Cristo, guardam todo seu mau humor
para os que gritam «Viva a Religião!» e a defendem sofrendo contínuas
penalidades e expondo suas vidas. Para eles, esses últimos são «exagerados e
imprudentes, que tudo comprometem com prejuízo dos interesses da Igreja» ".




NOTA DA EDIÇÃO:



A mera veiculação de matérias e entrevistas não significa, necessariamente,
adesão às idéias nelas contidas. Do mesmo modo, os links aqui elencados devem
ser considerados à luz do objetivo informativo deste blog, não sendo a simples
indicação garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Os comentários devem ser
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material deste site é de livre difusão, contanto que um link remeta à sua fonte.




COR IESU SACRATISSIMUM, MISERERE NOBIS!



Que tenho eu, Senhor Jesus, que não me tenhais dado?… Que sei eu que Vós não me
tenhais ensinado?… Que valho eu se não estou ao vosso lado? Que mereço eu, se a
Vós não estou unido?… Perdoai-me os erros que contra Vós tenho cometido. Pois me
criastes sem que o merecesse… E me redimistes sem que Vo-lo pedisse… Muito
fizestes ao me criar, muito em me redimir, e não sereis menos generoso em
perdoar-me. Pois o muito sangue que derramastes e a acerba morte que padecestes
não foram pelos anjos que Vos louvam, senão por mim e demais pecadores que Vos
ofendem… Se Vos tenho negado, deixai-me reconhecer-Vos; Se Vos tenho injuriado,
deixai-me louvar-Vos; Se Vos tenho ofendido, deixai-me servir-Vos. Porque é mais
morte que vida, a que não empregada em vosso santo serviço… - Padre Mateo
Crawley-Boevey


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