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DÍVIDA COM BANCO: APRENDA A NEGOCIAR A DÍVIDA E QUITAR ESSE DÉBITO

Quitar dívida com bancos é uma prioridade para milhões de brasileiros que estão
inadimplentes. Entenda como negociar e ficar livre do endividamento.

por Vanessa Ferreira

Atualizado em 16 de agosto, 2023

Quer saber tudo sobre como quitar dívidas com bancos? Então você está no lugar
certo. Nesta matéria, você vai descobrir o que fazer quando você esta devendo
para o banco e não tem como pagar.

Ter uma dívida com banco é uma coisa que tira o sono de qualquer um, não é
mesmo? E o pior é que ela pode atrapalhar sua vida financeira como um todo,
inviabilizando aqueles planos e sonhos tão esperados. E, por isso, é importante
buscar alternativas para quitar o débito o mais rápido possível.

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Muitas vezes, o problema pode parecer uma bola de neve sem saída, mas com um bom
planejamento é possível quitar todas as suas dívidas com banco e voltar a ter
controle sobre suas finanças.

Neste artigo, traremos valiosas informações e dicas práticas sobre:

 * O que acontece se você não pagar sua dívida?
 * Dívida com banco caduca?
 * Como fazer a portabilidade da dívida para outro banco?
 * Como negociar as dívidas
 * O que fazer quando o banco não quer fazer acordo?
 * Passo a passo de como quitar as dívidas com os bancos


O QUE ACONTECE SE VOCÊ NÃO PAGAR SUA DÍVIDA?

Assim como qualquer empréstimo ou financiamento, o não pagamento desse tipo de
crédito pode trazer muitas consequências, como o cadastro do correntista em
órgãos de proteção ao crédito, negativação do nome e impossibilidade de ter
acesso a novas linhas de crédito, sem falar na taxa elevada de juros, que correm
diariamente e podem causar o descontrole do orçamento.

Portanto, o pagamento de dívidas com banco deve ser considerado uma prioridade
no orçamento, já que geralmente oferecem taxas de juros elevadas.


DÍVIDA COM BANCO CADUCA?

Embora o não pagamento de dívidas com banco ofereça graves consequências, muitas
pessoas optam por adiar o pagamento, na esperança de que a dívida caduque após
um período de tempo. Você provavelmente já ouviu falar que uma dívida pode
deixar de existir após 5 anos. Porém, não funciona exatamente assim.

De acordo com o CDC (Código de Defesa do Consumidor), quando o cliente é
registrado no cadastro de inadimplentes do SPC e Serasa, ele deve ter o nome
limpo automaticamente após cinco anos.

No entanto, embora o CPF fique regularizado, a dívida não deixa de existir. As
cobranças podem continuar acontecendo. Além disso, a dívida permanece no
histórico do consumidor, o que pode impactar o seu poder de compra e acesso ao
crédito no futuro.

Leia também | Dívida caduca? Entenda se o débito deixa de existir


COMO FAZER A PORTABILIDADE DA DÍVIDA PARA OUTRO BANCO?

O que muita gente não sabe é que é possível buscar condições e taxas melhores em
outros agentes financeiros e solicitar a transferência da dívida, reduzindo
assim a taxa de juros. É a chamada portabilidade de crédito.

Essa prática é muito comum no mercado financeiro e é uma estratégia muito
inteligente para reduzir juros de um empréstimo mais caro, para obter um novo
empréstimo e até para reduzir parcelas mensais. Isso permite quitar dívidas de
forma mais rápida e sem arcar com juros abusivos. 

Além disso, é uma oportunidade de concentrar todas as dívidas em um só contrato,
o que favorece o controle financeiro e evita as taxas variadas e a burocracia
dos acordos com diferentes credores.


COMO FUNCIONA ESSA PORTABILIDADE

A portabilidade de crédito é uma transferência do débito de uma instituição
financeira para outra. No entanto, antes de assinar o contrato é importante
pesquisar bastante, avaliar as condições oferecidas e taxa de juros. 

Veja o passo a passo para solicitar a portabilidade de dívida:

 * Solicite ao banco atual as informações financeiras sobre os contratos
   vigentes. Isso inclui o Custo Efetivo Total (CET), que diz respeito a todos
   os custos envolvidos na operação e o valor de quitação antecipada dos
   débitos;
 * Verifique com a nova instituição financeira se existe a possibilidade de
   fazer a portabilidade de crédito;
 * Caso a nova instituição financeira aceite a portabilidade da dívida, ela
   realiza o pagamento total dos débitos e emite um novo contrato, com as
   condições acordadas.

Como vimos, existem muitas possibilidades para quitar sua dívida com o banco de
forma saudável, sem interferir no seu orçamento. É preciso ter cautela e
paciência na negociação com o banco, mas o resultado certamente valerá a pena. 


COMO NEGOCIAR AS DÍVIDAS

Quando não conseguimos honrar um compromisso financeiro com o banco, o primeiro
passo é conversar com o gerente e tentar negociar a melhor forma de pagamento.

Em geral, as instituições costumam facilitar esse tipo de negociação, já que
elas são as principais interessadas no pagamento da dívida. É importante
entender quanto do seu orçamento mensal pode ser comprometido com o pagamento da
dívida. Com isso, é possível fazer uma proposta ao banco, que seja vantajosa
para ambos.

Confira 9 dicas que vão te ajudar a negociar a dívida com o seu banco:


1. SAIBA O VALOR REAL DA SUA DÍVIDA

Antes de tentar a renegociação, é necessário saber o tamanho da dívida. Isso
ajudará tanto no cálculo do saldo devedor, quanto na apresentação de uma
proposta para a quitação. Para isso, é válido entrar em contato com o credor e
solicitar o valor da dívida atualizada, incluindo a taxa de juros e todos os
encargos envolvidos.

Muitos bancos oferecem acesso a esses dados em suas plataformas online. Nesse
caso, é mais fácil realizar a consulta.


2. ENTENDA O SEU ORÇAMENTO

Para saber o quanto da sua renda mensal poderá ser comprometido com o pagamento
das parcelas da dívida, é preciso identificar se existe uma “sobra” ao fim do
mês e se é possível cortar gastos, para aumentar esse montante.

Para isso, a melhor alternativa é criar uma planilha de controle de gastos em
que todos os ganhos e gastos deverão ser computados. Insira as despesas fixas
como aluguel da casa, pagamento das contas básicas, alimentação e saúde. Depois,
coloque os demais custos. 

Além disso, analise a possibilidade de cortar os gastos supérfluos
temporariamente até conseguir quitar a dívida. Os valores que sobrarem do
salário ou renda mensal deverão ser utilizados para o pagamento da renegociação
das dívidas mais caras.


3. PESQUISE AS OFERTAS E CONDIÇÕES DE OUTRAS INSTITUIÇÕES

É sempre válido fazer simulações de crédito em diferentes agentes financeiros
para identificar se existem propostas mais adequadas a sua realidade financeira.
Muitas vezes, é possível encontrar ofertas com juros menores e melhores
condições de pagamento.

Além disso, com essas informações em mãos fica muito mais fácil negociar com o
credor e oferecer argumentos convincentes para uma contraproposta. Lembre-se que
a negociação deve ser vantajosa para ambos.


4. TOME A INICIATIVA

Após a simulação de crédito em diferentes agentes financeiros é a hora de
procurar o credor para oferecer uma proposta de negociação. 

Não espere a cobrança da instituição financeira. Ao ficar ciente sobre o débito,
entre em contato com o credor o quanto antes para mostrar que você tem interesse
em regularizar a situação. Isso demonstra comprometimento com a sua condição
financeira e favorece o seu relacionamento com o banco, o que vai te ajudar a
fechar um bom negócio.


5. PROPONHA SOLUÇÕES DURANTE A CONVERSA

A negociação com o banco não deve ser algo unilateral. Durante a conversa,
proponha soluções e alternativas para o pagamento da dívida. Esse é o momento de
mostrar que você possui consciência sobre o seu débito pendente, mas que precisa
de condições viáveis para o pagamento.

Aproveite para apresentar as simulações de crédito que realizou em outros
agentes financeiros para negociar uma proposta igual ou inferior. Muitas vezes,
o banco irá optar por reduzir os juros da dívida para não perder o cliente para
a concorrência.


6. NUNCA SE SINTA INTIMIDADO

Muitas pessoas evitam esse tipo de conversa com o banco, mas é importante ter em
mente que  estar endividado é uma realidade para milhões de brasileiros e você
não precisa se sentir intimidado em realizar o pagamento da dívida.

Converse com o atendente de igual para igual e demonstre interesse em arcar com
o débito. Mas, somente feche o negócio se as condições ofertadas estiverem de
acordo com a sua realidade financeira. Muitas pessoas acabam caindo em
armadilhas na tentativa de sair das dívidas.


7. FREQUENTE FEIRÕES DE NEGOCIAÇÃO

Alguns órgãos de proteção ao crédito e até mesmo instituições financeiras
promovem feirões para facilitar o pagamento de dívidas. São ótimas oportunidades
para conseguir condições especiais para quitar o débito.

O Feirão Limpa Nome do Serasa Consumidor, por exemplo, possibilita a negociação
da dívida de forma totalmente online, sejam dívidas negativadas ou contas
atrasadas. No site, é possível visualizar todos os débitos pendentes e negociar
diretamente com o banco, desde que ele seja um parceiro do Serasa.

A FEBRABAN – Federação Brasileira dos Bancos, em parceria com o Procon Brasil,
também costuma realizar eventos de mutirão para a negociação de dívidas com
bancos. Vale a pena acompanhar o calendário de eventos.


8. SEJA REALISTA NOS CÁLCULOS

De nada adianta aceitar a proposta de pagamento que o banco ofereceu se não será
possível cumprir o compromisso. Antes de aceitar qualquer proposta, faça as
contas e entenda se as parcelas se adequam ao seu orçamento.

Além disso, durante as negociações, seja por telefone, internet ou
presencialmente, sempre anote o nome, protocolo de atendimento e o que foi
acordado na conversa. Essas informações podem ser muito úteis caso haja algum
problema futuro.


9. NÃO CAIA NOVAMENTE NO ENDIVIDAMENTO

Após negociar e chegar em um acordo com o banco, fique atento para honrar o
compromisso firmado, mantendo o pagamento das parcelas em dia. Além disso é
importante manter o orçamento sob controle para evitar cair em outro
endividamento.

Isso porque, caso o consumidor caia em reincidência, ou seja, se não for
possível pagar a dívida novamente, a instituição financeira será menos flexível
em uma nova renegociação e as condições de pagamento podem ser menos favoráveis.

Leia também | Refinanciamento: o que é e como pode ajudar você 


O QUE FAZER QUANDO O BANCO NÃO QUER FAZER ACORDO?



É importante saber que nenhum banco é obrigado a fazer um acordo, ou seja,
existe a possibilidade dele não aceitar sua proposta. Caso ele não aceite sua
negociação o ideal é tentar a renegociação.

Se você está nessa situação, temos um guia completo sobre como renegociar
dívidas. Nele você vai aprender as vantagens da renegociação e como fazer para
sair das dívidas.


PASSO A PASSO DE COMO QUITAR AS DÍVIDAS COM OS BANCOS

Quando não conseguimos adequar a rotina ao orçamento financeiro, os débitos
acabam se tornando cada vez maiores e com o tempo, surge o conhecido efeito
“bola de neve”. Essa situação pode parecer um caminho sem volta, mas é possível
quitar dívidas com bancos rapidamente e retomar o controle da sua vida
financeira.

Separamos algumas dicas que vão te ajudar a estruturar um planejamento para sair
desse mau endividamento:


1. MAPEIE TODAS AS DÍVIDAS

O primeiro passo é fazer um levantamento de todas as dívidas pendentes. Dessa
forma, é possível organizar o orçamento e priorizar as despesas que serão
quitadas primeiro, além de identificar quanto se deve no total e o quanto dessa
dívida compromete sua renda mensal.

Para isso, faça uma grande varredura pelas contas antigas e, caso tenha dúvidas
sobre o valor atualizado de casa débito, entre em contato com os credores para
confirmar os dados.

Para chegar nessa conta, é interessante fazer uma lista com todas as dívidas,
elencando cada despesa e parcelas pendentes. Para isso, uma sugestão é dividir
em uma tabela o tipo de dívida, o valor por mês de cada uma, o número de
parcelas e o valor total acumulado até o momento.

Veja no exemplo:

Tipo de

dívida

 

Valor



mensal

Número de



parcelas

Valor total

(incluindo juros e demais encargos)

Financiamento

R$ 500,00 24 R$15.500,00

Cheque especial

R$ 200,00

12

R$4.700,00

Cartão de crédito R$700,00 6

R$7.700

*Valores ilustrativos


2. DEFINA UMA META MENSAL DE ECONOMIA

Depois de definir uma estratégia para quitar as dívidas mais urgentes, você
poderá adotar uma prática para evitar recorrer a linhas de empréstimo mais
caras. Assim, quando já estiver com as dívidas mais equilibradas, procure
definir quais gastos você pode cortar para economizar.

Quando poupar se torna um hábito, a possibilidade de retornar ao endividamento
se torna muito menor. Por isso, defina quais são os custos que podem ser
cortados ou reduzidos do seu orçamento. Essa lista será determinante para
definir a melhor estratégia sobre como sair das dívidas.


3. EVITE GASTOS DESNECESSÁRIOS

Não se trata de interromper a compra de itens que você gosta. A ideia é
verificar de maneira criteriosa se há real necessidade de comprar certas coisas.
Quando cria-se uma consciência financeira baseada em um equilíbrio entre desejo
e necessidade, economizar dinheiro se torna uma tarefa muito mais fácil.

Outro ponto importante é evitar compras parceladas, principalmente durante esse
período de controle das finanças. 

Parcelar é uma facilidade, pois permite a aquisição de bens que, se fossem
comprados à vista, consumiriam boa parte do orçamento mensal. Mas as parcelas a
perder de vista também podem ser negativas na sua tentativa de sair das dívidas.
Trabalhe para parcelar apenas o que for essencial, como itens de maior valor, e
tentar pagar os custos menores à vista ou em parcelas mais curtas. 


4. BUSQUE UMA RENDA EXTRA

Se as contas saíram do controle, obter mais recursos para quitá-las é um caminho
interessante. 

Algumas pessoas usam aplicativos de carona para garantir uma graninha a mais
todo mês, outras revendem produtos, preparam guloseimas para vender no trabalho
ou exercem atividades diversas fora do expediente fixo. 

Opções não faltam para aumentar a renda mensal. Investigue possibilidades que se
encaixam no seu perfil e estabeleça uma meta mensal a ser atingida. 


5. PASSE A CONTROLAR OS SEUS GASTOS

Todas essas dicas só funcionam quando o consumidor adota novos hábitos de
gastos. Isso não quer dizer que ele deva parar de consumir, mas assumir um
compromisso consigo mesmo para sair das dívidas e criar metas financeiras mais
rigorosas com o seu dinheiro. 

Por isso, faça uma autoavaliação sobre seus hábitos de consumo e veja se todos
são realmente fundamentais para o seu momento. É muito provável que você
encontre alguns gastos que podem ser evitados em períodos de maior dificuldade
financeira.

E se quiser, é possível fazer uma simulação de empréstimo agora mesmo.



Leia também | Como sair das dívidas rapidamente: confira 20 dicas práticas

Está preparado para se livrar do mau endividamento? Compartilhe nos comentários
como você fez para quitar suas dívidas e ajude outras pessoas nessa jornada!

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