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CRIAMOS E TREINAMOS CÃES-GUIA QUE SERÃO DOADOS A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL


CRIAMOS E TREINAMOS CÃES-GUIA QUE SERÃO DOADOS A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL


INSTITUTO CARIOCA DE CÃO GUIA

VOCÊ PODE PARTICIPAR DO ICCG COMO VOLUNTÁRIO, OU SENDO UMA FAMÍLIA EDUCADORA.



VOCÊ TAMBÉM PODE COLABORAR FAZENDO DOAÇÕES PARA O ICCG.
CLIQUE AQUI, E VEJA COMO.

SUA EMPRESA PODE PARTICIPAR DESTE PROJETO SENDO UM PATROCINADOR DO ICCG.
ASSOCIAR A MARCA DA EMPRESA A ESTA CAUSA PODE TER UM RETORNO MUITO MAIOR DO QUE
O ESPERADO.


ICCG

A HISTÓRIA DOS CÃES-GUIA

As civilizações modernas têm buscado formas de integrar socialmente pessoas com
deficiências. O Brasil tem caminhado numa velocidade um pouco mais lenta neste
sentido, mas ainda assim observamos avanços.

De acordo com a história apresentada no site da Federação Internacional de Cães
Guia (sigla em inglês: IGDF), o registro mais antigo que se tem de um cão
guiando um cego foi encontrado na cidade de Herculano, próximo a Pompéia, na
Itália, e que, portanto, é anterior ao ano 79 da era cristã, quando as cidades
foram soterradas pelas lavas do Vesúvio. No entanto, procedimentos formais para
treinamento de cães só foram aplicados após a 1ª Guerra Mundial, em função de
milhares de combatentes terem perdido a visão por conta de agentes químicos,
especialmente o gás mostarda. A primeira escola de cães guia foi oficialmente
aberta em agosto de 1916, na Alemanha.

O CENÁRIO ATUAL NO BRASIL

Apesar destas técnicas terem se difundido largamente no mundo desenvolvido, aqui
no Brasil este processo ainda está pouco utilizado. Temos no país uma escola de
cães em Balneário Camboriú (SC), e outra próximo a Sorocaba (SP). Há ainda um
projeto que se iniciou em Brasília (DF), mas que não tem uma ação contínua. Há
também um esforço acontecendo em Recife, com apoio do Kennel Club do Estado de
Pernambuco, que entrega, em média, dois cães por ano.

Buscando suprir a falta de pessoal capacitado para treinar cães, alguns
Institutos Federais aderiram a um programa para formação de Treinador e
Instrutor de Cães Guia, mas atualmente só há dois destes centros operando
regularmente. O pioneiro está no Instituto Federal Catarinense, no campus
Camboriú (SC), e o outro no Instituto Federal Goiano, no campus Urutaí (GO).

Na foto ao lado vemos Christino, do ICCG, com a Profª Márcia Santos de
Souza, ex-coordenadora de implantação do “Projeto Cães-guia” e do Curso de
Pós-Graduação de Treinador e Instrutor de Cães-Guia do IFC. Graduada em
Pedagogia e em Psicologia, com mestrado em Educação e doutorado em Ciências
Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Profª Márcia é um
alicerce no trabalho de fortalecimento da cultura do cão-guia no Brasil.

Na foto vemos Christino, do ICCG, com a Profª Márcia Santos de
Souza, ex-coordenadora de implantação do “Projeto Cães-guia” e do Curso de
Pós-Graduação de Treinador e Instrutor de Cães-Guia do IFC. Graduada em
Pedagogia e em Psicologia, com mestrado em Educação e doutorado em Ciências
Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Profª Marcia é um
alicerce no trabalho de fortalecimento da cultura do cão-guia no Brasil.

Na foto vemos Christino, do ICCG, com a Profª Márcia Santos de
Souza, ex-coordenadora de implantação do “Projeto Cães-guia” e do Curso de
Pós-Graduação de Treinador e Instrutor de Cães-Guia do IFC. Graduada em
Pedagogia e em Psicologia, com mestrado em Educação e doutorado em Ciências
Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Profª Marcia é um
alicerce no trabalho de fortalecimento da cultura do cão-guia no Brasil.

NASCE O ICCG NO RIO DE JANEIRO (2021)

Com base nos dados do IBGE, estima-se que haja nos municípios do Rio de Janeiro
e de Petrópolis somados 20 mil pessoas cegas aproximadamente, não considerando
nesta estimativa os portadores de baixa visão, e o centro de treinamento mais
próximo dista 555 km da cidade. Procurando atender a esta demanda reprimida na
região, estamos iniciando a jornada de estabelecer o Instituto Carioca de Cão
Guia® (ICCG). Para tanto, contamos com o apoio do Instituto de Direito Coletivo
(IDC), que vai auxiliar na divulgação da causa, na difusão do conhecimento sobre
as leis que regem o uso do cão guia no país e no Município do Rio de Janeiro, e
na busca de recursos para suportar nossas operações.

MISSÃO

Aumentar a independência da pessoa com deficiência visual, melhorando sua
acessibilidade e autoconfiança, por meio de uma parceria com o cão-guia.

VISÃO

Ser reconhecido como um centro de treinamento de cães-guia que atende aos
padrões internacionais, e que está em processo contínuo de melhoria.


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ETAPAS DE FORMAÇÃO DE UM CÃO-GUIA


ETAPAS DE FORMAÇÃO DE UM CÃO-GUIA


ETAPAS DE FORMAÇÃO DE UM CÃO-GUIA

Teoricamente qualquer raça de cão, que tenha as características físicas
necessárias para a atividade, pode ser cão-guia. No entanto, há características
individuais nos cães que definem se um determinado animal tem esta aptidão. O
cão-guia é um animal especial, que terá “passe livre” para transitar pelos
espaços de nossa vida social e coletiva com direito a acessar e utilizar todos
os locais de uso coletivo, sejam eles estabelecimentos públicos ou privados,
permitidos a humanos. Este direito inclui todos os meios de transporte público,
como taxis e carros de aplicativos, aviões ônibus, e os demais, sendo garantido
por lei federal. Por isso eles precisam ser muito bem educados, e tem que ter os
conceitos sociais básicos de convivência entre humanos, além de ter capacidade
para aprender a conduzir uma pessoa com segurança.
No entanto, mesmo sendo guias eles jamais deixarão de ser cães. Por este motivo,
precisam de uma longa jornada de desenvolvimento, com uma sequência de
aprendizados socialmente definidos. Sua graduação como guia depende da
internalização de ao menos certos aspectos de nossa realidade social, regras de
conduta e padrões de comportamento que precisam ser ensinados desde filhote.
Só depois aprenderão as técnicas de guiar propriamente ditas

A ESCOLHA DOS CÃES
O início do processo de formação de um cão-guia começa com a escolha dos cães.
Se forem filhotes, as ninhadas provenientes de um bom plantel genético, com
características físicas e comportamentais condizentes com o trabalho, aumentam
em aproximadamente 80% a chance de sucesso.
Se não forem filhotes, e não vierem de uma linhagem mapeada em relação às
características físicas e comportamentais desejadas, o cachorro deve passar por
uma sequência de testes, para avaliar especialmente duas características de
personalidade: medo e agressividade.
Para se graduar como guia, o cão deve apresentar características inatas
específicas tais como docilidade, buscar o contato com o ser humano, vontade em
servir, capacidade de aprender facilmente, porte físico adequado (maior que 50
centímetros de altura do solo à cernelha), boa conformação estrutural e
articular (ausência de problemas de saúde, sobretudo ortopédicos) e,
principalmente, demonstrar capacidade, interesse e gosto pelo trabalho de guiar,

SOCIALIZAÇÃO DOS CÃES
Antes da colocação do cão na família educadora, é realizada uma avaliação de
comportamento, para verificar se o cão combina com as características da
família. A socialização inicia-se preferencialmente por volta da oitava semana
de vida do cão, podendo, por circunstâncias externas relevantes, começar
tardiamente. Durante essa fase são realizadas visitas quinzenais (ou semanais,
se necessário) para a orientação dos procedimentos adequados, tais como
nutrição, passeio na guia, interação em novos ambientes, convívio com cães,
gatos e outros animais, bem como para o esclarecimento de dúvidas a respeito de
comportamentos indesejáveis (mastigar objetos, puxar na guia, traços de
agressividade, desconfiança por



objetos, animais ou pessoas) que por ventura venham a acontecer. O educador deve
apresentar o mundo ao cão, dando-lhe a oportunidade de conviver com a maior
diversidade de ambientes e situações possíveis, garantindo que ele fixe as
regras de comportamento aprendidas.

SOCIALIZAÇÃO DOS CÃES
Antes da colocação do cão na família socializadora, é realizada uma avaliação de
comportamento, para verificar se o cão combina com as características da
família. A socialização inicia-se preferencialmente por volta da oitava semana
de vida do cão, podendo, por circunstâncias externas relevantes, começar
tardiamente. Durante essa fase são realizadas visitas quinzenais (ou semanais,
se necessário) para a orientação dos procedimentos adequados,



tais como nutrição, passeio na guia, interação em novos ambientes, convívio com
cães, gatos e outros animais, bem como para o esclarecimento de dúvidas a
respeito de comportamentos indesejáveis (mastigar objetos, puxar na guia, traços
de agressividade, desconfiança por objetos, animais ou pessoas) que por ventura
venham a acontecer. O socializador deve apresentar o mundo ao cão, dando-lhe a
oportunidade de conviver com a maior diversidade de ambientes e situações
possíveis, garantindo que ele fixe as regras de comportamento aprendidas.

SOCIALIZAÇÃO DOS CÃES
Antes da colocação do cão na família socializadora, é realizada uma avaliação de
comportamento, para verificar se o cão combina com as características da
família. A socialização inicia-se preferencialmente por volta da oitava semana
de vida do cão, podendo, por circunstâncias externas relevantes, começar
tardiamente. Durante essa fase são realizadas visitas quinzenais (ou semanais,
se necessário) para a orientação dos procedimentos adequados, tais como
nutrição, passeio na guia, interação em novos ambientes, convívio com cães,
gatos e outros animais, bem como para o esclarecimento de dúvidas a respeito de
comportamentos indesejáveis (mastigar objetos, puxar na guia, traços de
agressividade, desconfiança por objetos, animais ou pessoas)



que por ventura venham a acontecer. O socializador deve apresentar o mundo ao
cão, dando-lhe a oportunidade de conviver com a maior diversidade de ambientes e
situações possíveis, garantindo que ele fixe as regras de comportamento
aprendidas.

TREINAMENTO – TÉCNICAS DE GUIAR
Com idade entre 14 e 16 meses de vida, os cães já adultos iniciam o treinamento
e aprendizagem das técnicas que lhes dará possibilidades de desempenhar o
trabalho de guia. Durante esse período, os mesmos ficam hospedados no ICCG e
participam de uma rotina diária de treinamento que visa garantir a sanidade, o
bem-estar animal e o bom aprendizado. Dentro da técnica utilizada, o treinamento
acontece durante um período de 4 a 6 meses, de segunda a sexta-feira. Os finais
de semana são reservados para atividade de recreação e descanso.

CONDIÇÕES QUE INFLUENCIAM NO TREINAMENTO
A condição climática é um dos fatores determinantes e até mesmo limitante dos
treinos, uma vez que o calor intenso gera estresse térmico nos animais. Sendo
assim, o treinador deve sempre buscar ambientes e horários com temperaturas mais
amenas, pois o estresse térmico prejudica consideravelmente a qualidade do
treinamento e o nível de desenvolvimento dos cães. Da mesma forma, chuva intensa
não é adequada para o treinamento.

O AFASTAMENTO DOS CÃES DO PROGRAMA
Como os cães-guia trabalham conduzindo e tracionando pessoas adultas, é
primordial que os mesmos não apresentem nenhuma condição de saúde, bem como
predisposição genética que possa resultar em problemas articulares (DCF)
futuros. Os problemas comportamentais referem-se às características inadequadas
ao trabalho como guia. Dentre as características comportamentais que podem
afastar um cão do treinamento temos medo, ansiedade elevada e agressividade.
Caso o animal possua alguma dessas condições, ele é afastado do treinamento e
conduzido para o programa de adoção para ser adotado como um cão doméstico.


FAMÍLIA EDUCADORA

Se você quer viver uma experiência ímpar, ajudando um filhote a conviver em
sociedade para poder ajudar uma pessoa com deficiência visual, clique aqui e se
inscreva.


PRECISO DE UM CÃO-GUIA

Se você é uma pessoa com deficiência visual, mora a menos de 200km do Rio, e tem
interesse em obter um cão-guia, para aumentar sua mobilidade com mais segurança,
clique aqui e se inscreva.


INFORMAÇÕES

Se você quer falar conosco, tirar dúvidas, dar sugestões ou fazer algum outro
comentário, mande-nos uma mensagem. Clique aui e preencha o formulário.


O PROJETO


O PROJETO


O PROJETO

Usualmente chamamos de duplas quando temos pessoas com deficiência visual
acompanhadas de seus cães. No Brasil há legislação específica sobre cães guia,
especialmente a Lei nº 11.126/2005 e o Decreto nº 50904/2006, que definem o
livre acesso às duplas a todos os locais onde uma pessoa sem deficiência visual
pode acessar sem autorização especial. Isto significa que o cão guia, seja na
fase de treinamento, seja na fase de trabalho, pode entrar em qualquer
restaurante, exceto na área de manipulação de alimentos, pode entrar em
hospitais, exceto nas áreas onde seja requerida vestimenta especial, como por
exemplo UTI e  RX, pode entrar em consultórios dentários, e andar em qualquer
transporte para passageiros que seja de uso público, inclusive os carros
solicitados por aplicativos.

O projeto se inicia com a fase de divulgação dos conceitos básicos desta
tecnologia assistiva, que é o cão guia. Como há apenas menos de seis cães em
trabalho no Rio de Janeiro, os cidadãos, de uma maneira geral, não conhecem os
direitos das pessoas com deficiência visual acompanhadas de seus cães.
Frequentemente as duplas são erroneamente impedidas de entrar em locais onde
normalmente não é permitida a entrada de animais de estimação, e têm dificuldade
de utilizar o transporte público. A grande diferença é que o cão-guia não é um
cão de estimação, mas sim um cão de serviço.

Na primeira fase do projeto, trabalharemos na divulgação do cão-guia como uma
tecnologia assistiva, buscando prioritariamente disseminar os conceitos para
crianças em escolas. Em paralelo, vamos trabalhar na busca por pessoas jurídicas
que tenham um alto comprometimento social, que se sensibilizem com a causa das
pessoas com deficiência visual, e tenham interesse em financiar o projeto.

De acordo com dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE), mais de 7 milhões de pessoas no Brasil possuem algum tipo de deficiência
visual. As principais causas de cegueira são: catarata, glaucoma, retinopatia
diabética, cegueira infantil e degeneração macular, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS). Para um país com um número expressivo de pessoas nessa
condição, existem não mais do que 200 cães-guias em atividade que são treinados
para ajudá-las.

Cada cão-guia é destinado ao seu usuário de acordo com o perfil e necessidade da
pessoa com deficiência visual. É preciso ter uma conexão entre ambos e lembrar
que o cão segue guiando por amor e carinho e não somente por condicionamento.




UMA REFERÊNCIA CARIOCA

Ethel Rosenfeld


Ethel Rosenfeld tornou-se conhecida por ter sido a primeira pessoa com
deficiência visual a ser admitida no magistério público do então Estado da
Guanabara, em 1973. Mais recentemente, notabilizou-se também pela campanha para
a legalização da entrada cão-guia como acompanhante de cegos em espaços públicos
e privados, o que resultou em mudanças na legislação.
A Profª Ethel foi pioneira no uso de cão-guia de cegos no Rio de Janeiro, com um
cão importado, um labrador amarelo de nome Gem. Em 1998 foi impedida de entrar
no Theatro Municipal do Rio de Janeiro acompanhada de seu cão, o que a estimulou
a defender a aprovação da lei federal nº 11.126 de 2005, assinada pelo
presidente Luís Inácio Lula da Silva, que autoriza a entrada e permanência de
cegos acompanhados de cães-guias em ambientes públicos e privados de uso

coletivo. O episódio teve influências no roteiro da novela “América”, escrita
por Glória Perez e exibida pela Rede Globo. Em uma das cenas acontece a expulsão
de um personagem que utilizara cão-guia, gerando polêmicas e debate público na
mídia sobre o tema.


DICAS


SAIBA COMO SE COMPORTAR
PERTO DE UM CÃO-GUIA



Muitas pessoas não sabem como agir ao encontrar com esses animais, que estão a
trabalho. Confira abaixo algumas dicas de como agir na presença deles:

 * Não chame a atenção do cão-guia. É importante lembrar que ele está
   trabalhando e não se encontra na posição de um bichinho de estimação naquele
   momento;
   
   
 * Não o toque e nem o acaricie enquanto ele estiver usando o peitoral com alça
   de trabalho. O animal pode se distrair e acabar causando algum acidente com a
   pessoa com deficiência visual;
   
   
 * É preciso que os tutores de cães de estimação controlem seus animais,
   utilizem coleiras e, de preferência, fiquem afastados dos cães-guias. Caso
   contrário, ele poderá acabar perdendo o foco de sua atividade principal;
   
   
 * Nunca ofereça alimentos ao cão-guia. Ele tem horário certo para comer e
   certamente estará bem alimentado pelo seu tutor;
   
   
 * Fale sempre com a pessoa com deficiência visual primeiro e nunca diretamente
   com o cão-guia. Já que ele sabe que alguém poderá distrai-lo, e só permitirá
   a intervenção, caso o cão não esteja à trabalho;
   
   
 * Caso alguma pessoa com deficiência visual peça ajuda, o ideal é aproximar-se
   pelo lado direito dele, de maneira que seu cão-guia fique à esquerda;
   
   
 * Se por ventura a pessoa com deficiência visual aceitar ajuda, ela irá pedir
   para que você ofereça seu cotovelo esquerdo. Neste caso, usará um comando
   para indicar ao cão-guia que ele estará temporariamente fora de serviço;
   
   
 * Ao passar informações para a pessoa com deficiência visual, é preciso indicar
   com clareza o sentido em que se deve dobrar ou seguir para chegar ao local,
   assim ele poderá passar a rota ao cão;
   
   
 * Não pegue o braço de uma pessoa com deficiência visual que está acompanhado
   de um cão-guia, sem antes conversar. Muito menos toque na guia do animal,
   pois a mesma é só para uso do seu tutor.

O cão-guia foi treinado e está habituado a viajar tanto dentro como fora do
país, em todos os meios de transporte, acomodado aos pés do seu tutor, sem
atrapalhar os passageiros;

Os cães-guia são capacitados para entrar e permanecer junto aos seus tutores em
todos os tipos de estabelecimentos, tanto de saúde como em lojas, restaurantes,
supermercados, cafeterias, cinemas, teatros, centros de estudo ou trabalho, sem
causar alterações no funcionamento dos locais e nem incomodar os funcionários ou
o público;

Devido ao treinamento que recebem, os cães-guias estão capacitados para exercer
suas funções e nunca vagam pelos recintos. Eles têm o mesmo direito de gozar de
livre acesso a todos os locais públicos como seus tutores.


AJUDE A EVITAR ATAQUES AOS CÃES-GUIA

Os centros de treinamento de cães-guia do Brasil, como o Instituto Carioca de
Cão Guia ® (ICCG), fornecem cães especialmente socializados e treinados para
cidadãos cegos no país, aumentando sua capacidade de locomoção de forma
independente para o trabalho, para a escola ou qualquer lugar que desejem. Ao
contrario de algumas partes do mundo, a quantidade de cães habilitados para
guiar no Brasil ainda é baixa, mas há várias iniciativas que se esforçam para
mudar este cenário.
Os cães-guia são cães de trabalho que proporcionam uma maior velocidade de
deslocamento e um aumento significativo na segurança do caminhar da pessoa cega.
Os cães-guia são seres especiais que fazem a atividade de guiar espontaneamente,
e com muita alegria. O cão que não quer mais guiar tem que ser aposentado, e
passa a ser um cão doméstico, como vários outros que todos nós conhecemos.

Você sabia…

 * Mais de um terço de todas as duplas em atuação nos Estados Unidos são
   atacadas por cães soltos ou descontrolados. No Brasil não temos uma
   estatística sobre isto;
 * A segurança da dupla depende da capacidade dos cães-guia se concentrarem em
   seu trabalho. Distrações provocadas por cães não controlados, denominados
   “interferência”, colocam a dupla em perigo;
 * Ataques contra cães-guia podem ser devastadores. Eles podem causar danos
   físicos ou psicológicos irreparáveis. Podem ser danos que fazem com que os
   cães, mesmo que estejam fisicamente íntegros, tenham que ser aposentados;
 * As despesas com reciclagem ou substituição, o trauma emocional e perda de
   mobilidade podem criar sérios contratempos para o cego;

Qualquer cão, independentemente do tamanho ou raça, pode representar uma ameaça
para uma dupla. Pessoas cegas experimentam rotineiramente interferência de: um
“cão de guarda”, acompanhando uma família, que emite um rugido ameaçador, cães
que se aproximam entusiasticamente correndo para brincar, ou o bem-intencionado
dono de pet que traz um animal amarrado para visitar o cão-guia. Todas são
formas de interferência e todas afetam a segurança da dupla cego/cão.



Dez maneiras de proteger as duplas

Em muitos estados, é uma ofensa criminal permitir que seu cão ataque ou
interfira no trabalho de um cão-guia. Cães são grandes companheiros, mas possuir
um animal de estimação também envolve séria responsabilidade. Seguindo essas dez
etapas simples, não apenas estaremos protegendo as duplas de cegos acompanhados
de cães-guia, como também estaremos protegendo nossos cães de estimação:

 1.  Usar guia no peitoral ou na coleira de seu cão não significa que você o ama
     menos: mantenha sempre seu cão com a guia em lugares públicos e áreas não
     cercadas. Aprenda e obedeça as leis sobre contenção de cães no seu estado e
     município.
 2.  Evite interferências: nunca deixe seu animal de estimação perto de um
     cão-guia, mesmo que ele esteja amarrado. Cães-guia são animais de trabalho
     e é perigoso para as duplas distraí-los de seus deveres, ou deixá-los
     estressados.
 3.  Basta dizer “Oi”: Alertar o cego da presença do seu cão quando passar pela
     dupla. Uma simples saudação de “Oi, eu tenho um cachorro comigo”, é
     apreciada.
 4.  Mantenha seu cão perto: usando uma coleira retrátil estendida em áreas
     povoadas ou deixando seu cão amarrado, sozinho, fora de um estabelecimento
     público põe em perigo tanto a dupla, quanto seu próprio cão.
 5.  Calmo, tranquilo e junto: Mantenha seu cão sob controle em todos os
     momentos. Nunca permita que uma criança ou alguém que não seja capaz de
     controlar seu cão saia para andar conduzindo a guia.
 6.  Conheça o seu cão: Aprenda o máximo possível sobre seu animal de estimação
     e suas características de raça. Isto irá ajudá-lo a fornecer treinamento,
     exercícios e cuidados adequados.
 7.  O treinamento é fundamental: Inscreva-se em aulas de obediência. Cães
     adequadamente socializados e treinados são animais de estimação muito
     melhores.
 8.  Visite o veterinário: Mantenha seu cão em dia com vacinas e informe-se
     sobre os benefícios da castração.
 9.  Se você vir alguma coisa fora das normas, avise às autoridades competentes:
     Relate qualquer cão solto perambulando pelo seu bairro à polícia local ou
     aos escritórios de controle de animais. Animais de estimação não
     supervisionados em terrenos desocupados também devem ser relatados.
 10. Dê uma ajuda: ofereça assistência a um cego, se você testemunhar um ataque
     ou interferência a um cão-guia. Se o seu cão causar danos, assuma a
     responsabilidade por suas ações.


TABU

Há pessoas que desconhecem como é a rotina funcional e como é a vida de um
cão-guia, e manifestam opiniões sem bases factuais. Estas pessoas têm uma boa
índole, se dizem defensoras dos animais, mas na verdade estão cometendo um
equívoco enorme, e comprometendo um trabalho magnífico.

Existem três condições para um cão-guia ser desligado do trabalho:

 * O cão atinge uma idade limite, que varia com a escola, mas está em torno de 8
   anos;
 * O cão apresenta algum problema comportamental ou de saúde;
 * O cão perde o interesse por guiar.

Isto mesmo. Para guiar uma pessoa, o cão tem que querer fazer isto, caso
contrário ele colocará em risco a integridade física do cego e a sua própria. É
necessário que o cão tenha vocação para guiar, tal qual um religioso tem que ter
vocação para se dedicar de forma pura e profunda à sua causa, ou um médico tem
que ter vocação para se dedicar a uma ação humanitária internacional. É o que
entendemos como altruísmo.

As pessoas em geral não imaginam que um cão-guia toma uma série de decisões.
Para desviar de um obstáculo aéreo ele precisa considerar a altura do cego. Para
passar junto a um obstáculo terrestre ele tem que considerar o espaço que a
dupla ocupa. Se, ao tentar atravessar uma rua, o cego der o comando de ir em
frente sem perceber a aproximação de um carro (e isto estará cada vez mais
rotineiro com a chegada dos veículos elétricos), o cão tem que decidir
desobedecer e não avançar. E o cão só faz isto tudo porque gosta, e porque pensa
e decide.
Por outro lado, os cães-guia, quando não estão guiando, são simplesmente cães, e
fazem tudo o que os outros pets fazem. Com uma sensível diferença: os guias
quase nunca ficam sozinhos. Triste mesmo é a vida de cães, que muitas vezes são
comprados e ficam sozinhos em casa, esperando por 10 minutos de atenção de seu
dono, que chega tarde da noite em casa e vai logo dormir, pois tem que sair cedo
no dia seguinte.
O cão-guia, quando não está guiando, é um pet quase igual aos outros. Só não é
absolutamente igual porque é um animal extremamente dócil, livre de qualquer
agressividade, e muitíssimo educado. E, obviamente, é um animal muito feliz,
porque tem sempre companhia, cuidados super especiais e atividade constante.


Transcrevemos a seguir um texto de Beto Pereira, um cego usuário de cão-guia,
que respondeu a argumentos vazios de razão, feitos por uma destas pessoas
preconceituosas. A íntegra do debate pode ser encontrada em <ENXERGA BRASIL:
Jornalista diz ser contra o cão-guia>

Embora discorde de suas colocações, mas seja totalmente a favor da liberdade de
opinião, faço questão de publicar seus comentários neste espaço, como também me
dou o direito de contrapor algumas questões expostas por sua pessoa.
De início, parabéns por tão bonita amizade com seu amigo, e por sua postura que
mesmo intuitiva para com ele e sua deficiência, dera tão bom resultado para
ambos, porém devo lamentar que você enquanto um jornalista, se limite ao pequeno
universo com o qual atua, quando temos uma diversidade na diversidade, dentre as
milhões de pessoas com deficiência seja ela qual for.
Quando você fala que não considera a utilização do cão-guia tão maravilhosa
quanto se imagina, entendo que cada pessoa tem todo o direito de concordar ou
não com o que quer que seja, porém seu posicionamento que de início até me
pareceu com respeito, ao longo de seu texto, chega à intolerância e
discriminação, visto partir de uma pessoa que não vivencia as diversas nuances
da inclusão e do acesso e que se norteia apenas por aquilo que observa à
distância ou pelo contato com poucas pessoas com deficiência e não portadores ,
paralíticos, surdos ou cegos como você denomina, por que antes das deficiências,
estão as pessoas, bem como o direito legal, moral e social, de suas escolhas,
sem contudo serem rotuladas tuteladas ou discriminadas como você sugere.



Realmente a maioria das pessoas cegas não contam com a possibilidade de adquirir
um cão-guia, fato que eu só tenho a lamentar, pois sei quantas destas mesmas
milhares de pessoas com as quais mantenho contato por conta de minhas
atividades, sonham com um. Agora você não acha leviano tentar fundamentar sua
opinião falando dos que tem acesso ao cão-guia e dos que não o tem, quando
infelizmente vivemos em uma sociedade de bilhões de pessoas cerceadas do acesso
a moradia digna, do acesso à educação, cultura, alimentação e tantos outros
direitos ‘basilares’ como você mesmo fala, enquanto você, eu e tantos outros
continuamos sob um abrigo, estudando, lendo, indo ao shopping, teatro e nos
alimentando? Então, qual seria a diferença entre ter e não ter, poder e não
poder? Será que no caso em questão, seria apenas a deficiência? E, assim sendo,
não seria este um grande preconceito de vossa parte?
Você comete um grande equívoco quando fala que o cão-guia deixa de ser um animal
para ser uma máquina. Eu que estou a 4 anos com um, creio que tenha um pouco de
legitimidade para afirmar que ele como outros cães são seres que tem vida,
necessidades e pasme, possui muita sensibilidade ao ponto de estabelecer uma
parceria incrível onde não há relação trabalhista como alguns imaginam, mas sim
de cumplicidade, amor e respeito e de muita qualidade de vida para ambos. No
mais, quando você diz que cão-guia para um cego não é sinônimo de independência,
e sim de arrogância, de antissociabilidade e de autoexclusão, eu diria que a
arrogância e a antissociabilidade, estão, por vezes, veladas, por outras,
nítidas em pessoas que sem nenhuma experiência pessoal ou qualquer embasamento
rotulam e condenam opções alheias.
Em tempo, nem eu e nem qualquer outro usuário de cão-guia que eu conheça, tem
por objetivo denegrir a imagem de colegas que optem pelo uso da bengala. Ainda
contrapondo seus argumentos, temos sim: independência e muita autonomia. Além de
sermos respeitados pela maioria da população que admira a interação homem e cão.
Assim, essa interação com o cão, em nenhum instante restringe aproximação de
outras pessoas conforme você coloca, mas ao contrário, potencializa e é dessa
mesma relação a qual você tanto critica, que podemos viajar, jantar em
restaurantes, sair em turma, fazer passeio com amigos, paquerar, etc. Assim,
quero aclarar que de forma alguma O cão-guia representa restrição, mas
possibilidades!
Em suas exposições, primeiro você fala que transformamos cães em máquinas,
depois diz que estamos nos relacionando com seres inferiores, contradições
óbvias na tentativa de justificar o injustificável, ou seja, embasar sua opinião
de que estamos equivocados em compartilhar e de testemunhar a alegria e a
qualidade de vida com esses nossos amigos de 4 patas. Seguindo em seus
argumentos, você entra na questão que rebaixamos o ser humano à imagem de um
cão, que não é o caso, e fala que o ser humano foi criado à imagem e semelhança
de Deus, ao que penso que seja muita pretensão de sua parte, querer rebaixar
Deus à imagem do ser humano, sobre tudo, de alguns que apresentam grande
dificuldade para viver em grupo e por consequência com as diferenças e escolhas
de outrem.
No mais, quando temos uma legislação que versa acerca do acesso, direitos e
deveres do usuário de cão-guia, quando esses mesmos usuários adotam todas as
medidas de assepsia, afirmações infundadas acerca de qualquer possibilidade de
transmissão de doença por sua utilização, é no mínimo apelar quando da ausência
de argumentos plausíveis.
Como já coloquei em algumas oportunidades, eu não entro com meu cão-guia no
carro ou vou há casa de um amigo que não simpatiza com a utilização desse
recurso, porém quando falamos de um hotel, um restaurante, um transporte público
ou qualquer outro local público ou privado de uso coletivo, prevalece o direito
de ir e vir e o acesso de pessoas com qualquer deficiência que esteja utilizando
dos recursos a ela necessários, e isso, é assegurado por lei, cabendo a quem não
se sentir a vontade, o livre direito de se afastar se assim preferir.
Quando realizo palestras para pessoas com e sem deficiência, uma das questões
fundantes que coloco, é o livre direito da pessoa escolher aquilo que melhor a
atende no que concerne a qualidade de vida, e isso pode ser uma bengala, um
cão-guia, um vídeo ampliador, um leitor de tela ou qualquer outro recurso que a
satisfaça, pois sou pautado pelo respeito à escolha de cada um e estou convicto
de que a independência, o caráter, a dignidade e a ética, perpassam estas
questões de possibilidade e opções, mas nunca deixarei de dar meu testemunho
pessoal do quão minha vida se transformou para melhor com a utilização de um
cão-guia, embora pense que essa disputa que algumas pessoas tentam instigar
entre bengala x cão-guia, é mastodonticamente improdutiva, à medida que um e
outro não concorrem, como a pequeneza de alguns tentam fazer parecer.
Concluindo, chegará um dia que os aproximadamente oitenta usuários de cão-guia
de nosso país, serão oitocentos e, mais à frente, quem sabe, oito mil. E ainda,
sem que se diga que nós, deficientes visuais, não possamos estar entre amigos
por conta da utilização de nossos cães-guias, como você tenta sugerir ou que
este ou aquele recurso seja melhor que outro. Porque o importante é que
estaremos sim, cada vez mais, compartilhando espaços comuns, exercitando
cidadania, respeitando e convivendo com as diferenças entre os iguais já que
todos fazemos parte da mesma espécie humana.

Depois destas palavras do Beto Pereira, não vemos muito mais coisa que possamos
dizer para enriquecer nossa visão sobre este tema.


TABU

Há pessoas que desconhecem como é a rotina funcional e como é a vida de um
cão-guia, e manifestam opiniões sem bases factuais. Estas pessoas têm uma boa
índole, se dizem defensoras dos animais, mas na verdade estão cometendo um
equívoco enorme, e comprometendo um trabalho magnífico.
Existem três condições para um cão-guia ser desligado do trabalho:


 * O cão atinge uma idade limite, que varia com a escola, mas está em torno de 8
   anos;
 * O cão apresenta algum problema comportamental ou de saúde;
 * O cão perde o interesse por guiar.

Isto mesmo. Para guiar uma pessoa, o cão tem que querer fazer isto, caso
contrário ele colocará em risco a integridade física do cego e a sua própria. É
necessário que o cão tenha vocação para guiar, tal qual um religioso tem que ter
vocação para se dedicar de forma pura e profunda à sua causa, ou um médico tem
que ter vocação para se dedicar a uma ação humanitária internacional. É o que
entendemos como altruísmo.

As pessoas em geral não imaginam que um cão-guia toma uma série de decisões.
Para desviar de um obstáculo aéreo ele precisa considerar a altura do cego. Para
passar junto a um obstáculo terrestre ele tem que considerar o espaço que a
dupla ocupa. Se, ao tentar atravessar uma rua, o cego der o comando de ir em
frente sem perceber a aproximação de um carro (e isto estará cada vez mais
rotineiro com a chegada dos veículos elétricos), o cão tem que decidir
desobedecer e não avançar. E o cão só faz isto tudo porque gosta, e porque pensa
e decide.
Por outro lado, os cães-guia, quando não estão guiando, são simplesmente cães, e
fazem tudo o que os outros pets fazem. Com uma sensível diferença: os guias
quase nunca ficam sozinhos. Triste mesmo é a vida de cães, que muitas vezes são
comprados e ficam sozinhos em casa, esperando por 10 minutos de atenção de seu
dono, que chega tarde da noite em casa e vai logo dormir, pois tem que sair cedo
no dia seguinte.
O cão-guia, quando não está guiando, é um pet quase igual aos outros. Só não é
absolutamente igual porque é um animal extremamente dócil, livre de qualquer
agressividade, e muitíssimo educado. E, obviamente, é um animal muito feliz,
porque tem sempre companhia, cuidados super especiais e atividade constante.


Transcrevemos a seguir um texto de Beto Pereira, um cego usuário de cão-guia,
que respondeu a argumentos vazios de razão, feitos por uma destas pessoas
preconceituosas. A íntegra do debate pode ser encontrada em <ENXERGA BRASIL:
Jornalista diz ser contra o cão-guia>

Embora discorde de suas colocações, mas seja totalmente a favor da liberdade de
opinião, faço questão de publicar seus comentários neste espaço, como também me
dou o direito de contrapor algumas questões expostas por sua pessoa.
De início, parabéns por tão bonita amizade com seu amigo, e por sua postura que
mesmo intuitiva para com ele e sua deficiência, dera tão bom resultado para
ambos, porém devo lamentar que você enquanto um jornalista, se limite ao pequeno
universo com o qual atua, quando temos uma diversidade na diversidade, dentre as
milhões de pessoas com deficiência seja ela qual for.
Quando você fala que não considera a utilização do cão-guia tão maravilhosa
quanto se imagina, entendo que cada pessoa tem todo o direito de concordar ou
não com o que quer que seja, porém seu posicionamento que de início até me
pareceu com respeito, ao longo de seu texto, chega à intolerância e
discriminação, visto partir de uma pessoa que não vivencia as diversas nuances
da inclusão e do acesso e que se norteia apenas por aquilo que observa à
distância ou pelo contato com poucas pessoas com deficiência e não portadores ,
paralíticos, surdos ou cegos como você denomina, por que antes das deficiências,
estão as pessoas, bem como o direito legal, moral e social, de suas escolhas,
sem contudo serem rotuladas tuteladas ou discriminadas como você sugere.



Realmente a maioria das pessoas cegas não contam com a possibilidade de adquirir
um cão-guia, fato que eu só tenho a lamentar, pois sei quantas destas mesmas
milhares de pessoas com as quais mantenho contato por conta de minhas
atividades, sonham com um. Agora você não acha leviano tentar fundamentar sua
opinião falando dos que tem acesso ao cão-guia e dos que não o tem, quando
infelizmente vivemos em uma sociedade de bilhões de pessoas cerceadas do acesso
a moradia digna, do acesso à educação, cultura, alimentação e tantos outros
direitos ‘basilares’ como você mesmo fala, enquanto você, eu e tantos outros
continuamos sob um abrigo, estudando, lendo, indo ao shopping, teatro e nos
alimentando? Então, qual seria a diferença entre ter e não ter, poder e não
poder? Será que no caso em questão, seria apenas a deficiência? E, assim sendo,
não seria este um grande preconceito de vossa parte?
Você comete um grande equívoco quando fala que o cão-guia deixa de ser um animal
para ser uma máquina. Eu que estou a 4 anos com um, creio que tenha um pouco de
legitimidade para afirmar que ele como outros cães são seres que tem vida,
necessidades e pasme, possui muita sensibilidade ao ponto de estabelecer uma
parceria incrível onde não há relação trabalhista como alguns imaginam, mas sim
de cumplicidade, amor e respeito e de muita qualidade de vida para ambos. No
mais, quando você diz que cão-guia para um cego não é sinônimo de independência,
e sim de arrogância, de antissociabilidade e de autoexclusão, eu diria que a
arrogância e a antissociabilidade, estão, por vezes, veladas, por outras,
nítidas em pessoas que sem nenhuma experiência pessoal ou qualquer embasamento
rotulam e condenam opções alheias.
Em tempo, nem eu e nem qualquer outro usuário de cão-guia que eu conheça, tem
por objetivo denegrir a imagem de colegas que optem pelo uso da bengala. Ainda
contrapondo seus argumentos, temos sim: independência e muita autonomia. Além de
sermos respeitados pela maioria da população que admira a interação homem e cão.
Assim, essa interação com o cão, em nenhum instante restringe aproximação de
outras pessoas conforme você coloca, mas ao contrário, potencializa e é dessa
mesma relação a qual você tanto critica, que podemos viajar, jantar em
restaurantes, sair em turma, fazer passeio com amigos, paquerar, etc. Assim,
quero aclarar que de forma alguma O cão-guia representa restrição, mas
possibilidades!
Em suas exposições, primeiro você fala que transformamos cães em máquinas,
depois diz que estamos nos relacionando com seres inferiores, contradições
óbvias na tentativa de justificar o injustificável, ou seja, embasar sua opinião
de que estamos equivocados em compartilhar e de testemunhar a alegria e a
qualidade de vida com esses nossos amigos de 4 patas. Seguindo em seus
argumentos, você entra na questão que rebaixamos o ser humano à imagem de um
cão, que não é o caso, e fala que o ser humano foi criado à imagem e semelhança
de Deus, ao que penso que seja muita pretensão de sua parte, querer rebaixar
Deus à imagem do ser humano, sobre tudo, de alguns que apresentam grande
dificuldade para viver em grupo e por consequência com as diferenças e escolhas
de outrem.
No mais, quando temos uma legislação que versa acerca do acesso, direitos e
deveres do usuário de cão-guia, quando esses mesmos usuários adotam todas as
medidas de assepsia, afirmações infundadas acerca de qualquer possibilidade de
transmissão de doença por sua utilização, é no mínimo apelar quando da ausência
de argumentos plausíveis.
Como já coloquei em algumas oportunidades, eu não entro com meu cão-guia no
carro ou vou há casa de um amigo que não simpatiza com a utilização desse
recurso, porém quando falamos de um hotel, um restaurante, um transporte público
ou qualquer outro local público ou privado de uso coletivo, prevalece o direito
de ir e vir e o acesso de pessoas com qualquer deficiência que esteja utilizando
dos recursos a ela necessários, e isso, é assegurado por lei, cabendo a quem não
se sentir a vontade, o livre direito de se afastar se assim preferir.
Quando realizo palestras para pessoas com e sem deficiência, uma das questões
fundantes que coloco, é o livre direito da pessoa escolher aquilo que melhor a
atende no que concerne a qualidade de vida, e isso pode ser uma bengala, um
cão-guia, um vídeo ampliador, um leitor de tela ou qualquer outro recurso que a
satisfaça, pois sou pautado pelo respeito à escolha de cada um e estou convicto
de que a independência, o caráter, a dignidade e a ética, perpassam estas
questões de possibilidade e opções, mas nunca deixarei de dar meu testemunho
pessoal do quão minha vida se transformou para melhor com a utilização de um
cão-guia, embora pense que essa disputa que algumas pessoas tentam instigar
entre bengala x cão-guia, é mastodonticamente improdutiva, à medida que um e
outro não concorrem, como a pequeneza de alguns tentam fazer parecer.
Concluindo, chegará um dia que os aproximadamente oitenta usuários de cão-guia
de nosso país, serão oitocentos e, mais à frente, quem sabe, oito mil. E ainda,
sem que se diga que nós, deficientes visuais, não possamos estar entre amigos
por conta da utilização de nossos cães-guias, como você tenta sugerir ou que
este ou aquele recurso seja melhor que outro. Porque o importante é que
estaremos sim, cada vez mais, compartilhando espaços comuns, exercitando
cidadania, respeitando e convivendo com as diferenças entre os iguais já que
todos fazemos parte da mesma espécie humana.

Depois destas palavras do Beto Pereira, não vemos muito mais coisa que possamos
dizer para enriquecer nossa visão sobre este tema.


TABU

Há pessoas que desconhecem como é a rotina funcional e como é a vida de um
cão-guia, e manifestam opiniões sem bases factuais. Estas pessoas têm uma boa
índole, se dizem defensoras dos animais, mas na verdade estão cometendo um
equívoco enorme, e comprometendo um trabalho magnífico.
Existem três condições para um cão-guia ser desligado do trabalho:

 * O cão atinge uma idade limite, que varia com a escola, mas está em torno de 8
   anos;
 * O cão apresenta algum problema comportamental ou de saúde;
 * O cão perde o interesse por guiar.

Isto mesmo. Para guiar uma pessoa, o cão tem que querer fazer isto, caso
contrário ele colocará em risco a integridade física do cego e a sua própria. É
necessário que o cão tenha vocação para guiar, tal qual um religioso tem que ter
vocação para se dedicar de forma pura e profunda à sua causa, ou um médico tem
que ter vocação para se dedicar a uma ação humanitária internacional. É o que
entendemos como altruísmo.

As pessoas em geral não imaginam que um cão-guia toma uma série de decisões.
Para desviar de um obstáculo aéreo ele precisa considerar a altura do cego. Para
passar junto a um obstáculo terrestre ele tem que considerar o espaço que a
dupla ocupa. Se, ao tentar atravessar uma rua, o cego der o comando de ir em
frente sem perceber a aproximação de um carro (e isto estará cada vez mais
rotineiro com a chegada dos veículos elétricos), o cão tem que decidir
desobedecer e não avançar. E o cão só faz isto tudo porque gosta, e porque pensa
e decide.
Por outro lado, os cães-guia, quando não estão guiando, são simplesmente cães, e
fazem tudo o que os outros pets fazem. Com uma sensível diferença: os guias
quase nunca ficam sozinhos. Triste mesmo é a vida de cães, que muitas vezes são
comprados e ficam sozinhos em casa, esperando por 10 minutos de atenção de seu
dono, que chega tarde da noite em casa e vai logo dormir, pois tem que sair cedo
no dia seguinte.
O cão-guia, quando não está guiando, é um pet quase igual aos outros. Só não é
absolutamente igual porque é um animal extremamente dócil, livre de qualquer
agressividade, e muitíssimo educado. E, obviamente, é um animal muito feliz,
porque tem sempre companhia, cuidados super especiais e atividade constante.


Transcrevemos a seguir um texto de Beto Pereira, um cego usuário de cão-guia,
que respondeu a argumentos vazios de razão, feitos por uma destas pessoas
preconceituosas. A íntegra do debate pode ser encontrada em <ENXERGA BRASIL:
Jornalista diz ser contra o cão-guia>

Embora discorde de suas colocações, mas seja totalmente a favor da liberdade de
opinião, faço questão de publicar seus comentários neste espaço, como também me
dou o direito de contrapor algumas questões expostas por sua pessoa.
De início, parabéns por tão bonita amizade com seu amigo, e por sua postura que
mesmo intuitiva para com ele e sua deficiência, dera tão bom resultado para
ambos, porém devo lamentar que você enquanto um jornalista, se limite ao pequeno
universo com o qual atua, quando temos uma diversidade na diversidade, dentre as
milhões de pessoas com deficiência seja ela qual for.
Quando você fala que não considera a utilização do cão-guia tão maravilhosa
quanto se imagina, entendo que cada pessoa tem todo o direito de concordar ou
não com o que quer que seja, porém seu posicionamento que de início até me
pareceu com respeito, ao longo de seu texto, chega à intolerância e
discriminação, visto partir de uma pessoa que não vivencia as diversas nuances
da inclusão e do acesso e que se norteia apenas por aquilo que observa à
distância ou pelo contato com poucas pessoas com deficiência e não portadores ,
paralíticos, surdos ou cegos como você denomina, por que antes das deficiências,
estão as pessoas, bem como o direito legal, moral e social, de suas escolhas,
sem contudo serem rotuladas tuteladas ou discriminadas como você sugere.



Realmente a maioria das pessoas cegas não contam com a possibilidade de adquirir
um cão-guia, fato que eu só tenho a lamentar, pois sei quantas destas mesmas
milhares de pessoas com as quais mantenho contato por conta de minhas
atividades, sonham com um. Agora você não acha leviano tentar fundamentar sua
opinião falando dos que tem acesso ao cão-guia e dos que não o tem, quando
infelizmente vivemos em uma sociedade de bilhões de pessoas cerceadas do acesso
a moradia digna, do acesso à educação, cultura, alimentação e tantos outros
direitos ‘basilares’ como você mesmo fala, enquanto você, eu e tantos outros
continuamos sob um abrigo, estudando, lendo, indo ao shopping, teatro e nos
alimentando? Então, qual seria a diferença entre ter e não ter, poder e não
poder? Será que no caso em questão, seria apenas a deficiência? E, assim sendo,
não seria este um grande preconceito de vossa parte?
Você comete um grande equívoco quando fala que o cão-guia deixa de ser um animal
para ser uma máquina. Eu que estou a 4 anos com um, creio que tenha um pouco de
legitimidade para afirmar que ele como outros cães são seres que tem vida,
necessidades e pasme, possui muita sensibilidade ao ponto de estabelecer uma
parceria incrível onde não há relação trabalhista como alguns imaginam, mas sim
de cumplicidade, amor e respeito e de muita qualidade de vida para ambos. No
mais, quando você diz que cão-guia para um cego não é sinônimo de independência,
e sim de arrogância, de antissociabilidade e de autoexclusão, eu diria que a
arrogância e a antissociabilidade, estão, por vezes, veladas, por outras,
nítidas em pessoas que sem nenhuma experiência pessoal ou qualquer embasamento
rotulam e condenam opções alheias.
Em tempo, nem eu e nem qualquer outro usuário de cão-guia que eu conheça, tem
por objetivo denegrir a imagem de colegas que optem pelo uso da bengala. Ainda
contrapondo seus argumentos, temos sim: independência e muita autonomia. Além de
sermos respeitados pela maioria da população que admira a interação homem e cão.
Assim, essa interação com o cão, em nenhum instante restringe aproximação de
outras pessoas conforme você coloca, mas ao contrário, potencializa e é dessa
mesma relação a qual você tanto critica, que podemos viajar, jantar em
restaurantes, sair em turma, fazer passeio com amigos, paquerar, etc. Assim,
quero aclarar que de forma alguma O cão-guia representa restrição, mas
possibilidades!
Em suas exposições, primeiro você fala que transformamos cães em máquinas,
depois diz que estamos nos relacionando com seres inferiores, contradições
óbvias na tentativa de justificar o injustificável, ou seja, embasar sua opinião
de que estamos equivocados em compartilhar e de testemunhar a alegria e a
qualidade de vida com esses nossos amigos de 4 patas. Seguindo em seus
argumentos, você entra na questão que rebaixamos o ser humano à imagem de um
cão, que não é o caso, e fala que o ser humano foi criado à imagem e semelhança
de Deus, ao que penso que seja muita pretensão de sua parte, querer rebaixar
Deus à imagem do ser humano, sobre tudo, de alguns que apresentam grande
dificuldade para viver em grupo e por consequência com as diferenças e escolhas
de outrem.
No mais, quando temos uma legislação que versa acerca do acesso, direitos e
deveres do usuário de cão-guia, quando esses mesmos usuários adotam todas as
medidas de assepsia, afirmações infundadas acerca de qualquer possibilidade de
transmissão de doença por sua utilização, é no mínimo apelar quando da ausência
de argumentos plausíveis.
Como já coloquei em algumas oportunidades, eu não entro com meu cão-guia no
carro ou vou há casa de um amigo que não simpatiza com a utilização desse
recurso, porém quando falamos de um hotel, um restaurante, um transporte público
ou qualquer outro local público ou privado de uso coletivo, prevalece o direito
de ir e vir e o acesso de pessoas com qualquer deficiência que esteja utilizando
dos recursos a ela necessários, e isso, é assegurado por lei, cabendo a quem não
se sentir a vontade, o livre direito de se afastar se assim preferir.
Quando realizo palestras para pessoas com e sem deficiência, uma das questões
fundantes que coloco, é o livre direito da pessoa escolher aquilo que melhor a
atende no que concerne a qualidade de vida, e isso pode ser uma bengala, um
cão-guia, um vídeo ampliador, um leitor de tela ou qualquer outro recurso que a
satisfaça, pois sou pautado pelo respeito à escolha de cada um e estou convicto
de que a independência, o caráter, a dignidade e a ética, perpassam estas
questões de possibilidade e opções, mas nunca deixarei de dar meu testemunho
pessoal do quão minha vida se transformou para melhor com a utilização de um
cão-guia, embora pense que essa disputa que algumas pessoas tentam instigar
entre bengala x cão-guia, é mastodonticamente improdutiva, à medida que um e
outro não concorrem, como a pequeneza de alguns tentam fazer parecer.
Concluindo, chegará um dia que os aproximadamente oitenta usuários de cão-guia
de nosso país, serão oitocentos e, mais à frente, quem sabe, oito mil. E ainda,
sem que se diga que nós, deficientes visuais, não possamos estar entre amigos
por conta da utilização de nossos cães-guias, como você tenta sugerir ou que
este ou aquele recurso seja melhor que outro. Porque o importante é que
estaremos sim, cada vez mais, compartilhando espaços comuns, exercitando
cidadania, respeitando e convivendo com as diferenças entre os iguais já que
todos fazemos parte da mesma espécie humana.

Depois destas palavras do Beto Pereira, não vemos muito mais coisa que possamos
dizer para enriquecer nossa visão sobre este tema.


FAMILIAS EDUCADORAS


FAMILIAS EDUCADORAS


FAMILIAS EDUCADORAS

Apresentação

Você pode ajudar a transformar a vida de um deficiente visual, cuidando de um de
nossos filhotes por aproximadamente um ano.
Antes de receber o treinamento específico para ser um cão guia o filhote precisa
aprender a se comportar bem em todos os tipos de ambientes, e aprender regras
básicas de obediência. Esta educação é passada ao filhote pela família educadora
e socializadora.
Isto só vai exigir um pouco do seu tempo, dedicação e amor pelo próximo e pelo
animal. Nós forneceremos toda a assistência e suporte necessários.

Trabalho a ser desenvolvido

Os filhotes são colocados com famílias cuidadosamente selecionadas, conhecidas
como “famílias educadoras”. O trabalho destas famílias é proporcionar um
primeiro lar amoroso, ensinar obediência básica e boas maneiras na casa – não
subir nos móveis, não pular nas pessoas, não mastigar itens inadequados em casa
ou na rua, e fazer as necessidades somente sob comando e em local determinado.
Elas também fornecem socialização urbana contínua, expondo cuidadosamente os
cães para uma ampla variedade de ambientes públicos e ensinando-os a ser calmos
e confiantes em todas as situações.
Graças às nossas dedicadas famílias educadoras, ao atingirem idade entre 16 a 18
meses, os cães estarão bem preparados para retornar ao Centro de Treinamento,
quando começarão um aprendizado específico para guiar um cego. Um filhote bem
socializado terá menos ajustes para fazer quando ingressar na nova fase de
treinamento. Sabemos que não é fácil, mas você terá o apoio e a orientação de um
treinador quando precisar.

Amparo legal

Cães-guia e pessoas com deficiência visual, treinadores, instrutores ou
educadores podem andar sempre juntos, pois a Lei Federal 11.126/2005 e Decreto
5.904/2006 os assegura direito de ingressar e permanecer em todos os meios de
transporte e estabelecimentos abertos ao público, mesmo se forem espaços
privados que não permitam entrada de outros animais.
No caso da aviação, por exemplo, isto é reforçado pela portaria nº 1155/SIA, de
15 de maio de 2015.

Assistência

Todo esse processo não tem custos para o educador, uma vez que o ICCG fornece
toda a alimentação e tratamento médico veterinário ao cão.
Você também contará com acompanhamento dos treinadores do ICCG, para auxiliar em
relação às dúvidas sobre a rotina e os comportamentos do cão.

Como ser família educadora

Basta preencher o formulário aqui no site, e aguardar nosso contato. Você pode
viver uma experiência incrível. Clique aqui.




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