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MANUEL FERREIRA - ARTESANATO EMPALHAMENTOS EM BUNHO E PALHINHA

mobiliario em bunho e madeira SANTARÉM ANTIGA ESCOLA PRATICA
-mnevesferreira@hotmail.com





SEXTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2020


O BUNHO



Numa sociedade em mudança, o papel do novo artesão e, desenvolver artes quase
milenares, criando novas formas, novos modelos. Ensaiando novas tecnologias,
novos materiais e novos equipamentos que permitam a síntese entre o saber
tradicional e as novas criações.
O artesanato e um estilo de vida, uma maneira diferente de intervir no
desenvolvimento da vi­da local. Integra num todo global, o aspecto cultural
(rural e urbano), econômico e social (potenciando e mobilizando recursos humanos
e materiais). Tudo isto aliado a uma produção criativa.










O BUNHO O QUE É?  A SUA EXISTÊNCIA NO CONSELHO DE SANTARÉM


"O bunho ou buinha, é uma planta herbácea, da família das ciperáceas que se
distingue das outras do mesmo gênero por ser uma planta vivaz. robusta, de
caules solitários, roliços, muito compressíveis, de folhas inferiores reduzidas
a bainhas e as superiores com limbo curto e assoveJado, espiguetas em antela e
flores com perianto formado de sedas, igualando ou excedendo o aquenio na
fortificação.
É espontânea em Portugal, é frequente nos pântanos e ribeiros sobretudo do
centro e sul do país, sendo impossível o seu transplante e sementeira."



E utilizado nas salinas.(Aveiro), para tapar as medas de sal protegendo-as
contra a chuva.
Depois de seco e preparado, tem a sua aplicação na industria artesanal: fabrico
de esteiras, mobiliário e objecto decorativos.












SURGIMENTOS - MITOS OU REALIDADES

"O Sr. Matías Domingos é atualmente o único artesão que trabalha o bunho, no
concelho de Santarém. Natural do Secorio, o Sr. Domingos recebeu do pai a
herança do mobiliário de bunho.O pai do meu bisavô, ainda
criança, guardando gado nos campos próximos da margem do
Tejo, começou por fazer rodelas de bunho muito imperfeitas. Quando regressava
das terras, trazia-as enfiadas num pau. Negociava então com as mulheres da
aldeia que lhe ofereciam meio tostão por cada uma, para comprar tremoços.
Começou então a aperfeiçoar a rodela, transmitindo os conhecimentos adquiridos,
aos seus descendentes."
Hoje o Sr . Matias Domingos é o único desta família de bunheiros, a di­fundir os
conhecimentos des­te oficio.
Esta é a versão do Sr. Matias . Sabe-se no entanto que os Avieiros (pescadores
do distrito de Aveiro), que se deslocavam ao Tejo para pescar, também já
possuíam conhecimentos sobre o bunho. Terá sido, a arte do bunho no concelho de
Santarém, uma arte do acaso? Terá tido esta arte influencias dos Avieiros?
A verdade é que neste concelho, só esta família manteve a funcionar até ao
momento, a indústria do bunho.









ARTE DO ACASO OU NECESSIDADE





Como era toda a temática do bunho, também para esta pergunta não existem
registos que nos permita responder. Pensa-se no entanto que o primeiro objecto
surgiu por necessidade.
Devido ás suas qualidades de macieza e resistência, o bunho aparece desde á
muito tempo, ligado á "feitura" de esteiras, utilizadas como colchão. Era o seu
uso vulgar, sobretudo nas regiões agricolamente mais desenvolvidas. Acompanhando
as deslocações dos trabalhadores, ou sendo fornecidas pelo proprietário da
fazenda, as esteiras revelavam-se de uso pratico e económico.


Serviu também o bunho para cobrir ou formar cabanas e ainda para 

cobrir salinas.








O ARTESÃO











Diz-nos o Sr. Matias Domingos, que crianças guardando gado próximo de terrenos
pantanosos, começaram por brincadeira, envolvendo "mãos-cheias" de bunho com
astes do mesmo. Formaram assim feitas rodelas. Aos poucos foi-se descobrindo
novas e aperfeiçoadas uti­lidades para esta descoberta popular. A rodela foi
trabalhada e deu ori­gem ao tanho, banco simples e confortável.
É com base no tanho que se constrói a maioria das peças de mobiliário de bunho
conhecidas até hoje. Pelo mesmo processo, envolvendo astes de bunho em torno de
"mãos-cheias" do mesmo e rematando com o nó de bunheiro conseguem-se outras
formas, sempre possíveis de se modificarem.Ao artesão cabe assim aproveitar a
perfeita moldagem e a am­pla resistência que o bunho oferece, criando assim
peças que para além do seu lado utilitário, nos oferecem ainda, o artesanato
mais puro e mais rico.








A APANHA




É geralmente no mês de Junho que o bunho é ceifado com foices ou gadanhas, por
homens e mulheres sempre com água abaixo do nível do joelho.
Puxa-se depois pelas pontas para o separar de outras plantas que crescem junto
deste. Espalha-se em forma de leque para possibilitar a sua seca­gem. Passados
alguns dias volta-se para secar do lado contrário. E escolhido e atado em
molhos. Encontra-se pronto para ser utilizado pe­los artesãos.
- o bunho encontra-se pronto para ser trabalhado;








O LOCAL DE TRABALHO




O bunheiro encontra-se quase sempre sentado num banco baixo, segurando o objecto
em que trabalha entre as pernas, que se encontram abertas e esticadas para a
frente.
Ao lado direito coloca as pontas de bunho com que vai traba­lhando. Ao esquerdo
o "enchume" com que vai formando as "mãos-cheias".
Do lado direito pode também ver-se um recepiente corn água que serve para manter
quer as pontas quer o enchume, borrifados. Serve ainda a água para manter as
mãos molhadas, o que vai facilitar o trabalho do alisar do bunho.








OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO




- O TEAR
O tear e constituído por duas varolas verticais e uma horizontal. Na varola
horizontal fazem-se umas marcas de 25 em 25 cm. Em cada marca coloca-se uma
pedra enrolada com uma corda que vai permitir tecer a esteira.

- A NAVALHA
A navalha permite desbastar o bunho em excesso nas mãos-cheias. Permite ainda
cortar o bunho que se encontra imperfeito no f.inal de um qualquer traba­lho.

- A PAZEILHA - A pazeilha é uma cunha de madeira que, permite colocar as palhas
em excesso, no final de um qualquer trabalho e que se encontram entre as
mãos-cheias, para o interior. Permite assim aperfeiçoar o resultado final.

A AGULHA - A agulha é feita de aço com cabo de madeira. Na sua extremidade um
buraco permite passar o bunho


Publicada por manuel ferreira à(s) 12:44 Sem comentários:
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DOMINGO, 26 DE JUNHO DE 2011


EMPALHAMENTOS



Publicada por manuel ferreira à(s) 10:07 Sem comentários:
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Etiquetas: palhinha



DOMINGO, 7 DE NOVEMBRO DE 2010


FUNDO DE CESTO - VIDEO



Publicada por manuel ferreira à(s) 15:19 Sem comentários:
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Etiquetas: bunho, cesto, video



QUARTA-FEIRA, 2 DE DEZEMBRO DE 2009


VIDIO DO ARTESÃO



Publicada por manuel ferreira à(s) 16:14 Sem comentários:
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Etiquetas: artes tradicionais, artesanato, buinho, bunho



SEGUNDA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 2009


CADEIRA EM BUNHO CONSTRUÇÃO



Publicada por manuel ferreira à(s) 16:32 Sem comentários:
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Etiquetas: artes tradicionais, artesanato, buinho, bunho



SEXTA-FEIRA, 20 DE NOVEMBRO DE 2009


COMO SE FAZ UMA CADEIRA



Publicada por manuel ferreira à(s) 17:40 Sem comentários:
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Etiquetas: artes tradicionais, artesanato



TERÇA-FEIRA, 14 DE JULHO DE 2009


COMO SE FAZ UMA ESTEIRA EM BUNHO


https://www.youtube.com/watch?v=HWn1ALWftOM&t=113s

Publicada por manuel ferreira à(s) 17:21 Sem comentários:
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Etiquetas: artes tradicionais, artesanato, buinho, bunho

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O BUNHEIRO

O bunheiro encontra-se quase sempre sentado num banco baixo, segurando o objecto
em que trabalha entre as pernas, que se encontram abertas e esticadas para a
frente.Ao lado direito coloca as pontas de bunho com que vai traba­lhando. Ao
esquerdo o "enchume" com que vai formando as "mãos-cheias".Do lado direito pode
também ver-se um recepiente com água que serve para manter quer as pontas quer o
enchume, borrifados. Serve ainda a água para manter as mãos molhadas, o que vai
facilitar o trabalho do alisar do bunho.


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