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PLANO ESTRATÉGICO 2030 IPVToggle navigation
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PE DOC





SER HOJE
TER AMANHÃ

Ser Hoje exige estar, dizer presente ser audível, cuidar de si e cuidar do
outro, lado a lado caminhar, soletrar passo a passo a coesão, brindar em
proximidade, construir caminhos firmes, amar a felicidade…
para Ter Amanhã.




NOTA DE ABERTURA

O Instituto Politécnico de Viseu (IPV), enquanto Instituição de Ensino Superior
(IES), tem como objetivo primordial a qualificação de alto nível, a produção e
difusão do conhecimento, bem como a formação cultural, artística, tecnológica e
científica dos seus estudantes, orientada para diferentes públicos e áreas de
formação, sendo a Educação e Formação um dos seus eixos estratégicos nucleares.




CONTINUAÇÃO

A formação de alto nível ministrada no IPV tem que ser constantemente atualizada
com projetos inovadores e socialmente relevantes, dotando os diplomados de
conhecimentos e competências diferenciadores que lhes permitam construir uma
carreira de sucesso em qualquer parte do mundo. A Lei n.º 16/2023, de 10 de
abril, que valoriza o ensino politécnico, alterando a Lei de Bases do Sistema
Educativo e o regime jurídico das IES, abriu novos horizontes ao estabelecer a
possibilidade de concessão do grau de doutor no subsistema de ensino superior
politécnico e introduzindo a categoria de universidade politécnica. É neste novo
contexto que o IPV está empenhado com o progresso, o reconhecimento e a
valorização da Instituição. No domínio da oferta formativa, e tendo em conta a
crise demográfica, que se irá agravar a partir de 2030, torna-se necessário
ampliar a disponibilidade de programas educacionais ao longo das diversas etapas
da vida adulta, alargando e flexibilizando os formatos educativos do IPV,
incluindo a multidisciplinaridade, o ensino a distância e o reforço das
competências transversais de inovação, criatividade, empreendedorismo, e
valores, de acordo com as exigências socioprofissionais e as expectativas
futuras de evolução da sociedade. Para o IPV constitui um desafio permanente
assegurar uma oferta formativa de nível superior diversificada, competitiva e em
sintonia com os desafios societais e de sustentabilidade, fortemente interligada
à missão do IPV na Investigação, o segundo eixo estratégico nuclear definido.
Neste âmbito, o desenvolvimento e afirmação do IPV no panorama regional,
nacional e internacional passa pela resposta aos desafios do HORIZONTE EUROPA
(2021-2027), alinhados com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável das Nações Unidas, e ainda com a Fundação para a Ciência e a
Tecnologia, potenciando a criação de conhecimento científico relevante, através
do aumento do número de projetos financiados e da integração em redes de
investigação. Refletir e decidir estrategicamente a política institucional de
Investigação e das Unidades de Investigação e Desenvolvimento, como fundamental
para o crescimento e desenvolvimento coletivo, é uma prioridade. A Lei n.º
16/2023, de 10 de abril, que valoriza o ensino politécnico, é bem clara no seu
artigo 2.º, ponto 14: “só podem conferir o grau de doutor numa determinada área
os estabelecimentos de ensino superior que demonstrem possuir, nessa área, os
recursos humanos e organizativos necessários à realização de investigação e uma
experiência acumulada nesse domínio sujeita a avaliação e concretizada numa
produção científica e académica relevantes.” O IPV posiciona-se como um agente
ativo na qualificação de recursos humanos, contribuindo de forma direta para a
valorização e competitividade económica da região, procurando captar públicos
diversificados no ensino superior, afirmando-se cada vez mais como uma entidade
bem inserida na comunidade envolvente, em estreita cooperação com parceiros
regionais, incluindo municípios, comunidades intermunicipais, associações e
empresas, sendo a Ligação à Comunidade e Transferência de Conhecimento o
terceiro eixo estratégico nuclear definido. A implementação de dinâmicas
empreendedoras diversificadas que incluam projetos científicos, tecnológicos,
serviços especializados, projetos de responsabilidade social, eventos
artísticos/culturais e desportivos são determinantes para a inserção do IPV nos
territórios. Enquanto IES, urge criar e desenvolver no IPV uma cultura de
transferência de conhecimento científico e tecnológico com impacto direto na
sociedade, quer do ponto de vista económico, quer social, artístico e cultural,
bem como promover estratégias para potenciar os ativos do conhecimento e
tecnologia transferidos para a economia, de modo a estimular o reinvestimento na
investigação e inovação. A atualidade que nos transforma a todos em cidadãos do
mundo coloca o IPV no panorama do sistema educativo e científico internacional,
deste território sem fronteiras, dando ênfase à sua política de
Internacionalização, outro dos eixos estratégicos do atual plano. Fomentar a
participação em redes internacionais de ensino, investigação e inovação, fator
essencial para a melhoria da qualidade, atratividade e notoriedade
institucionais e aumentar o número de protocolos de cooperação com instituições
internacionais é determinante. Na medida em que a Internacionalização é um
elemento-chave no plano de desenvolvimento estratégico e uma prioridade
transversal à missão e às diferentes atividades, o IPV procurará alcançar
progressos significativos na captação de estudantes estrangeiros (especialmente
da CPLP), no aumento do número de estudantes, docentes e pessoal técnico,
administrativo e de gestão em programas de mobilidade, no alargamento de
parcerias com IES estrangeiras ao nível da cooperação em projetos de I&D, na
promoção de diversos eventos internacionais, na inserção de estudantes em
estágios no estrangeiro, nas práticas de responsabilidade social com enfoque
internacional, de entre diversas outras ações. Um grande êxito atingido em
setembro de 2022, fruto de um intenso trabalho interno e externo foi a entrada
do IPV na Universidade Europeia EUNICE. Já como membro integrado, a 31 de
janeiro de 2023, submeteu candidatura no âmbito da call European Universities –
Intensification of prior deep institutional transnational cooperation (Topic 1 –
ERASMUS-EDU-2023-EUR-UNIV-1), .com a designação EUNICE4YOU. Um desafio
extraordinário com impacto institucional muito significativo, em termos
nacionais e internacionais. A prossecução do cumprimento dos referenciais de
qualidade definidos no Sistema Interno de Garantia da Qualidade do IPV
consolidará a excelência na formação, investigação, ligação à comunidade e
internacionalização, garantindo o IPV como uma marca de absoluta confiança para
os estudantes que o procuram, com princípios de solidez e transparência, a que
se somarão as novas políticas de promoção do sucesso escolar e prevenção do
abandono, através de medidas de inovação pedagógica e de transformação digital.
A qualidade institucional será potenciada pela melhoria das Infraestruturas que
dotarão as IES de melhores espaços de estudo, investigação e trabalho, mas
também possibilitará a inclusão de mais estudantes desfavorecidos, através da
melhoria dos serviços de apoio e do número de camas nas residências dos Serviços
de Ação Social. O investimento em infraestruturas no Campus IPV, nos próximos
anos, nomeadamente 2023-2026, será muito significativo, permitindo edificar de
raiz alguns edifícios e requalificar outros, melhorando a qualidade dos
equipamentos e a atratividade institucional. Deste modo, o crescimento
institucional e os desafios societais acarretam a priorização do eixo
estratégico Planeamento e Melhorias, para potenciar a adequação das valências
indispensáveis para uma formação de qualidade, conjugando infraestruturas
pedagógicas, de investigação e áreas de estudo, com espaços sociais, de lazer,
bem-estar e de apoio aos estudantes. A valorização das Pessoas deve constituir
uma prioridade institucional, promovendo oportunidades de harmonia e de
crescimento, em sintonia com a vida pessoal e familiar, exigindo a conciliação
da transição digital com as políticas institucionais de valorização da saúde,
desporto, bem-estar e sustentabilidade. Enquanto IES gestora de recursos
financeiros limitados, mas habituada a ultrapassar com sucesso desafios
exigentes, o IPV pretende aglutinar sinergias e expandir parcerias, prosseguindo
na senda da oferta de um ensino de qualidade ímpar, em simultâneo com a projeção
nacional e internacional de uma investigação que responda às necessidades
efetivas das empresas e entidades, potenciando a transferência do conhecimento e
contribuindo para o reforço da cocriação e corresponsabilização, numa
aprendizagem agregadora, conducente à criação de um maior valor.


JOSÉ SANTOS COSTA

Presidente do Instituto Politécnico de Viseu



A criação do Ensino Superior Politécnico de forma sistemática em todo o
território nacional há mais de três décadas constituiu aquilo que considero ter
sido uma das mais impactantes reformas estruturais do Portugal democrático do
pós 25 de abril. Conseguiu-se com ela atingir dois objetivos fundamentais para o
desenvolvimento do nosso país: por um lado implementar um modelo de ensino
superior objetivado e adaptado às necessidades do tecido socioeconómico dos
territórios envolventes – coisa que não constituía, propriamente, o ADN das
universidades tradicionais; e, por outro, cobrir todo o território nacional com
instituições do ensino superior, em contraste com a implantação das
universidades, essencialmente ancoradas na faixa litoral, mais povoada e mais
desenvolvida. É, assim, bem evidente que sem a presença dos Institutos
Politécnicos o nosso país, que já padece de uma doença crónica de litoralização,
seria muito menos coeso, mais desprovido de dinamismo sociocultural e económico,
mais assimétrico e muito mais despovoado nos seus territórios interiores. Mas
como acontece em tudo, as reformas estruturais têm de ter continuidade sob pena
de se enfraquecerem os seus efeitos dinâmicos, após o fim de ciclo dos seus
efeitos estáticos. Por isso o ano de 2023 ficará a marcar o futuro do ensino
politécnico, com os horizontes abertos pela Lei 16/2023, ao permitir a outorga
do grau de doutor pelos Institutos Politécnicos e ao abrir as portas à
designação de Universidades Politécnicas. Trata-se, sem dúvida, de uma reforma
que vem dar o impulso que faltava para a continuação das dinâmicas criadas há
três décadas atrás. Vem, por um lado, criar condições para uma maior
qualificação e motivação dos docentes, que podem preparar os seus doutoramentos
nas suas instituições, se assim o desejarem e, sobretudo, aspirar a um estatuto
profissional mais valorizado. E vem, por outro lado, criar condições para uma
maior capacidade no recrutamento de estudantes, uma vez que, em geral, a estes
não é indiferente a designação e estatuto de universidade ou politécnico.
Estamos, assim, finalmente, posicionados ao lado dos países mais desenvolvidos
da Europa que, mantendo o sistema binário de ensino superior, souberam dar este
passo no sentido da consolidação e sustentabilidade do modelo. Infelizmente por
cá funcionamos sempre ao retardador, em boa parte movidos pela inércia do poder
das corporações instituídas; mas, como diz o ditado popular, mais vale tarde do
que nunca. Espero, assim, que a reforma iniciada por esta lei seja o princípio
de uma nova era de oportunidades para o ensino superior politécnico e, por via
dele, para o desenvolvimento mais harmonioso do nosso país. O IPV polariza um
território que é líder no interior centro de Portugal. Um território com
abundantes recursos, desde a agricultura, à pecuária e florestas, à indústria
transformadora, ao termalismo e saúde, ou ao turismo. Um território que tem uma
estrutura económica relativamente equilibrada, com setores inovadores em
diferentes áreas da indústria transformadora e dos serviços e com um tecido
empresarial empreendedor, dinâmico e familiarizado com o mercado externo,
especialmente no triângulo Tondela-Mangualde-Viseu. É neste quadro de imensas
potencialidades de desenvolvimento que o IPV tem de enquadrar a sua atividade
presente e futura, para servir o desenvolvimento desta comunidade. Haveria,
naturalmente, muitas opções de abordagem deste plano estratégico, como, de
resto, de qualquer plano estratégico. Enquanto plano, espelha intenções de
realização a médio e longo prazos, que se pretendem fundamentadas.
Independentemente das opções metodológicas que se poderiam seguir para
apresentar um plano desta natureza, julgo que o importante é ficar claramente
expresso o caminho que pretendemos trilhar e os avanços ou metas a que nos
propomos. Apesar das incertezas próprias dos tempos difíceis que vivemos na
Europa, a cujos impactos Portugal e a nossa Região não escapam, julgo que isso
está bem conseguido neste plano. Vamos então à obra. Não apenas ser hoje para
ter amanhã, mas para ser hoje e ser amanhã, colhendo os frutos do trabalho que
formos capazes de realizar.


ARLINDO CUNHA

Presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu


PREÂMBULO


--PREAMBULO--

As necessidades crescentes da sociedade e os rápidos avanços da tecnologia e do
mercado de trabalho exigem que as instituições de ensino superior proporcionem
aos estudantes, pessoal e investigadores as competências de que necessitam para
abraçar e construir uma sociedade resiliente. O IPV, para além das suas
responsabilidades fundamentais de ensino, investigação e inovação, tem um papel
importante na abordagem de desafios sociais significativos, contribuindo para o
desenvolvimento das cidades e regiões e promovendo o envolvimento cívico. O IPV,
como única IES pública e polivalente situada nas regiões de Viseu Dão-Lafões e
Douro, está empenhado, através das suas cinco Unidades Orgânicas (Escola
Superior Agrária, Escola Superior de Educação, Escola Superior de Saúde, Escola
Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu e Escola Superior de Tecnologia e
Gestão de Lamego), em assumir um papel insubstituível na qualificação da
população, satisfazendo as suas necessidades e exigências, contribuindo para uma
inserção ou reintegração bem sucedida nos mercados de trabalho e respondendo à
crescente complexidade dos desafios enfrentados, tanto a nível nacional como
internacional. Como pensador global, aprendiz mundial e formador local, o IPV
pretende reforçar a identidade e visão europeia e ter um papel ativo na resposta
às oportunidades oferecidas para alavancar soluções de cooperação
interinstitucional inovadoras e perenes. Com uma colaboração histórica com
intervenientes locais e regionais, empresas, sociedade civil e escolas, o IPV
pretende continuar a explorar diferentes dinâmicas de rede na educação e
investigação, em alinhamento com as orientações europeias e nacionais para
opções territoriais estratégicas.

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